terça-feira, 21 de julho de 2015

Balão causa incêndio na Serra da Tiririca

Fogo começou na noite de segunda-feira e se alastrou especialmente na região de Itacoatiara

Mais de treze horas de trabalho, equipes dos bombeiros, Instituto Estadual do Meio Ambiente (Inea), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), da Niterói Transportes e Trânsito (NitTrans), Guarda Municipal e Polícia Militar, dois caminhões e um helicóptero. Esse foi o saldo da operação que combateu um incêndio de grandes proporções que atingiu o Parque Estadual da Serra da Tiririca, localizado entre os municípios de Niterói e Maricá. O fogo começou na noite de segunda-feira e se alastrou na manhã desta terça-feira (21), especialmente na região de Itacoatiara. Segundo o Corpo de Bombeiros, o acidente foi causado por um balão que caiu na reserva ambiental. Até o fim da noite desta terça-feira, o tamanho da área devastada não foi divulgado. 
De acordo com a corporação, cerca de vinte bombeiros realizam o combate com equipes terrestres, que utilizam material de sapa para controle das chamas (como abafadores, bombas costais, e enxadas). Uma aeronave atuou em apoio ao trabalho de combate. Os focos afetaram área de vegetação, sem risco de atingir residências. Não houve alerta aos moradores dos arredores porque a área afetada é distante da área residencial.
Mesmo assim, moradores do condomínio Ubá Itacoatiara, que fica abaixo do parque, acordaram assustados na madrugada, quando a fumaça chegou às residências.
“Foi desesperador. Senti o cheiro forte de fumaça e fiquei muito aflita pensando que o incêndio podia estar chegando na minha casa. Fechei todas as janelas. Ainda bem que o fogo não chegou em casa nenhuma e não feriu ninguém, mas é um absurdo isso. Essa prática de soltar balões é ilegal, entretanto, as pessoas continuam insistindo em lançá-los, arriscando a vidas de pessoas e animais, além de prejudicarem a vegetação.  Acredito que a fiscalização contra essa prática tem que aumentar”, disse a moradora Ana Albuquerque, de 44 anos.
Ventos fortes que precedem a chegada de uma frente fria ajudaram a espalhar o fogo. Depois de um dia intenso de trabalho, os focos foram finalmente controlados às 18h45. 
Lei – Provocar incêndio em florestas ou matas é crime ambiental e pode levar a dois a quatro anos de prisão. Já a pena para quem fabricar, vender, transportar ou soltar balões é de um a três anos, ou multa de R$ 1 mil a R$ 10 mil, ou ambas as penas, conforme o caso.

 TEXTO E FOTO: O FLUMINENSE