Enel interrompeu fornecimento para reparos após a queda de um raio. Queda de energia começou à tarde e foi até por volta de 23h. Eventos principais da Flip não foram afetados, mas parte da programação paralela teve atraso de 3h.
Paraty ficou sem luz entre a tarde e a noite da quinta-feira (23) no segundo dia da FLIP - Festa Literária Internacional de Paraty. Segundo a prefeitura, a energia caiu às 14h e voltou às 22h50 no Centro Histórico, onde acontece a programação principal do evento. A Enel diz que teve de fazer reparos na rede após a queda de um raio.
A assessoria da Flip disse que as atividades da programação principal e da Flipinha não foram afetadas, pois os auditórios em que elas acontecem têm gerador, mas a Flipei, evento de companhias independentes, teve atraso de 3h e foi realiza à luz de lanternas de celulares. O público ficou às escuras nas ruas que abrigam a festa.
De acordo com a Enel Distribuição Rio, a energia teve que ser temporariamente interrompida em toda a cidade para reparos emergenciais após um raio atingir a linha de distribuição do município.
Por conta do raio, "houve oscilação de tensão na rede que atende o município". A empresa diz a queda em toda a cidade durou 3 horas e 40 minutos.
Após crise energética em São Paulo e Rio de Janeiro, presidente da Enel deixa cargo
Companhia anuncia que Antonio Scala, executivo que acumula 18 anos entre os quadros da empresa, estará à frente da atuação no Brasil
Vinte dias depois do apagão que deixou 2,1 milhões de pessoas sem energia na capital paulista, e em diversas cidades do estado de São Paulo e do estado do Rio de Janeiro, em diversos eventos consecutivos e fora de intempéries da natureza, o presidente Enel Brasil, Nicola Cotugno, anunciou que vai deixar a empresa. Seu substituto será o executivo Antonio Scala.
Segundo fontes da companhia, na verdade uma grande desculpa ESFARRAPADA, a aposentadoria de Cotugno estava prevista antes do apagão, mas foi adiada para evitar a politização de sua saída.
“A saída de Cotugno foi definida em reuniões do Conselho das Distribuidoras da Enel Brasil em outubro. Para apoiar o processo de substituição e as recentes contingências, o executivo prorrogou a sua saída para 22 de novembro”, disse nota enviada à imprensa.
Scala é executivo com 18 anos de trajetória na Enel. Ele ocupou a funções como chefe de Planejamento e Controle de Global Trading e liderou a Enel Green Power na América do Sul.
A crise
No dia 4 novembro, 2,1 milhões de clientes da Enel ficaram sem energia em São Paulo por conta da chuva do dia anterior. A companhia tinha se comprometido a retomar o fornecimento no dia 7, mas não cumpriu o prazo.
Somente cinco dias depois, é que a concessionária informou que a energia elétrica tinha sido restabelecida para 99,99% dos clientes.
A empresa foi acionada pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), ligada ao Ministério da Justiça. Além disso, as comissões de Desenvolvimento Urbano e de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados convidaram a Enel a prestar esclarecimentos sobre o apagão.
Além disso, durante a sessão da CPI da Enel na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), no dia 14, a energia caiu ao menos três vezes.
No dia seguinte, uma nova tempestade deixou várias 290 mil pessoas sem energia em São Paulo.
O prefeito da cidade, Ricardo Nunes (MDB), disse que pediu para a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) cancelar o contrato de concessão com a Enel.
O Governo de São Paulo aplicou no dia 17, via Procon, uma multa de R$ 12,7 milhões contra a concessionária pela falta de energia e por descumprir o dever legal de prestação de serviços essenciais.
Além da capital paulista, várias outras cidades do estado e também do estado do Rio de Janeiro, sofrem apagões diários e quando existe alguma intempérie da Natureza, chegam a ficar sem luz por cias, como acontece até o fechamento desta matéria com bairros de Niterói e Maricá, que ainda estão sem energia desde a ventania e chuvas da quinta feira 16/11.
Um grande evento sobre a saúde da mulher que aconteceria na tarde da sexta feira 24/11 no centro de Maricá, foi cancelado por falta de luz.
O último grande episódio lamentável no estado, foi o apagão na FLIP (veja no início desta matéria).