Desde o início do ano, pais de alunos da escola municipal Mata Atlântica vem denunciando o descaso com seus filhos estudando dentro de contêineres sem as devidas condições. Usados como medida paliativa por 120 dias e pagando o preço de R$ 68 mil por mês de aluguel, os contêineres já estão há seis meses no local e pelo que uma servidora da educação afirmou, deverá ficar até o final do ano, tempo suficiente para que as obras de construção das novas unidades fossem realizadas e com custo bem maiores do que uma obra definitiva de alvenaria.
Após essas denúncias, o Itaipuaçu Site através do jornalista Marcelo Bessa fez matéria replicada pelo Barão de Inohan que na edição deu sugestão de uma obra definitiva, rápida e barata.
A partir dessas denúncias, o CQC foi contatado e veio à Maricá gravar uma reportagem para o quadro PROTESTES JÁ, exibido na segunda feira 06 de julho na BAND.
Porém, o quadro não explorou o assunto e não fez as devidas cobranças ao prefeito e ao secretário de educação como normalmente faz em outros programas e outros locais.
Foi light demais e disse que voltaria no início do ano (2016) para ver o que precisaria ser refeito, ou o que teria sido feito.
O ativista Jean Carlo que acompanhou a reportagem nos mandou a seguinte nota:
CONTÊINERES DE MARICÁ, para quem quiser entender os fatos reais.
Os contêineres ou módulos educacionais como são novos, são realmente bonitos e bem legais, mas realmente não se comparam com uma escola de verdade, de alvenaria.
O fato é o depois... todos sabem que manutenção de tudo que a prefeitura possui de estrutura, é precário. Visitem os postos de saúde em Itaipuaçu... Hospital Conde Modesto Leal, etc....Visitem a escola Ataliba em Itaipuaçu que possui pessoas residindo lá juntamente com estudantes.
O triste que o CQC se limitou apenas nos contêineres. Eu denunciei diversas coisas, como o fato do terreno ser próprio da prefeitura e eles não construírem uma escola definitiva, de concreto! Não precisa pagar aluguel pra ninguém e muito menos alugar módulo educacional!
Eles mentiram para os pais dos alunos que os contêineres seriam provisórios por 120 dias enquanto construiriam uma escola de alvenaria.
Os 120 dias acabando e não colocaram nem um tijolo!
A empresa que ganhou a licitação dos contêineres é a mesma que está envolvida no escândalo que envolve a deputada Benedita da Silva!
Esse módulo educacional provisório vai até quando? 2016? 2018? 2020?
Sem falar que o terreno era particular, antes o dono alugou para a prefeitura mas durante o contrato de 12 meses o dono não quis mais renovar devido aos atrasos no pagamento do aluguel, então, o que a prefeitura fez? Considerou o terreno de utilidade pública e desapropriou o terreno com indenização pelo valor venal do IPTU. O caso ainda está com ação na justiça com o dono tentando reaver o seu terreno! (PROCESSO NO 0000532-56.2012.8.19.0031).
Mas o fato mais grave são as crianças especiais (deficientes) que continuam morando na casa de alvenaria que possui condições insalubres. Os contêineres não são adaptados para essas crianças e para piorar, a prefeitura não irá renovar o contrato com os professores que dão aulas para essas crianças.
Não é a toa que pais de alunos estão fazendo uma abaixo-assinado.
Essa casa de alvenaria fica nos fundos, no mesmo terreno aonde se encontram os contêineres.
Os contêineres são maneiros, só que naquela escola não há necessidade disso. Amanhã, vão enferrujar e irão precisar muito mais de manutenção do que uma escola de alvenaria. A exclusão das crianças especiais não interessa as outras mães que não quiseram assinar o abaixo-assinado das mães que tem filhos especiais estudando em local insalubre. Hoje essas mães que não se comovem com aflição das outras mães que tem seus filhos na mesma escola, poderão ficar na mesma situação quando a prefeitura deixar de fazer manutenção nos contêineres.
A verdade é, que muitas mães não denunciam pois são ameaçadas com perda da vaga na escola, perder Bolsa família, Bolsa Mumbuca e perder outros benefícios.
Esse papo de comentários do Brasil afora defendendo os contêineres referem-se ao exército vermelho digital patrocinado pelo governo que mobiliza nacionalmente seus filiados para defenderem o que não possuem conhecimento.
Não se enganem, a verdade está nas sombras da Pátria Educadora.
Confira o quadro proteste já acessando:
