sábado, 18 de setembro de 2021

QUEM CUIDA DOS ARTISTAS PLÁSTICOS E ARTESÃOS DE MARICÁ?

 


Estamos chegando a 1 ano e meio de pandemia. Agora, com a vacinação finalmente em curso, aparece uma luz ao final do túnel dando crer que as atividades voltarão a acontecer, mas o tal novo normal ainda está muito longe de acontecer.

O jornalista Pery Salgado (editor do jornal Barão de Inohan por ter vários conhecidos no município que militam na cultura (ele mesmo é produtor cultural e vem sofrendo com a falta de possibilidades de eventos presenciais e até mesmo na circulação da versão impressa do jornal Barão de Inohan, do Informativo CulturarTEEN e do Informativo Bezerra), em especial artesãos e artistas plásticos, se sensibilizou com os graves problemas que esta classe - a maior dentro da cultura em qualquer município e Maricá não é diferente - vem passando. Alguns chegam a passar fome e precisaram e ainda precisam de doações de amigos.

Poucos receberam o aporte da lei Aldir Blanc, que veio para ajudar a classe cultural, mas sem que esta pudesse usar os recursos para sua sobrevivência direta - COMPRAR COMIDA. Nem todos (aliás poucos, bem poucos), tiveram acesso ao PAT - Programa de Amparo ao Trabalhador e ficaram literalmente sem recursos para sobreviverem.

Enquanto isso, músicos (principalmente esta classe), poetas, artistas de artes cênicas, puderam fazer lives em participações de eventos organizados pela prefeitura, onde conseguiram ganhar para seu sustento neste meses sombrios. Mas e o artesão e o artista plástico: como poderiam participar destes eventos? como poderiam fazer lives e apresentar seus produtos. NÃO FIZERAM, NÃO FORAM CONVIDADOS. FICARAM À MINGUA!

Consternado e preocupado com a situação como a briga para saber como ajudar essa enorme classe, que na maioria dos casos vive literalmente da arte que produzem. Que auxílios poderiam chegar a estes "fazedores de cultura"?

E, como citamos no início da matéria, em função da vacinação, eventos começam a pipocar presencialmente em todo o município, com feiras reunindo esta classe (que ótimo, finalmente), mas de um modo um tanto quanto BAGUNÇADO, uma vez que a secretaria de cultura faz algumas feiras e exposições, a secretaria de turismo tem a famosa FEIRARTE e agora, a secretaria de economia solidário em parceria com a secretaria de direitos humanos e mulher estão organizando nos quatro distritos, a FEIRA LIVRE SOLIDÁRIA, onde, artistas e artesãos podem se cadastrar mas não podem participar de outras feiras que não sejam aquelas em que estejam cadastrados.

QUEM CUIDA DOS ARTESÃOS E ARTISTAS PLÁSTICOS EM MARICÁ? 

Na opinião do jornalista, tudo deveria estar sob "as asas" da cultura, mesmo que eventos de outras secretarias aconteçam, mas tudo deveria ter a coordenação geral da cultura de Maricá, quem sabe, gerando um cadastro único e que até mesmo eventos particulares, tivessem apoio da cultura na divulgação e organização.

Preocupado com os problemas, foi até a direção do GAM - Grupo de Artista de Maricá, entidade do maior respeito e a mais representativa dos artistas de Maricá (com 27 anos de existência e levou a proposta do GAM solicitar reuniões com os secretários das pastas envolvidas para saber quem cuida realmente dos artesãos e artistas plásticos de Maricá. 

A presidente do GAM - a jornalista Alexsandra Lambraki, acolheu a demanda e cartas foram feitas às secretarias envolvidas e também ao presidente da casa de leis - Aldair de Linda, a vereador (e ex-secretária de cultura) Andréa Cunha e ao prefeito Fabiano Horta, solicitando reuniões e as devidas respostas.

Agora é aguardar pelas possíveis respostas, se é que elas virão!