quinta-feira, 12 de março de 2020

CPI DA ENEL É CONCLUIDA COM POUCAS PUNIÇÕES À EMPRESA QUE CONTINUA PRESTANDO PÉSSIMO SERVIÇO À POPULAÇÃO E COLOCANDO EM RISCO A VIDA DOS MARICAENSES

Diretora da empresa se nega a falar com imprensa ao término da CPI, alegando que a “direção da empresa” proibe tal fato


Foi realizada, na terça-feira (10), a audiência pública de encerramento da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura o péssimo serviço prestado pela ENEL no município de Maricá. Dentre os avanços obtidos com a comissão estão: o aumento do quadro de funcionários da agência da Enel no Centro de Maricá, recuperação de R$ 1 milhão que já estão utilizados em mecanismos para melhorar a distribuição de energia em Itaipuaçu, a disponibilização de máquinas de autoatendimento, unidades móveis, convênio para a poda de árvore e o posto de urgência instalado no município para agilizar os serviços de reparos, principalmente em momentos emergenciais.

Além disso, está sendo realizado um projeto de telecontrole e a implantação 156 equipamentos telecomandados proporcionando mais velocidade no restabelecimento de energia. 

CRIAÇÃO DA CPI

Em dezembro de 2018, o lider comunitário Robinson Assis começou a fazer uma série de encontros pelo município afim de discutir os desmandos da ENEL e os péssimos serviços prestados pela empresa. Robinson solicitou apoio do jornalista Pery Salgado e o do jornal Barão de Inohan que levou a demanda ao vereador Cemar (que havia tomado posse como vereador devido a saída do titular da cadeira, Frank Costa, para a pasta do Trabalho), convidando-o a participar desta encontros com a população. Na reunião em 10 de fevereiro de 2019, na praça do Ferreirinha, com a presença de mais de 300 pessoas, Cemar se comprometeu perante os presentes a criar uma CPI contra a ENEL.

Apesar da luta inicial, encontrou forte resistência dentro da casa de leis, mas persistiu e com ajuda da deputada estadual Rosângela Zeidan que estava instalando uma CPI contra a LIGHT e a ENEL, na ALERJ, Cemar teve força e o apoio necessário para a instalação da CPI em Maricá, que aconteceu em 10 de junho de 2019.


A CPI foi então criada para apurar possíveis irregularidades cometidas pela companhia. Consumidores reclamavam de aumentos exorbitantes nas contas, Termo de Ocorrência de Irregularidades (TOI), falta de investimenos na cidade  (item cobrado pelo jornalista Pery Salgado durante as audiências), além de postes e caixas com risco de queda.  O presidente da CPI, vereador Cemar, informou que enviará o relatório final da Comissão para a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

LEITURA DO RELATÓRIO


Na terça feira 10 de março, durante a leitura do relatório final, feito pelo vereador RobGol, este fez questão de lembrar a importante presença e contribuição do ex-vereador Rony Peterson relator da primeira fase, quando ainda ocupava uma cadeira na casa de leis. O vereador RobGol fez um resumo do relatório que tem aproximadamente 500 páginas, porém, antes da leitura, de modo firme ao usar a palavra, o vereador Marcinho da Construção agradeceu a contribuição da equipe da ENEL, o esforço dos membros e parceiros da CPI, da imprensa que acompanhou as visitas e inspeções, além de dar publicidade à CPI, mas lamentou que a ENEL não tenha resolvido a maioria dos problemas de caixas CS soltas que colocam em risco a vida de pedestres, dos postes no meio das vias e de postes que estão prestes a cair, citando a reportagem do Barão de Inohan, capa da edição 201 de 29 de fevereiro, onde fala do poste que há um mês está “pendurado” pelos fios, com uma enorme caixa CS e uma gigantesco transformador, na avenida Francisco Sabino da Costa, em frente a entrada secundária do supermercado Princesa, e de uma faixa de pesdestre, em local de enorme movimento, colocando a vida de milhares de pessoas que passam diuturnamente pelo local.


A diretora de Relações Institucionais da ENEL, Sra. Josely Cabral, que falou por último, “rasgou seda” para os vereadores mas fazendo ouvido de mercador, não respondeu ao vereador. Ao término da CPI, o jornalista Pery Salgado (a imprensa não teve direito a fala nesta última audiência de conclusão da CPI) foi à diretora da ENEL solcitar uma entrevista para saber sobre o assunto dos postes que estão colocando em risco a vida de maricaenses, mas ela, diretora da ENEL informou que “sua diretoria” não autorizava que dessem entrevistas durante a CPI. Sua diretoria? Mas ela não é diretora, ou será que não foi informada? Ficou uma sensação de que o resultado poderia ter sido infinitamente melhor e que a população continua desassistida, embora o vereador Cemar, presidente da CPI, tenha deixado claro que a “luta continua”. Será??????????


Estiveram presentes na reunião, além dos vereadores, a presidente do Procon, Angélica Spíndola; o presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da OAB Maricá, Tancredo Freitas; representantes da Enel, o diretor da Associação de Imprensa de Maricá - Pery Salgado (Jornal Barão de Inohan) e representantes do jornal Plantão Em Foco. Fizeram parte da CPI os vereadores Aldair de Linda, Cemar, Felipe Bittencourt, Robgol, Marcinho da Construção e o ex-vereador Rony Peterson.