EDITORIAL:
Maricá merece estar passando por isso sempre que acontece uma eleição?
Na quinta feira 31 de março, Renato Machado, o todo poderoso "secretário" de Maricá, deixou a SOMAR, que ele ajudou a criar, crescer e a (sem trocadilhos) SOMAR esforços na vida do cidadão maricaense.
Conheci Renato como assessor parlamentar do então vereador Fabiano Horta, depois chefe de gabinete do então presidente da casa de leis maricaense, quando Fabiano subiu ao posto mais alto da Câmara.
Sempre braço direito de Fabiano, amigo leal, acompanhou o então primeiro deputado federal da história de Maricá indo para Brasília e o acompanhou quando este licenciado, veio ocupar uma pasta do Rio de Janeiro.
Renato foi um dos baluartes da campanha de Fabiano para prefeito e após as eleições, ocupou por justiça, a secretaria de governo, sendo então o todo poderoso secretário, articulando e resolvendo situações em prol e em nome do prefeito, a favor da população maricaense.
Quando precisou ocupar a secretaria de obras, sem deixar a secretaria de governo, virou então o SUPER SECRETÁRIO, mas tudo isso, ainda era pequeno para o camarada que tinha vontade de crescer e mudar a cara de Maricá, sempre apoiado pelo prefeito Fabiano Horta.
Nascia então a SOMAR - autarquia de obras do município de Maricá, com um orçamento BILIONÁRIO advindo dos royaties do petróleo, maior do que o orçamento de muito municípios brasileiros, que (com defeitos sim, mas inúmeros acertos), mudou a cara de Maricá, com obras em todo município.
Renato depois de 6 anos, deixa o governo para ser pré-candidato a deputado estadual, entregando centenas de obras concluídas nestes anos, mas deixando sua principal obra de acesso à Itaipuaçu inacabada (embora prometido por ele para ser entregue em fevereiro e agora com nova promessa para início de junho), a estrada dos Cajueiros, sem contar que a estrada de Itaipuaçu que também não teve seu recapeamento concluído.
Renato sai abraçado pelo povo, e no sábado 26/3, em evento do PT no Rio de Janeiro, com a presença do ex-presidente Lula, Renato recebe um carinhoso e relevante abraço.
Mas nos bastidores do PT de Maricá, os caciques não estão falando a mesma língua, ou, não estão BATENDO O MESMO TAMBOR.
Com a candidatura para o terceiro mandato, Rosângela Zeidan terá o apoio do ex-marido, o ex-prefeito e atual vice-presidente nacional do PT - Washington Siqueira (o Quaquá), além de boa parte de vereadores, secretários e da máquina pública maricaense.
Essa "briguinha" política que ao meu ver, não traz nenhum benefício para Maricá, recoloca em cena o ex-prefeito, que tendo ou não seus problemas, é o maior articulador político de Maricá. Foi ele que "gerou" Rosângela Zeidan deputada. Ele que "gerou" Fabiano Horta vereador, depois deputado federal e posteriormente prefeito. Não se pode negar tais fatos.
Há alguns meses atrás, houve um encontro do grande cacique e do presidente da SOMAR, onde parecia que unidos, selariam a paz em prol dos maricaenses e "inteligentemente" (principalmente pelo foco petista) andariam juntos para CONQUISTAR novos postos e espaços.
Mas a "suposta aliança e paz" não durou um fim de semana.
O ex-prefeito deixa claro que está na luta e que em 2024, retornará como candidato a prefeito para "continuar a revolução maricaense".
E ai eu pergunto:
Qual o valor de um abraço verdadeiro?
Qual a importância de ser abraçado (devidamente e verdadeiramente abraçado)?
Pery Salgado - jornalista há 43 anos, editor do jornal Barão de Inohan e do Informativo CULTURARTEEN
