segunda-feira, 23 de março de 2020

Rio acolherá morador de rua no complexo do sambódromo. E em Maricá?

Rio instalará pias e acolherá morador de rua no complexo do sambódromo. Enquanto isso em Maricá...



Cinquenta pias públicas serão instaladas no centro do Rio para atender à população em situação de rua que não tem como seguir as recomendações de higiene da OMS (Organização Mundial de Saúde) para a prevenção do coronavírus. O espaço do Terreirão do Samba, no complexo do sambódromo, será usado como base de acolhimento e atendimentos médicos a quem não tem onde dormir e se manter em isolamento. "A parceria com a Cedae [Companhia Estadual de Águas e Esgotos] possibilitará o protocolo de lavagem das mãos, através dessas pias. Além dos lanches dados aos moradores de rua durante a abordagem noturna, distribuiremos kits com sabonetes líquidos, papel higiênico e papel umedecido, além de explicar quais são os cuidados necessários para evitar a doença", informa a secretária municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, Jucélia Freitas, a Tia Ju.

No Terreirão do Samba, haverá chuveiros, atendimento médico, para seviços como aferição de temperatura, e dormitórios respeitando os protocolos de distanciamento. 

Para o isolamento dos moradores de rua, a prefeitura pretende abrir 400 vagas em um hotel popular, numa parceria com o governo do estado, e utilizar parte da estrutura da Santa Casa de Misericórdia.

A prefeitura não se sabe exatamente quantas pessoas vivem nas ruas da capital fluminense. Estima-se que 14 mil cidadãos estejam sob as marquises cariocas sem conseguir cumprir os protocolos básicos para evitar o covid-19. Desse total, 70% se dividiriam entre as regiões central e sul da cidade. 

Por isso, o complexo do Sambódromo foi escolhido para a implantação de um "centro de campanha", como Tia Ju define. 

"Queríamos usar o espaço da Marquês de Sapucaí, mas as empresas que exploram os direitos do Carnaval ainda têm direito de utilizar o espaço até maio. Por isso, vamos montar a estrutura no Terreirão do Samba, ali ao lado. Lá, teremos banheiros com chuveiros e água, além da estrutura necessária para o acolhimento e suporte inicial", explica.

Consumo de drogas é mais uma dificuldade 

Ao menos 4 mil kits de higiene serão distribuídos por dia pelas equipes da secretaria, que passaram a trabalhar com luvas e máscaras desde o último dia 11, quando a OMS declarou a pandemia da doença. 

Nessa jornada de assistentes sociais e médicos, a conscientização e o convencimento aos moradores de rua, para que se submetam aos exames necessários e cumpram os protocolos de higiene, é a parte mais difícil. 

Em alguns casos, o consumo de drogas se impõe como mais uma barreira.

"Não há caso de morador de rua com coronavírus até o momento, no Rio de Janeiro. Duas pessoas com febre foram submetidas a exames, mas as suspeitas foram descartadas. É uma situação bastante complicada, que precisa ser encarada como questão de saúde pública. Muitas vezes, o consumo de álcool e outros entorpecentes faz com que as pessoas percam o senso, se tornem ainda mais vulneráveis, o que dificulta ainda mais", conta.

E na Milionária cidade de Maricá? O que está sendo feito?


Sem nenhuma casa de acolhimento, os moradores de rua de Maricá (ainda poucos), se concentram na praça Conselheiro Macedo Soares no centro da cidade, onde sem higiene, utilizam álcool, drogas e praticam atos sexuais.

A prefeitura está tomando todos os cuidados para deixar a população em casa e votará na tarde da segunda feira 23/03 às 16 horas, em sessão extraordinária da Câmara, um pacote de R$ 80 milhões para ajuda à sua população e micro empreendedores e trabalhadores autônomos, mas até agpra, nada foi visto para esta população de rua, que, como em vários locais, estão sendo retiradas e levadas a locais isolados e recebendo o devido tratamento. Onde está a Secretaria de Assistência Social de Maricá?