segunda-feira, 16 de setembro de 2013

BANCÁRIOS REJEITAM PROPOSTAS

Bancários de Niterói rejeitam proposta dos bancos e aprovam por unanimidade greve a partir do dia 19
Bancários de Niterói e região se reuniram em assembleia convocada pelo Sindicato da categoria nesta quinta-feira (12) para avaliar contraproposta apresentada pela Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) de reajuste salarial de apenas 6,1% sobre o piso da categoria. Os bancários rejeitaram de forma unânime a proposição dos banqueiros e aprovaram por também por unanimidade a deflagração de greve pode tempo indeterminado a partir do dia 19 de setembro, já que a Fenaban afirmou ser a última proposta apresentada pelos banqueiros durante reunião no dia 05 de setembro.
Centenas bancários participaram da assembleia que foi realizada no auditório da futura sede do Sindicato, no centro de Niterói. Os trabalhadores avaliaram ainda outros itens como PLR (Participação nos Lucros e Resultados), fim das metas abusivas, combate ao assédio moral, igualdade de oportunidades entre outros.
A categoria apresentou uma pauta de reivindicações aos banqueiros no início de agosto. Os bancários querem 11,93%, piso salarial do Dieese, fim das demissões e melhorias das condições de trabalho.
O Sindicato dos Bancários de Niterói e região compreende uma base de representação de 16 municípios, dentre eles Niterói, São Gonçalo, Maricá, Itaboraí, Cabo Frio e Rio das Ostras. Cerca de quatro mil bancários atuam nas cerca de 240 agências.
“A proposta de 6,1% da Fenaban nos remete a uma greve a partir do dia 19 por tempo indeterminado. Diante dessa proposta não há o que falar, a não ser em mobilização da categoria e greve”, afirma o presidente do Sindicato dos Bancários de Niterói, Fabiano Júnior.
As reivindicações dos bancários
> Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real mais inflação projetada de 6,6%)
> PLR: três salários mais R$ 5.553,15.
> Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).
> Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).
> Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.
> Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.
> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.
> Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.
> Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.
> Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.

A proposta da Fenaban
Reajuste - 6,1% (previsão da inflação pelo INPC) sobre salários, pisos e todas as verbas salariais (auxílio-refeição, cesta-alimentação, auxílio-creche/babá etc.)
PLR - 90% do salário mais valor fixo de R$ 1.633,94, limitado a R$ 8.927,61 (o que significa reajuste de 6,1% sobre os valores da PLR do ano passado).
Parcela adicional da PLR - 2% do lucro líquido dividido linearmente a todos os bancários, limitado a R$ 3.267,88.
Adiantamento emergencial - Não devolução do adiantamento emergencial de salário para os afastados que recebem alta do INSS e são considerados inaptos pelo médico do trabalho em caso de recurso administrativo não aceito pelo INSS.
Prevenção de conflitos no ambiente de trabalho - Redução do prazo de 60 para 45 dias para resposta dos bancos às denúncias encaminhadas pelos sindicatos, além de reunião específica com a Fenaban para discutir aprimoramento do programa.
Adoecimento de bancários - Constituição de grupo de trabalho, com nível político e técnico, para analisar as causas dos afastamentos.
Inovações tecnológicas - Realização, em data a ser definida, de um Seminário sobre Tendências da Tecnologia no Cenário Bancário Mundial.
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Willian Chaves
Assessoria de Comunicação