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A que ponto chegou nossa imprensa?
Venderam espaços, a alma e a dignidade, mas isso faz parte do jogo, afinal, ninguém sabe o tamanho do fundo do bolso de cada um e quais são suas necessidades para suas sobrevivências nessa selva do dia a dia.
Mas o que acontece hoje com a nossa imprensa, é um fiel retrato da administração municipal.
Não achamos errado e muito pelo contrário, que os governos municipais, estaduais e federais publiquem informes publicitários para orientação da população ou para até mesmo uma prestação de contas do que está sendo feito. O povo precisa saber e é através da imprensa que isso acontece.
Mas o quadro em Maricá está cada vez mais triste.
Secretários de Comunicação acabam sendo figuras decorativas neste cenário hoje dominado por uma das maiores agências de publicidade do país (ao qual não temos vínculo nenhum), mas que infelizmente não trata bem, não respeita nossos profissionais de imprensa e deixa funcionários da secretaria de comunicação desmotivados para o trabalho.
A reclamação é grande. Observamos que até um grande profissional como o atual secretário - Fabiano Filho - que já esteve à frente da pasta de Assuntos Federativos no primeiro governo de Washington Siqueira e cumpriu bem sua missão, hoje é uma figura ENGESSADA na área da imprensa, ficando a mercê das vontades da agência querida do prefeito, que diz claramente para quem quiser ouvir, que Maricá precisa ser vista pela grande mídia.
Mas e a pequena mídia? A mídia local? Onde fica?
Infelizmente o povo de Maricá não é dada ao costume da leitura, até porque, bons veículos como O Globo, O Estadão, A Folha, são veículos não tão baratos para o dia a dia. Até mesmo veículos menores como O DIA, O FLUMINENSE, EXTRA, SÃO GONÇALO não são lidos com frequencia, dando lugar aos Expressos da Notícia e Meia Hora que além de serem mais baratos, tem sempre muita tragédia, linguajar chulo e algumas vezes, alguma bunda de fora. Tragédia e bunda de fora vendem neste país.
A foto acima retrata bem o que está acontecendo em Maricá.
Segundo o próprio Artur Marques (84), decano da imprensa de Maricá, que atua aqui há mais de 40 anos sendo uma referência e responsável pela Central de Jornalismo, nunca foi visto isso: a estante da entrada da Central, apenas com um jornal (no caso da foto, o CulturarTEEN de dezembro), pois os demais já não circulam com frequência, pois não recebem da prefeitura desde dezembro do ano passado.
O CulturarTEEN, Barão de Inohan e Jornal da Região (que circula em toda região dos lagos), são os únicos vistos agora nesta prateleira.
Onde estão os demais? Onde está o respeito?
E aonde estão os profissionais e seus veículos que aceitaram fazer parte deste jogo?
Gostaríamos de algumas palavras da FSB e desde já, colocamos o espaço que for necessário para seus esclarecimentos, para que diga por que não trata como deveria a imprensa local (impressa ou on line). Para que diga por que os profissionais da comunicação da prefeitura estão tão desmotivados. Para que diga por que secretários e outros funcionários de vários escalões reclamam tanto da falta de notícias e informações sobre Maricá, para os maricaenses.
Por que não são feitas pautas para cobrir os tantos eventos sociais, esportivos e culturais que acontecem em Maricá. Temos a resposta vinda de lá de dentro: ISSO NÃO DÁ IBOPE, NÃO É VISTO FORA DAQUI. E daí? Não queremos ser vistos só na avenida, ou nos programas sensacionalistas onde normalmente aparecem tragédias e desmandos.
Queremos que a população saiba sobre o Luau do Barracuda em comemoração ao aniversário de Jô Borges. Queremos que o povo saiba dos concurso de misses. Queremos que a população fique sabendo do Pedala Maricá que aconteceu no domingo pós feriado de Zumbi e que reuniu várias familias. Queremos que o povo curta o Festival Nacional de Voz e Violão.
Queremos ouvir a FSB!
Salvem a nossa imprensa! Salvem a nossa comunicação!
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Em tempo: O Barão de Inohan e o CulturarTEEN não recebem NADA da prefeitura, por isso continuam sobrevivendo!
