Novo hospital municipal receberá pacientes de vários municípios vizinhos. Prefeitura estuda meios de sempre priorizar atendimento ao maricaense (Foto: Fernando Silva) |
O investimento, apenas na construção do hospital, é de R$ 40 milhões, provenientes do repasse de royalties. A unidade será uma referência regional e contará com 138 leitos para internação, além de duas CTIs, 19 enfermarias (com três leitos cada), distribuídas pelos três blocos, seis salas de observação para adultos e mais três alas de observação para pediatria. O hospital contará com tomografia, raio-x, entre outros aparelhos, e terá todo o consumo de energia (1,8 Mw/mês), garantido por painéis de captação fotovoltaica instalados nas coberturas das vagas de estacionamento.
O prefeito de Maricá, Fabiano Horta (PT), afirma que os royalties estão possibilitando a construção de uma cidade com mais infraestrutura e desenvolvimento humano.
“Os royalties têm sido investidos para a melhoria da qualidade de vida do povo de Maricá. Investimos, por exemplo, em duas políticas importantíssimas de desenvolvimento humano, o programa Renda Básica de Cidadania, que complementa a renda de mais de 15 mil famílias, e o ônibus gratuito. São políticas sociais fundamentais que a prefeitura realiza a partir do investimento do petróleo no município”, detalhou o prefeito.
O petróleo também garantiu a construção do novo Cemitério Municipal de Maricá (com crematório). Com investimento total de R$ 7,3 milhões, o cemitério vertical está sendo erguido na parte dos fundos do antigo cemitério, em uma área de 5 mil m². O prédio de três andares terá 2.700 gavetas funerárias e 1.512 nichos mortuários, além de seis capelas. A previsão do Executivo municipal é entregar a nova ala concluída até o final deste ano.
Na linha da educação, royalties e participações especiais na exploração do petróleo foram aplicados na construção do Instituto Federal Fluminense (IFF), campus de Maricá. A unidade deve ser inaugurada ainda este ano, e atenderá 1.400 alunos, através de um investimento da prefeitura de aproximadamente R$ 10 milhões.
Em 2016, Maricá recebeu R$ 179 milhões em royalties e mais R$ 187 milhões pelas participações especiais, totalizando R$ 366 milhões em recursos advindos do petróleo. Esse valor representou 70% de todo o orçamento anual do município: R$ 516 milhões.
O Campo de Lula, localizado na camada do pré-sal da Bacia de Santos, responde por mais de ¼ de toda a produção nacional de petróleo. Por conta da confrontação territorial, Maricá fica com 49% dos recursos da sua exploração, enquanto Niterói recebe 43% e os 8% restantes são direcionados à capital fluminense.
O FLUMINENSE