Segundo a prefeitura, o viaduto construído pela Somar, é a maior intervenção urbana realizada pelo município para desafogar o trânsito na região, mas desde o início das obras, nos colocamos contra sua construção e abaixo, relembramos os motivos:
1 - o grande problema na região era o cruzamento da RJ 114 com a RJ 106, que causava enormes congestionamentos na avenida Roberto Silveira que por vezes iam até próximo do colégio Domício da Gama.
2 - ao acabar com o cruzamento com a construção do retorno no km 32 da rodovia, o problema acabou, os congestionamentos acabaram, e com este novo retorno e o retorno já existente em frente ao condomínio Helena Varella II, o trânsito estava fluindo tranquilamente, até começarem as obras do viaduto que não precisava existir, pois, como afirmamos neste dois parágrafos, os problemas do trânsito já estavam resolvidos. Lembrando que segundo a prefeitura, a construção do retorno e duplicação da RJ 106 entre o Marques e o retorno, teria custado algo em torno de R$ 10 milhões.
3 - o projeto original do viaduto, datado da década de 70, este não passaria por cima da RJ 114, como foi construído, e sim, passaria por cima da RJ 106, ligando a avenida Roberto Silveira à estrada de Ubatiba (RJ 114), em apenas duas pistas (mão e contra mão), o que seria muito mais barato, evitaria as várias desapropriações que custaram muito para os cofres públicos, sem contar nos inúmeros investimentos no local que acabaram ou por conta das desapropriações ou por literal falência.
4 - evitaria 10 meses de transtornos na vida dos moradores do Marques, Condado e de todos que por ali precisaram passar para chegar aos seus trabalhos ou residências, ou apenas para o passeio do final de semana.
5 - Não teria custado quase R$ 120 milhões aos cofres públicos, embora a prefeitura admita apenas R$ 85 milhões.
E ainda esperamos que a absurda rotatória construída embaixo do viaduto, FUNCIONE (o que achamos pouco provável, embora torcemos para estarmos errados), até por que, brasileiros não sabem usar rotatórias, e como agora TODOS cairão na absurda rotatória, os congestionamentos poderão ficar piores do que na época do cruzamento das duas rodovias. Voltamos a deixar claro: queremos estar errados.
Em tempo: é bom lembrar que se rotatória fosse boa, o prefeito Fabiano Horta não teria COMEMORADO o término da famigerada rotatória da Mumbuca.
Mas, apesar de tudo, o viaduto ficou pronto, o paisagismo ficou muito bonito, a obra aparentemente foi muito bem feita (embora existam duas juntas de dilatação que parecem degraus e carros pequenos assim como motociclistas tomam sustos ao passarem pelo local) e o mesmo foi inaugurado na manhã da segunda feira dia 30, de certa forma, em uma festa melancólica, onde deveria ser o grande marco da última gestão de Fabiano Horta, com todos os vereadores, secretários, discurso de despedida, mas o que vimos foram pouquíssimos representantes do executivo, quase ninguém do legislativo, também quase ninguém do novo governo, e também, a pouquíssima presença do povo.
Ainda assim, o prefeito aproveitou para descontrair, dizendo que o viaduto Leonel Brizola teria sido apelido de Viaduto Botafogo, pois passaria por cima do Flamengo (bairro onde está localizado).
MATÉRIA DA PREFEITURA
A Prefeitura de Maricá inaugurou na manhã da segunda-feira (30/12) o viaduto Leonel Brizola, a maior intervenção urbana realizada pelo município e que vai desafogar o trânsito na região central da cidade (N.R.: esperamos que sim). O elevado do Flamengo foi construído pela autarquia SOMAR - Serviços de Obras de Maricá ao longo da Rodovia Amaral Peixoto (RJ-106) com a RJ-114 (que dá acesso ao município de Itaboraí), no cruzamento da rodovia. A intervenção teve o custo de aproximadamente R$ 85 milhões e levou cerca de dois anos para ser concluída.
O prefeito Fabiano Horta destacou a importância do viaduto que vai dar mais fluidez ao trânsito da região e agradeceu à população pela confiança nos últimos oito anos à frente do Poder Executivo.
“A rodovia, a pujança dela enquanto uma cidade que está em plena construção. Fizemos toda a infraestrutura, o saneamento, a urbanização das vias, o senso de cidade que foi construído e está em expansão. Quero deixar aqui o meu agradecimento pela confiança ao povo de Maricá pelos oito anos que pude estar à frente da prefeitura”, disse.
O secretário de governo e vice-prefeito eleito e diplomado João Maurício de Freitas (Joãozinho) afirmou que Fabiano Horta encerra o seu ciclo com muitas entregas de equipamentos públicos para a população:
“No último dia do governo, entregamos a maior obra viária que essa cidade já teve, um viaduto de grande porte como esse aqui. Esse ciclo de oito anos foi de muita entrega, olhando o município como um todo, do Recanto a Jaconé, fazendo muito em todas as áreas, seja na cultura, na educação, na saúde, na infraestrutura, na urbanização, no saneamento, na agricultura. Fica aqui hoje uma palavra de gratidão da cidade de Maricá ao seu trabalho, ao seu empenho e à sua dedicação”, afirmou.
Elevado Leonel Brizola
O novo elevado tem um vão de aproximadamente 114 metros, com quatro faixas de rolamento (duas pistas de mão dupla), espaço para pedestres em uma área total de 136.000 m². A obra contemplou ainda a duplicação da RJ-106 no trecho entre a Avenida Roberto Silveira, na entrada do bairro do Flamengo, até as proximidades do Condomínio Bosque dos Lordes com a construção de um retorno no quilômetro 32, logo após o Condado e a construção de uma rotatória no entroncamento da RJ-114, que dá acesso ao município de Itaboraí. O local recebeu ainda a instalação de rede de drenagem de aproximadamente 4,5 quilômetros de extensão para diminuir o risco de inundações do entorno. A intervenção abrangeu também a urbanização com calçadas, canteiros, paisagismo, sinalização e iluminação de led.
O presidente da Somar, Jorge Heleno que também está deixando a autarquia, comentou sobre as etapas do processo de construção do elevado. “Começamos primeiramente com a macrodrenagem desde o bairro do Condado, passando aqui por essa área da rotatória. Foi feito um ajuste da rede de drenagem existente, sendo substituída por uma rede que comporta a carga hídrica que vem das chuvas que acontecem todos os anos em Maricá. Foi realizada a parte da fundação, montagem e içamento. Foi uma obra complexa, mas toda a idealização do início do projeto até o final foi muito boa e o resultado está aí”, disse.
A estrutura possui ainda quatro lances de vigas: duas maiores medindo 42 metros de comprimento e dois metros de altura e cada uma pesa 105 toneladas, além de vigas menores medindo 15 metros, totalizando 28 vigas. Também foram instaladas escamas de terra armada, que são parte da contenção da estrutura. No local foram implantadas duas mil placas laterais que pesam aproximadamente 790 kg para compor a parte estrutural de subida e descida do elevado.