quarta-feira, 26 de maio de 2021

CRIANÇA COM SUSPEITA DE TUBERCULOSE E SEM O DEVIDO ATENDIMENTO PODE ESTAR CONTAMINANDO OUTRAS PESSOAS EM MARICÁ



O mundo tem sofrido com a pandemia da Covid-19 e o Brasil, em especial (pelos descasos e desmandos do governo federal principalmente) tem visto boa parte dos seus filhos morrerem e seus parentes chorarem por esta perda.

Mas outras doenças continuam trazendo problemas, quando não levam também a óbito e mesmo em locais como Maricá (onde a saúde deu um salto de qualidade positivamente) onde há recursos suficientes para que estes problemas sejam resolvidos ou bem encaminhados, vemos que o sistema de saúde ainda tem inúmeras deficiências e até mal atendimento, o que pode levar a resultados negativos e até a óbitos evitáveis.

O caso que vamos relatar a partir de agora parece cena de novela mexicana, mas está acontecendo agora, em Maricá, mais precisamente no bairro de Itaipuaçu, mas muitos outros já podem ter sido afetados pelo problema.

Um pai (Mauro L. da Silva) de uma linda menina de apenas 8 anos, moradores de Itaipuaçu junto com sua esposa, vem sofrendo com o problema respiratório da filha e já quase sem forças a quem recorrer, procuraram a redação do jornal Barão de Inohan e relataram a "Via Crucis" pela qual sua filha e o casal vem passando.

O problema começou no domingo dia 23 de maio quando a pequena menina começou a ter dificuldade de respirar, dores no corpo e cansaço, quadro típico de Covid. De imediato, o casal levou a criança para a emergência do hospital Getulinho onde recebeu o primeiro atendimento, fez exames de raio X que constatou uma mancha no pulmão, aonde os médicos pediram uma tomografia para confirmar as suspeitas, mas foram informados que teriam que transferir para outro local para fazer os exames. Os pais então levaram a criança para o hospital Conde Modesto, já que sabiam que lá havia como fazer a tomografia.

Lá no Conde Modesto Leal, foi feita a tomografia e o teste de SWAB. Com o hospital extremamente cheio de pessoas com suspeitas de Covid, a criança foi deixada em um corredor junto com pessoas com a suspeita da doença, até que enfermeiros de uma ambulância perguntaram o que a criança estava fazendo ali e ouvindo a resposta da mãe, a retiraram de imediato afirmando que a criança não poderia ficar ali por risco de contágio.

A criança (que segundo os pais foi muito mal atendida tanto por médicos como por enfermeiras - inclusive por uma que estava até sem uniforme e sem crachá) depois de um longo tempo de espera e com muita falta de ar, em posse do resultado da tomografia confirmando mancha no pulmão e o resultado de swab negativo, a criança foi atendida por um pediatra que ministrou remédios para Covid e pediu para "monitorar" os sintomas por 48 horas. Isso, sem contar que os dados da criança sumiram durante o atendimento no Conde.

Com o resultado da tomografia, os pais da criança levaram a um médico de confiança da família e este pediu um novo exame dizendo que a imagem da tomografia estava ruim e não esclarecia o possível problema da criança.

Um novo exame foi feito, agora numa clínica particular em Icaraí - Niterói e foi constatada SUSPEITA DE TUBERCULOSE, doença também viral e bastante contagiosa.

O pneumologista vendo os novos exames, confirmou a suspeita, e com o laudo confirmado, encaminhou à secretaria de saúde de Maricá.

A criança foi atendida no SAE (perto do Fórum de Maricá) e a pediatra disse que os exames não serviam de nada para ela, pedindo então novos exames, que foram marcados para terça feira 1º de junho, para que a criança e a mãe, de posse dos novos exames, sejam atendidas na quinta feira dia 3. Como a mãe da criança reclamou que sua filha estava com muita falta de ar, cansaço e dores, a "pediatra" receitou DIPIRONA.

Como o quadro da criança vem se agravando, o casal retornou a emergência do Getulinho em Niterói, na esperança de socorro para a criança mas os médicos alegam não poder medicá-la em função do diagnóstico de suspeita de tuberculose.

O problema, é que, confirmado o quadro, esta criança além de já ter contaminado seus pais, tem andado por Maricá e pode ter contaminado outras pessoas. E para o desespero dos pais, o atendimento seguindo protocolo está demorando absurdamente se tratando de algo grave e a criança em casa sofrendo com dores no peito e falta de ar, sem nenhum tipo de tratamento, nem previsão para iniciar qualquer possível tratamento.

O jornalista Pery Salgado passou o problema para a conselheira do CMS (Conselho Municipal de Saúde) - Anna Maria Quintanilha, que também é presidente do CCS Maricá (Conselho Comunitário de Segurança), que informou que levará o caso (ou descaso), para a reunião mensal do CMS que acontecerá no início da tarde da quinta feira dia 27. Nos foi informado também que o presidente do CMDCA (Conselho Municipal da Criança e Adolescente), Sr. Sérgio já está ciente do caso e tomará para si o problema.

Esperamos um final feliz e urgente para a solução da pequena criança de 8 anos.