A obra de duplicação da RJ 106 no pequeno trecho de cerca de um quilômetro, entre a entrada do bairro do Marquês e o novo retorno (no km 32, após o condomínio Bosque dos Lordes - sentido Ponta Negra), prometido para o dia 20 de dezembro e entregue um dia antes, já está com uma série de problemas, e TENHAM A CERTEZA, MUITOS OUTROS COMEÇARÃO A APARECER.
Já na semana entre Natal e Ano Novo, o primeiro buraco apareceu e ATÉ O FECHAMENTO DESTA MATÉRIA (às 21 horas do domingo 07/01), não havia sido consertado e pavimentado.
Outro grande problemas são os TAMPÕES DE BUEIROS. Vários já quebraram pelo peso excessivo dos veículos que passam no local, causando alguns incidentes (como pneus estourados, outros rasgados e avarias na parte inferior de veículos).
De forma relativamente rápida, as equipes de manutenção da SOMAR tem quebrado o asfalto, colocando um anel de concreto nos novos bueiros e com uma proteção de borracha (uma câmara de pneu de motocicleta, entre a base do bueiro e sua tampa. VÁRIOS (se não todos no trecho), já foram consertados e trocados.
POR QUE ESTES PROBLEMAS E PORQUE JÁ ESTÃO APARECENDO OS BURADOS?
Fácil de explicar, os buracos estão aparecendo pois principalmente entre o trecho da entrada do Marques e a loja de piscina quase em frente ao Condado, antes do ponto de ônibus (onde apareceu o primeiro e já está aparecendo o segundo), o solo não foi devidamente preparado.
Homens e máquinas apenas cavaram cerca de 70 a 80 centímetros, fizeram sim uma boa compactação do solo com água e máquinas compressoras, colocaram britas, fazendo nova compactação, posteriormente uma nova colocação de areia e compactação com água, para depois colocar o piche, e as camadas asfálticas (apenas duas de cerca de 7 centímetros cada) e TUDO PRONTO.
Só que, numa rodovia como a RJ 106 com intenso fluxo de veículos pesados (várias linhas de ônibus e muitos caminhões em direção a região dos lagos, deveria ter havido uma maior extração do solo original para colocação de pedra de mão como são chamadas em obras (veja no final desta matéria os passos corretos para uma boa pavimentação).
Essa escavação mais profunda (cerca de 1,5 a 2 m de profundidade) com a colocação de pedras de mão, e colocação de areia para preencher os vazios e compactação com água e compressores, é FUNDAMENTAL para a boa base da rodovia. Ai sim vem as demais etapas com a colocação de cerca de 70 a 80 centímetros de britas, fazendo nova compactação, posteriormente uma nova colocação de areia e compactação com água, para depois colocar o piche, e as camadas asfálticas (apenas duas de cerca de 7 centímetros cada) e TUDO PRONTO.
sso aconteceu no trecho entre a loja de piscina próximo ao Condado e a rua de acesso ao condomínio Bosque dos Lordes. Podem VERIFICAR que neste trecho, os buracos irão demorar MUITO TEMPO para aparecer.
Esperamos que com o início das obras no trecho do novo retorno até a entrada para Ubatiba, o trabalho seja executado como se deve, principalmente na curva em frente a entrada do Marques, que tem seu raio para dentro da rodovia e não para fora.
Conheça as etapas da pavimentação de uma rodovia
Para uma pavimentação de boa duração e que ofereça segurança, é necessário seguir procedimentos determinados por normas técnicas. As etapas a seguir são cruciais para um bom resultado final.
1 – Planejamento:
Essa etapa é uma das mais importantes e deve ser feita antes de dar início a qualquer procedimento.
Nessa etapa é importante se atentar a fatores como: propriedades do solo, topografia, volume de tráfego, localização, linhas de serviço público, esgoto, drenagem e custos de manutenção das rodovias e estradas.
2 – Preparação da base e sub-base:
Essas camadas são essenciais para a qualidade do pavimento e precisam ser estáveis regulares e compactadas, já que funcionam como suporte para a cargas do revestimento.
A brita é o material mais usado para estruturar essas camadas e, para garantir sua funcionalidade, é necessário compactar ambas as camadas, com rolos compactadores estáticos ou vibratórios, logo após o espalhamento da brita. Em rodovias com maior fluxo, deve-se escavar uma maior profundidade para a colocação de pedras de mão na base.
3 – Lançamento da mistura asfáltica:
A mistura asfáltica resulta em um asfalto preto que é composto por areia, óleo, cimento asfáltico de petróleo e outros aditivos, e que proporciona um percurso suave para o tráfego.
A aplicação de asfalto fresco é feita após a instalação das estruturas de suporte e se bem executada, proporciona um percurso suave para o tráfego.
Inicialmente, a superfície é preparada com a aplicação de uma camada fina do material asfáltico, a fim de conferir impermeabilização e aderência entre a base e o revestimento. Após isso, a mistura é lançada uniformemente, formando uma camada de no máximo 0,05 centímetros. A vibroacabadora, que é o maquinário que realiza essa etapa, lança a mistura, nivela e realiza a pré-compactação da via.
Nessa etapa também são construídas calhas e drenos para escoamento da água da chuva.
4 – Transição:
Essa etapa consiste em suavizar a transição entre superfícies, seja entre dois tipos de pavimento, seja entre o pavimento e a calçada. Pode ser feito com vigas de concreto ou com meio fio. É importante que se observe como o escoamento de água é feito, para evitar possíveis transtornos.
5 – Compressão final:
Nessa etapa, é feita a acomodação e compactação da massa asfáltica, para garantir que a superfície fique lisa e sem sobras, além dos detalhes finais nas junções na superfície. O primeiro é feito com a vibroacabadora, enquanto o segundo, muitas vezes é de trabalho manual.
