sábado, 4 de dezembro de 2021

SENSATOS: Prefeitura do Rio de Janeiro cancela festa de Réveillon com temor por variante Ômicron


Sensato, mas lamentando muito o fato, Prefeito Eduardo Paes lamenta, mas diz respeitar a ciência e a decisão de comitês.

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), anunciou, na manhã deste sábado (4.dez.2021), o cancelamento da tradicional festa de Réveillon realizada na praia de Copacabana, na Zona Sul da capital fluminense.

“Respeitamos a ciência. Como são opiniões divergentes entre comitês científicos, vamos sempre ficar com a mais restritiva. O Comitê da prefeitura diz que pode. O do Estado diz que não. Então não pode. Vamos cancelar dessa forma a celebração oficial do réveillon do Rio“, escreveu Paes no Twitter.

Paes escreveu que está triste com a decisão, mas que não organizará a festa sem a garantia de autoridades sanitárias.

“Infelizmente não temos como organizar uma festa dessa dimensão, em que temos muitos gastos e logística envolvidos, sem o mínimo de tempo para preparação”, completou.

Em 10 de outubro, o prefeito do Rio afirmou que “certamente” haveria Réveillon no Rio de Janeiro. A declaração foi feita durante comemoração da alta na taxa de imunização dos cariocas.

Contudo, com a chegada da variante ômicron ao Brasil e a alta de casos de covid-19 em vários países, autoridades sanitárias passaram a última semana debruçadas sobre o tema.

Especialistas do município e do Estado divergiram em seus pareceres, segundo Paes. “Se é esse o comando do Estado (não era isso o que vinha me dizendo o governador), vamos acatar. Espero poder estar em Copacabana abraçando a todos na passagem de 22 para 23”, concluiu.


'Nós vamos seguir planejando o Carnaval', diz Eduardo Paes após cancelamento da festa de réveillon no Rio

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, afirmou que o município continuará com todo o planejamento para o carnaval 2022, em entrevista na manhã deste sábado. Horas antes, ele anunciara o cancelamento da festa de réveillon da Praia de Copacabana. O prefeito lembrou que ainda faltam três meses para a folia e avisou que só pretende suspender as festividades carnavalescas se o comitê científico der parecer contrário.

— Eu só vou tomar a decisão se o comitê científico disser que não pode ter. Ou se pode ter assim, não pode ter assado. Aqueles que vocalizam em nome da ciência precisam ter muita responsabilidade naquilo que dizem. Porque isso confunde e tem uma importância de coesão social neste momento. Não dá para ter decisões de autoridades conhecidas da saúde dizendo uma coisa e o outro diz outra, fica confuso. Meu apelo é esse. Sigo a ciência sempre — pontuou ele.

— Nós vamos seguir planejando o carnaval. Receio com a pandemia temos o dia inteiro, a pandemia está ai, ela não acabou. Mas, está muito cedo para tomar qualquer decisão. Por enquanto, escolas de samba, planejem seu carnaval, continuem se organizando! Se Deus quiser, vamos ter a festa.

O prefeito também lembrou que ainda há tempo para se tomar uma decisão sobre o carnaval e que muitas opiniões sobre algumas celebrações são embasadas no preconceito.

— Faltam três meses para o carnaval. Acho que há grupos fazendo ataques seletivos a determinadas celebrações por motivos de preconceito, na minha opinião. Tomara que não precise cancelar o carnaval. Não só pela importância dessa festa e dessa celebração para a cultura do nosso país, mas também pela importância econômica para a cidade do Rio e para todo o Brasil — destacou Eduardo Paes.

No entanto, alguns blocos de carnaval já se anteciparam e decidiram cancelar seus desfiles, depois da notícia do surgimento da variante Ômicron, do novo coronavírus, como foi o caso do Bloco da Preta.

No último mês, a Riotur, que organiza os cortejos dos blocos de carnaval pela cidade, recebeu pedidos de autorização de 506 blocos para 620 desfiles. Apesar do cancelamento do bloco da Preta Gil, a lista permanece igual. Isso porque a inscrição não é garantia de que ele de fato desfilará. A autorização só vem após a avaliação dos órgãos municipais e estaduais, como o Corpo de Bombeiros, a Polícia Civil e a Militar. A lista com os blocos autorizados deve sair este mês.