terça-feira, 10 de dezembro de 2013

MÃE VENDE FILHA POR R$ 50,00

Polícia procura mãe viciada que vendeu virgindade da filha por R$ 50


Policiais da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV) procuram uma mulher de 46 anos acusada de prostituir a própria filha, menor de idade, em troca de drogas, bebidas alcoólicas e dinheiro. A acusada teve a prisão decretada pela Justiça por estupro de vulnerável, exploração sexual, maus tratos e abandono material depois que os agentes receberam uma denúncia falando da exploração a que a adolescente era submetida. Cinco homens acusados de pagar para fazer sexo com a adolescente foram presos nos bairros de Marechal Hermes e Piedade, na Zona Norte do Rio, na manhã desta quinta-feira. Outros dois estão sendo procurados.

O relato sobre a exploração sexual foi feito aos policiais da (DCAV) pela própria vítima. Os agentes consideraram o depoimento chocante. A jovem, hoje com 15 anos, contou que começou a ser prostituída pela mãe aos 9. Segundo a garota, foi nesta idade que a mãe vendeu sua virgindade por R$ 50 para o militar da reserva Alexandre Ítalo Oliveira Santos, o Alex, de 60 anos. Ele está sendo procurado pelos policiais.
Entre 2006 e 2011, a garota foi vendida a vários outros homens, até ser resgatada pela irmã mais velha, de 20 anos. Enquanto a filha mantinha relações sexuais com os homens, a mãe ficava em outros cômodo da casa, em Marechal Hermes, aguardando o pagamento. No depoimento, a adolescente disse uma frase que emocionou os policiais: “Não tive infância”. E contou que ela e seus sete irmãos passavam fome, porque a mãe usava todo o dinheiro para comprar bebidas e drogas.
No inquérito, o delegado Marcello Braga Maia, titular da DCAV, disse que a mãe recebia “gorjetas” em troca do sexo com a filha. Segundo o policial, ela submeteu a menina “aos caprichos mais sórdidos de abusos sexuais, aproveitando-se da ingenuidade, fragilidade, pureza de uma criança para envolvê-la com os suspeitos em troca de gorjetas.”
A menina deu aos agentes os nomes dos homens para quem a mãe a vendia. Foi assim que os policiais conseguiram identificar Humberto Ricardo Marsico Morelli Alves, o Maninho, de 58 anos; José Henrique Gomes, o Russo, de 63; David Macedo Gonçalves de Aquino, o Davi, de 56; José Belizário da Silva, o Dedé, de 79, e Celso Medeiros Barrientos, o Celso Protético, de 55. Todos foram presos nesta quinta, depois de a vítima tê-los reconhecido por foto.
Além de Alexandre Ítalo e da mãe da garota, está também sendo procurado George Correia Teteu, o Jorge, de 58 anos.

Irmã de garota que teve a virgindade vendida pela mãe por R$ 50 desabafa: ‘Ela tem que pagar’


A irmã mais velha de X., a garota que teve a virgindade vendida pela mãe por R$ 50 quando tinha 9 anos, fez um desabafo nesta sexta-feira. Ela - que há um ano resgatou a menina da casa onde morava com a mãe, em Marechal Hermes, na Zona Norte do Rio, onde era obrigada a fazer programas em troca de dinheiro, bebidas e drogas - disse que descobriu sobre os abusos quando a adolescente prestou depoimento aos policiais da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), este mês:
- Antes, eu desconfiava que algo muito ruim havia acontecido. Perguntava, mas a minha irmã se recusava a falar. Aí, a polícia recebeu uma denúncia que acabou gerando a investigação. Minha irmã foi chamada para depor e contou ao policial o que havia acontecido. Foi quando eu descobri. Fiquei muito, mas muito triste. O que quero hoje é que minha mãe seja presa. Ela tem que pagar.
A auxiliar de creche, de 20 anos, contou que foi abandonada pela mãe com o pai aos 2 anos, com um irmão de 8 meses. Os outros seis irmãos foram criados pela mãe. Um deles morreu aos 12 anos - a jovem não sabe a razão. Os dois caçulas foram tirados da mãe pelo Conselho Tutelar e estão em abrigos. Um deles é uma menina de 12 anos que a auxiliar de creche desconfia também ter sido abusada sexualmente.
- Minhã irmã contou que chegou a fazer programa com ela. Mas, infelizmente, essa minha outra irmã se perdeu. Ela usa drogas, volta e meia foge de casa, foge do abrigo... Infelizmente, não conseguiu dar a volta por cima como a outra - contou.
A volta por cima a que a auxiliar de creche se refere é a recuperação que X. vem mostrando. A garota que até os 14 anos não sabia ler nem escrever começou a estudar. Nas horas vagas, brinca de boneca com amiguinhos, todos mais novos que ela.
- Ao contrário do que poderia se imaginar, ela tem um comportamento de criança. Como perdeu a infância, parece estar querendo resgatá-la agora. É uma criança - disse a auxiliar de creche.
X. fará 16 anos na semana que vem. Para a irmã mais velha, o melhor presente será conseguir esquecer tudo o que passou dos 9 aos 14 anos:
- Ela tenta esquecer todas aquelas coisas tenebrosas. E vai conseguir, se Deus quiser.
A auxiliar de creche lembrou, ainda, que mesmo sem morar com a mãe a encontrou algumas vezes, quando a mulher aparecia em sua casa para uma visita. Nessas ocasiões, ela confrontava a mãe sobre o vício em drogas e bebidas:
- Ela teve oportunidade de se tratar. Não o fez porque não quis. Por isso, não a perdoo e nem sinto nada por ela. Somente a reconheço como a mulher que me colocou no mundo. Não tenho amor nem carinho.
Mãe é procurada
A polícia está à procura da mãe de X. e do homem que comprou a virgindade da menina, o militar da reserva Alexandre Ítalo Oliveira Santos, o Alex, de 60 anos. Também está sendo procurado George Correia Teteu, o Jorge, de 58 anos, acusado de abusar da garota. Nesta quinta, os agentes da DCAV estiveram no último endereço da mãe de X., em Piedade, na Zona Norte do Rio, mas ela não foi encontrada.
Outros cinco homens que estupraram X. foram presos nesta quinta-feira: Humberto Ricardo Marsico Morelli Alves, o Maninho, de 58 anos, usuário de maconha e cocaína; José Henrique Gomes, o Russo, de 63; David Macedo Gonçalves de Aquino, o Davi, de 56; José Belizário da Silva, o Dedé, de 79, e Celso Medeiros Barrientos, o Celso Protético, de 55.
Os acusados foram reconhecidos pela vítima por meio de fotos. Os agentes que ouviram o depoimento de X. sobre os abusos o consideraram chocante. No inquérito, o delegado Marcello Braga Maia, titular da DCAV, disse que a mãe recebia “gorjetas” em troca do sexo com a filha. Segundo o policial, ela submeteu a menina “aos caprichos mais sórdidos de abusos sexuais, aproveitando-se da ingenuidade, fragilidade, pureza de uma criança para envolvê-la com os suspeitos em troca de gorjetas.”
Surras
Em seu depoimento aos agentes da DCAV, além de contar detalhes dos abusos que sofreu, X. disse também que era espancada pela mãe quando se recusava a fazer sexo com algum cliente.
Todos os acusados responderão por estupro de vulnerável e exploração sexual de menor de idade. A mãe da menina responderá, ainda, por por maus tratos e abandono intelectual, material e de incapaz.