A jornalista da TV Canção Nova morreu no dia 21 de novembro, aos 38 anos de idade.
A jornalista Elaine Cristina Santos (38) na terça-feira (21), aos 38 anos, por insuficiência respiratória. O quadro de saúde dela se agravou em decorrência de uma pneumonia e infecção generalizada. Ela estava grávida de 23 semanas, e o bebê que esperava também morreu.
Ela era casada e deixa o marido, Fernando Carvalho, e um filho, Léo, de 1 ano e 8 meses. Três anos atrás, ela engravidou pela primeira vez de um bebê, que se chamaria Theo, mas sofreu um aborto espontâneo antes do parto. A própria emissora Canção Nova, onde trabalhou por mais de 15 anos, anunciou a morte dela, que havia sido internada por conta de uma pneumonia, com complicações posteriores que a levaram ao óbito por insuficiência respiratória (*).
A apresentadora e amiga de Elaine, Paula Guimarães, lamentou a morte da colega de trabalho: "Estamos todos muito sentidos nesta manhã. Acabamos de receber a notícia do falecimento da nossa amada Elaine, nossa amiga, que trabalhava aqui na Canção Nova desde 2008, entrou como estagiária e era hoje nossa âncora do jornal da noite. Foram 15 anos trabalhando ao nosso lado, como jornalista, e se tornou espetacular, no que fazia" contou Paula aos espectadores.
Elaine foi vencedora do Prêmio Jornalismo Canção Nova, em 2019, como melhor reportagem. O corpo de Elaine e do bebê foram velados na casa da família em Guaratinguetá e o sepultamento aconteceu quarta (22), às 10h no cemitério municipal.
Reinaldo César dividia bancada com Elaine Santos |
(*) O que é insuficiência respiratória
Segundo informações do site da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, o termo insuficiência respiratória é genérico e usado toda vez que o aparelho respiratório deixa de funcionar. "E quando eu digo funcionar é capturar oxigênio e eliminar gás carbônico Quando esse processo deixa de acontecer, chamamos genericamente de insuficiência respiratória", explica o pneumologista Roberto Stirbulov, professor da universidade.
"Essa falha faz com que o nível de oxigênio no sangue fique abaixo de um valor aceitável. Com isso, todos os tecidos e órgãos do corpo humano entram em sofrimento", explica o especialista.
Segundo ele, esse "nível aceitável" varia de pessoa para pessoa. Mas, no geral, a saturação de oxigênio é considerada anormal quando está abaixo de 90%. Além da intensa falta de ar, os sintomas incluem coloração azulada da pele, lábios e unhas, confusão mental, sonolência e batimentos cardíacos anormais.
A insuficiência respiratória pode ter inúmeras causas. Quase todas as doenças que afetam a respiração ou os pulmões podem levar a esse quadro, segundo o Manual Merck de Diagnóstico e Terapia.
"No Brasil, a pneumonia é uma causa muito frequente. Além disso, a maioria das mortes por Covid-19 são causadas por insuficiência respiratória", observa Stirbulov.
O diagnóstico é feito por meio da análise clínica do paciente, medida da quantidade de oxigênio e dióxido de carbono no sangue e radiografias torácicas. Os pacientes com quadros agudos precisam ficar na UTI (unidade de terapia intensiva) para receber oxigênio, que pode ser administrado por diferentes vias, como pequenos cateteres de plástico colocados no nariz ou máscara facial.