O ritmo de transmissão da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, está em desaceleraçao no Brasil pela primeira vez desde abril. Segundo dados do centro de controle de epidemias do Imperial College, a taxa de contágio (Rt) registrada no país, na semana que começou no domingo (16), foi de 0,98 (o número indica para quantas pessoas, em média, cada infectado transmite o vírus).
O valor significa que cada 100 pessoas contaminadas contagiam outras 98, que por sua vez passam a doença para 96, em seguida para 94, etc, levando a uma desaceleração do contágio. A boa notícia demanda cautela, já que a situação brasileira ainda não está classificada como estabilizada e pode voltar a subir, caso medidas de prevenção nao sejam tomadas.
Em julho, o país apresentou taxa de 1,01, uma situação definida como "fora de controle".
O Chile é o único outro país na América Latina que apresentou número abaixo de 1 no cálculo da Imperial College: 0,85. O Paraguai passou a ser monitorado, registrando taxa de 1,95. Bolívia e Equador, que haviam reduzido os seus índices, voltaram a subir. Países europeus também viram seus números avançar, como Espanha e França.
Esta também é a primeira vez desde abril que o Brasil deixou de ser o líder em estimativas no número de mortes semanais. Agora, o primeiro lugar está com a Índia, onde são estimadas 7,2 mil mortes por semana. Por aqui, a expectativa é de que os óbitos chegem a 6,910 (Os EUA tem diferente metodologia e, por isso, não entraram no cálculo) por semana.
No Brasil, já foram confirmados mais de 3,4 milhões de casos e 111 mil mortes, segundo o consórcio de veículos de imprensa, formado por O GLOBO, Extra, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo, que reúne informações das secretarias estaduais de Saúde.