Fogo começou na noite de segunda-feira e se alastrou especialmente na região de Itacoatiara
Mais de treze horas de trabalho,
equipes dos bombeiros, Instituto Estadual do Meio Ambiente (Inea),
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama), da Niterói Transportes e Trânsito (NitTrans), Guarda Municipal
e Polícia Militar, dois caminhões e um helicóptero. Esse foi o saldo da
operação que combateu um incêndio de grandes proporções que atingiu o
Parque Estadual da Serra da Tiririca, localizado entre os municípios de
Niterói e Maricá. O fogo começou na noite de segunda-feira e se alastrou
na manhã desta terça-feira (21), especialmente na região de
Itacoatiara. Segundo o Corpo de Bombeiros, o acidente foi causado por um
balão que caiu na reserva ambiental. Até o fim da noite desta
terça-feira, o tamanho da área devastada não foi divulgado.
De acordo com a corporação, cerca de vinte
bombeiros realizam o combate com equipes terrestres, que utilizam
material de sapa para controle das chamas (como abafadores, bombas
costais, e enxadas). Uma aeronave atuou em apoio ao trabalho de combate.
Os focos afetaram área de vegetação, sem risco de atingir residências.
Não houve alerta aos moradores dos arredores porque a área afetada é
distante da área residencial.
Mesmo assim, moradores do condomínio Ubá
Itacoatiara, que fica abaixo do parque, acordaram assustados na
madrugada, quando a fumaça chegou às residências.
“Foi desesperador. Senti o cheiro forte de
fumaça e fiquei muito aflita pensando que o incêndio podia estar
chegando na minha casa. Fechei todas as janelas. Ainda bem que o fogo
não chegou em casa nenhuma e não feriu ninguém, mas é um absurdo isso.
Essa prática de soltar balões é ilegal, entretanto, as pessoas continuam
insistindo em lançá-los, arriscando a vidas de pessoas e animais, além
de prejudicarem a vegetação. Acredito que a fiscalização contra essa
prática tem que aumentar”, disse a moradora Ana Albuquerque, de 44 anos.
Ventos fortes que precedem a chegada de uma
frente fria ajudaram a espalhar o fogo. Depois de um dia intenso de
trabalho, os focos foram finalmente controlados às 18h45.
Lei – Provocar incêndio em
florestas ou matas é crime ambiental e pode levar a dois a quatro anos
de prisão. Já a pena para quem fabricar, vender, transportar ou soltar
balões é de um a três anos, ou multa de R$ 1 mil a R$ 10 mil, ou ambas
as penas, conforme o caso.