quarta-feira, 1 de julho de 2015

MESMO COM TARIFA ZERO, USUÁRIOS COMEÇAM A RECLAMAR DOS SERVIÇOS DOS “VERMELHINHOS”

Ônibus sujos, sem ar condicionado e com baixas frequências são as maiores reclamações dos usuários

Ônibus sujos e quebrados, alguns fora de serviço, deixam população carente irritada
O namoro parece que está chegando ao final e a paciência também. Lançado em 18 de dezembro de 2014 (após mais de um ano de problemas e adiamentos), os ônibus da prefeitura com tarifa zero logo caíram no gosto da população mais carente, que mesmo andando com capacidade além da permitida, atraia passageiros ávidos pela possibilidade de nada pagar pelo serviço. É bom que se se diga que esse nada a pagar, na verdade é para entrar no ônibus, pois, considerando os gastos da EPT (Empresa Pública de Transporte, autarquia responsável pela circulação dos ônibus) com sua folha gigante e circulando com apenas 12 ônibus (um está inutilizado desde o carnaval após grave acidente), é com certeza a passagem urbana mais cara do Brasil, paga por todos os contribuintes municipais, mesmo aqueles que nunca andaram ou usufruíram dos serviços dos ônibus.

Normalmente cinco ônibus ficam sempre fora d serviço durante o dia.
Além disso, um outro ônibus que sofreu grave acidente no carnaval
também continua fora de serviço

Hoje com frota reduzida (normalmente apenas oito veículos circulam por dia, devido a problemas simples de manutenção), maior queira é justamente da frequência dos ônibus. Diversas reclamações chegam à nossa redação e a outras redações de jornais do município, relatando que o serviço é demorado e mal executado. 
D. Glória é um exemplo da revolta, ao relatar que na quinta feira 25 de junho das 17:45 às 19:20 h, nenhum ônibus entrou em Itaipuaçu, deixando vários usuários aguardando no terminal de Inoã. Afim de amenizar o problema, a Viação Nossa Senhora do Amparo (responsável pelas linhas muncipais do terceiro e quarto distrito), deslocou um ônibus para reforçar a frota da linha Inoã - Itaipuaçu, afim de atender os usuários revoltados.

Outra grande queixa é a respeito da sujeira dos ônibus. Externamente é visível que os ônibus sequer são lavados, mas o problema maior é quando entramos nos ônibus, mesmo naqueles que acabam de chegar da garagem improvisada atrás da Defesa Civil na RJ 106: nem varridos os veículos são e nenhum tipo de higiene e assepsia é feita nos veículos. Na segunda semana de junho, alguns leitores reclamaram até mesmo de fezes humanas no ônibus que fazia linha de Ponta Negra para o Centro via Manoel Ribeiro. Além disso, a maioria dos ônibus já não estão com o ar-condicionado funcionando e os que estão, devido a sujeira dentro dos veículos, acabam virando foco de várias doenças respiratórias.

Em nota no site da prefeitura no dia 23 de junho, esta informa que obteve nova vitória na justiça contra as empresas de ônibus, fato irreal o que leva os usuários a má informação. Na verdade a juíza da 1 Vara de maricá apreciou o pedido de antecipação de tutela, e a ação prosseguirá para produzir provas necessárias e ao final sim, decidir se a EPT pode ou não circular.