Um triste relato de pessoas DESPREPARADAS para o devido atendimento à todos os tipos de públicos, foi postada em um grupo do Instagram (MÃES QUE LUTAM - específico de familiares de PCDs - pessoas com deficiências).
Na quarta feira 12 de outubro (feriado de Nossa Senhora da Aparecida), Marcel e Dominique (autista nível 1), pais da criança MIGUEL (autista severo), resolveram sair para um passeio no dia das crianças e decidiram passar na loja Tubarão em Inoã, para comprarem juntos, o presente da referida data para o pequeno Miguel.
Assim que entraram na loja (a criança devidamente identificada com o crachá e o colar INTERNACIONAIS, que informam que a pessoa é AUTISTA), o menino (de apenas 3 anos) escolheu rapidamente o seu brinquedo e de imediato foram para o caixa, uma vez que a criança pela sua condição, não tolera muito a espera (uma das características do autismo deste menino - nível 3, sendo o grau mais elevado e que requer maiores cuidados).
Ao chegarem à fila, notaram que só havia uma FILA ÚNICA e como sempre, estava muito grande, principalmente devido ao movimento do dia das crianças. Foram a um funcionário indagar sobre uma fila para preferenciais e este não soube informar se existia ou não (????).
Ao passar um outro funcionário, foi feita a mesma pergunta e este informou NÃO EXISTIR FILA PREFERENCIAL. Neste momento, Marcel (o pai da criança) pediu para esposa ficar na fila com o filho - este já irrequieto pela sua condição. Ao chegar no balcão de informações, pediu para falar com o gerente e o funcionário apontou para um cidadão totalmente descaracterizado (onde NINGUÉM poderia supor ser o gerente da loja, pois nem crachá tinha), próximo aos caixas.
Indo ao seu encontro, de imediato o gerente pediu que saíssem da fila, indo para o outro lado dos caixas que seriam logo atendidos. Assim fez Marcel, indo com Dominique e Miguel para o local apontado pelo gerente.
Chegando ao local, uma funcionária apontou o local onde seriam atendidos (uma caixa com identificação de preferencial, porém com pouca visualização), porém este caixa fazia atendimento a um casal de idosos que estavam realizando uma compra de dezenas de itens. A demora neste atendimento foi tão grande, que Marcel reparou que na fila ENORME onde estavam, todos foram atendidos e eles ainda aguardavam para realizar o pagamento do brinquedo do pequeno Miguel.
Marcel relatou que na enorme fila que estavam, quem estava na sua frente era uma conhecida pessoa que trabalha no PROCON de Maricá e ao vê-los ainda esperando, se espantou e indignada afirmou: "ISSO NÃO PODE ACONTECER. VOCÊS DEVERIAM SER ATENDIDOS NA PRIMEIRA LIBERAÇÃO DE QUALQUER DAS OUTRAS CAIXAS", e deixou seu contato com a família para servir de testemunha e intervir no que for necessário, informando que levaria o problema à secretaria de defesa do consumidor e ao Procon Maricá, onde trabalha.
Neste momento, a mãe do pequeno Miguel, a Sra. Dominique (também autista, porém moderada como já citamos acima), retornou ao gerente e este, além de não dar a devida atenção, destratou, deu as costas e nada fez pela mãe e a criança especial.
Para não criar um problema maior, ainda aguardaram por mais alguns minutos até que conseguissem concretizar a sua compra (a funcionária do PROCON no momento nada fez para intermediar o problema, embora tivesse poder para tal, mas como informamos acima, se disponibilizou em ajudas futuras se necessário for).
Ao sair, pelo fato do pequeno Miguel já estar se desestabilizando, foram à loja ao lado (antigo Delicias Candy), para fazer um lanche e enfrentaram mais uma fila, o que acabou por desestabilizar de vez a criança, que começou a sangrar pelo nariz (a criança passou por uma pequena cirurgia no dia 6, para a retirada de tecido esponjoso no seu nariz além de um procedimento na garganta).
A família está tomando as medidas cabíveis. A loja Tubarão enviou nota para a página MÃES QUE LUTAM se desculpando pelo fato ocorrido, mas ainda não entrou em contato com a família para qualquer tipo de desculpas, esclarecimentos e/ou ressarcimentos devido ao grande constrangimento.
O jornal Barão de Inohan, espera uma manifestação URGENTE da secretaria de assistência social e da secretaria de Defesa do Consumidor sobre o assunto e deixa aqui o espaço que for necessário para que os responsáveis pelas duas empresas aqui citadas, se manifestem.