segunda-feira, 6 de setembro de 2021

Prefeitura de Maricá emite nota e aciona INEA sobre fenômeno recorrente de mortandade de peixes nas lagoas

Município assumiu recentemente a gestão das águas da cidade, até então sob responsabilidade do INEA, órgão do estado 



No sábado (04/09) moradores de Ponta Negra identificaram uma grande quantidade de peixes mortos na Lagoa de Jacaroá e o tema tomou conta das redes sociais. Infelizmente, o fenômeno tem sido comum e acontecido de forma recorrente ao longo dos últimos anos - não só nas Lagoas de Maricá (que chegaram a registrar a mortandade de cerca de 3 toneladas de peixe em fevereiro de 2021), mas também em outros sistemas lagunares da região. E, para resolver este problema, a Prefeitura assumiu a gestão das águas das lagoas locais, até então a cargo do INEA, instituto do governo do estado do Rio.  

Com o objetivo de apurar as causas do episódio, a secretária de Cidade Sustentável e a secretaria de Agricultura Pecuária e Pesca, além de monitorar o local, e mobilizar equipes para realizar a limpeza e remoção dos peixes mortos, encaminhará ofício para o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), solicitando a presença de representantes do órgão para a realização de estudos com analise da água da região para que se avalie a causa do dano ambiental registrado.

A partir da clara compreensão de que este é um dos principais desafios da cidade, a administração também iniciou na última semana ações de revitalização das águas, que levarão a uma maior oxigenação do ecossistema e preservação da vida na lagoa. O programa Lagoa Viva lançado dia 26/08, tem como objetivo, entre outras ações, reequilibrar o ecossistema para garantir que eventos como este não voltem a acontecer.  

O programa Lagoa Viva, uma parceria com pesquisadores de alta graduação da Universidade Federal Fluminense (UFF) com a Prefeitura de Maricá, fez uma demonstração na lagoa de Itapeba, e terá início efetivo de suas ações no dia 27 de setembro de 2021 e, que é quando acontece o fenômeno da Maré de Sizigia, momento propício para o início do processo. Em breve, poderá oferecer a Maricá águas sadias, sem mau cheiro e translúcidas. 

Maricá vai agir sem descanso em busca dos melhores resultados para a população. 

Prefeitura de Maricá lança Programa “Lagoa Viva", em parceria com a UFF

O prefeito de Maricá, Fabiano Horta, lançou, na quinta-feira (26/08), o Programa “Lagoa Viva”, pioneiro na utilização de técnica de saneamento alternativo natural, sem química, e que resulta na renovação do ecossistema, eliminação do mau cheiro e limpidez da água.

A tecnologia, desenvolvida pela Universidade Federal Fluminense (UFF), a partir de know-how japonês, é à base de bioinsumos (microorganismos vivos), sem uso de produtos que agridam o meio ambiente ou as pessoas.

Para produzir os bioinsumos, a Companhia de Desenvolvimento de Maricá (CODEMAR), parceira da UFF no projeto, construiu uma Biofábrica, inaugurada também na quinta (26/08). 

A primeira lagoa a receber os bioinsumos foi a de Araçatiba, maior da cidade. Alunos da rede municipal de Maricá lançaram na água os microrganismos que farão a revitalização progressiva de todo o ecossistema local. A estimativa é de que em seis meses comecem a surgir os primeiros resultados da iniciativa.

"As lagoas têm uma representação simbólica importante para Maricá. Recuperar nosso sistema lagunar nos traz a mensagem de que somos todos, poder público e cidadãos, responsáveis por uma vivência harmônica com o meio ambiente. A cidade vai continuar investindo em pesquisa, desenvolvimento e no entendimento de que o nosso papel é fazer uma sociedade que respeite o ser humano e a natureza e trate a vida como valor essencial", afirmou o prefeito Fabiano Horta.