sábado, 28 de março de 2020

Maricá imuniza quase 10 mil dos 18 mil idosos previstos contra H1N1


Na sexta-feira (27/03), completada a primeira semana da campanha nacional de imunização contra o H1N1, a Secretaria de Saúde de Maricá conseguiu vacinar quase 10 mil dos 18 mil idosos previstos para a primeira fase. O resultado é ainda mais significativo quando se sabe que a ação é toda realizada em domicílio, por equipes da Prefeitura que atuaram em vários bairros, alcançando todo o território municipal.

“Vacinamos 9.223 idosos, ou seja, mais da metade da meta estipulada para três semanas. Temos mais duas para vacinar a outra metade. Começaremos a próxima semana com aproximadamente 5 mil doses, quantidade prevista para recebermos na segunda-feira. Vamos avançar também na vacinação dos profissionais de Saúde”, comemorou a subsecretária de Saúde, Solange Oliveira.

Enfermeira responsável pela ESF Bairro da Amizade, Rosilene Polanine atua na localidade há 10 anos. “A princípio, muitos idosos procuraram nossa unidade por causa do hábito de irem sempre que a vacinação é liberada. Mas os orientamos a aguardar em casa pela equipe. Eles ficaram felizes por estarem sendo acompanhados e não correrem qualquer risco de contaminação ao novo vírus circulante. Estão nos recebendo muito bem”, garantiu.

Moradores do bairro confirmam a declaração da profissional. Um deles é Valdenir Batista Moraes, de 64 anos. “Esse trabalho específico que estão fazendo é muito importante, porque estão cuidando da saúde das pessoas de todas as localidades. Nesse momento facilita muito para todos os idosos, principalmente porque muitos estão em cadeira de rodas e tem dificuldade de se locomover e outros não tem nem cadeira de rodas”, disse. 


Aos 92 anos, Maria de Lourdes Pires não estaria vacinada se não fosse a campanha. “Não tenho facilidade para ir ao posto porque estou com erisipela e osteoporose. Não consigo caminhar, o joelho falha e eu caio. Então, evito sair para não me machucar e dar trabalho para os outros. Para mim, eles virem na minha casa, foi ótimo”, revelou.

“Facilita muito mesmo. Ainda mais agora, com esse vírus, é muito necessário essa vacinação por causa da questão da imunidade baixa”, completa Argenor Silveira Melo de 62 anos.

José Carlos Albuquerque de 69 anos também pensa em sua proteção. “Essa vacinação domiciliar é de uma importância primordial porque ela evita qualquer tipo de contato e ajuda a me manter aqui em quarentena”, pontuou.