sábado, 16 de julho de 2016

CONFIRMADO: PESQUISA COM FABIANO HORTA EM PRIMEIRO ESTÁ CHEIA DE IRREGULARIDADES E TRE PROIBE DIVULGAÇÃO

Impugnada pesquisa eleitoral que coloca Horta em primeiro lugar

TRE constata irregularidades, e proíbe a divulgação


O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) impugnou a divulgação da pesquisa eleitoral realizada pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe), que apontou o deputado Fabiano Horta (PT) com 46% das intenções de voto, enquanto o profissional de saúde e primeiro suplente de deputado federal Marcelo Delaroli (DEM) aparece com 26%. Na ação, movida pelo Partido Social Democrático (PSD), o TRE de Maricá comprovou irregularidades da pesquisa, cujo resultado pode ser anulado.

O pedido do PSD, acolhido pela 55ª Vara Eleitoral de Maricá, apontou que a pesquisa contém vício formal e material, em desacordo com o que determina a Resolução 23.453/2015 do Tribunal Superior Eleitoral. Segundo o TRE, o levantamento ocorreu de forma tendenciosa e ilegal, com não fornecimento da documentação completa, como o plano de amostragem das pesquisas por bairros e seguimentos. Outro ponto questionado foi o fato de a pesquisa apresentar margem de erro de 9,95%, incompatível com o centro da meta do registro declarado que deveria ser de 4,1%.

A Justiça Eleitoral apontou também que o Ipespe não realizou cruzamento entre o total de entrevistas e bairros listados na metodologia, o que contraria a distribuição demográfica estabelecida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o TRE.

Outro ponto de questionamento do PSD à Justiça Eleitoral foi o fato do mesmo instituto ter realizado há cerca de dois meses pesquisa em Maricá, onde o resultado foi totalmente diferente do divulgado no segundo levantamento. Na primeira pesquisa do Ipesp, Marcelo Delaroli aparecia com 42% contra 18 % do deputado federal Fabiano Horta.


Instituto é investigado por fraudes

O Ipespe já foi condenado anteriormente pela Justiça Eleitoral por pesquisas com suspeita de irregularidades. O instituto, com sede no estado de Pernambuco, é investigado também pelo Ministério Público Federal por manipulação de resultados no Recife. Outra denúncia contra o Ipespe, desta vez no Rio, aconteceu na cidade de Quissamã, na região Norte do Estado, onde o Ipespe registrou o resultado da pesquisa antes mesmo de terminar de realizar as entrevistas, o que demonstra que os números seriam forjados.