terça-feira, 21 de setembro de 2021

Aves trazem mais beleza para a lagoa de Araçatiba, mas urubus também são vistos na lagoa

 


Entre o vai e vem de carros, o som de buzinas e à sombra das casas, a lagoa de Araçatiba tem uma ampla biodiversidade para a qual poucos prestam atenção na correria do dia a dia. 

Todos os dias várias aves entre elas coruja buraqueira (Athene cunicularia), biguá (Nannopterum brasilianus), carcará (Caracara plancus), quero-quero (Vanellus chilensis) e garça-branca (Ardea alba) são vistos na lagoa e ressaltaram sua beleza.

De acordo com Helter Ferreira, secretário de Cidade Sustentável, a quantidade de aves  no local se dá pela reabertura do canal e a limpeza das outras lagoas do município. “A reabertura natural do canal da Barra de Maricá trouxe a renovação para o nosso sistema lagunar, atraindo mais vida para nossas lagoas e a disponibilidade de alimentos para a avifauna, que é o conjunto das aves de uma região ou ambiente”, disse.

O Biguá é uma ave muito comum no nosso litoral e pode-se  ver bandos deles voando pelos céus em sua clássica formação em V e, um excelente local para observá-los de perto atualmente, é a Lagoa de Araçatiba, que se tornou um de seus locais de alimentação onde pousam.

A Coruja-buraqueira é a coruja mais conhecida e abundante do Brasil. Pode ser encontrada em qualquer área aberta ou semi-aberta, é ativa tanto durante o dia quanto de noite. 


Já o Carcará é uma das aves de rapina que mais se adapta a diversos ambientes. Ocorre em quase todo o Brasil e pode ser avistado inclusive dentro de centros urbanos. 

A Garça-branca está presente da América do Norte ao estreito de Magalhães, em todo o Brasil, e também nos continentes europeu, africano, asiático e os quatro arquipélagos da Macaronésia. Seu habitat é em áreas alagadas como lagos, rios, banhados e açudes, já o Quero-Quero é geralmente encontrado em áreas de lagoas, lagos, rios e riachos ou em terras com pastagens baixas. Embora prefira viver em áreas descampadas, também habita áreas urbanas. 

Mas, a mortandade de peixes que aconteceu em Ponta Negra no início do mês, e os vários despejos de esgotos residências que margeiam as lagoas, estão trazendo a presença de outras aves, menos nobres, mas também essenciais à vida, pois apesar de feios e repugnantes para alguns, são os lixeiros naturais e fazem seu papel retirando da natureza vísceras e animais mortos que acabam chegando às lagoas maricaenses.