O senador Aécio Neves (PSBD) convocou uma manifestação contra a presidente Dilma Rousseff e o PT para as 15h deste sábado (6), no vão do Masp, na Avenida Paulista, em São Paulo.
Em seu perfil no Facebook, o político derrotado em outubro à Presidência da República, disse que já se sabia que o escândalo da Petrobras era o maior da história do país, mas que “agora a coisa não para de crescer” e que a corrupção envolve outras áreas.
“Mais do que nunca nós temos que estar mobilizados”, afirmou o senador. “Essa é a arma que nós temos: a nossa mobilização e a nossa capacidade de nos indignarmos com tudo que aconteceu e tudo que vem acontecendo no Brasil”.
Na quinta-feira (4), o senador mineiro já havia atacado o governo na rede social por causa do segundo aumento consecutivo da taxa básica de juros, a Selic, dizendo que o governo federal contradisse promessas de Dilma na campanha eleitoral. Ele também criticou a aprovação da flexibilização do Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que permitirá o ajuste da meta do superávit em 2014.
“O PT continua zombando da inteligência dos brasileiros, tentando esconder da opinião pública a gravidade dos atos que patrocina no Congresso, e ainda tem a coragem de chamar de golpistas os brasileiros que defendem o cumprimento das leis”, escreveu Aécio.
PT protocola interpelação criminal contra Aécio
Senador mineiro disse que perdeu a eleição para uma "organização criminosa"
O presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Rui Falcão, protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF) uma petição de interpelação criminal contra o senador Aécio Neves (PSDB).
Candidato derrotado nas eleições presidenciais deste ano, Neves disse em entrevista no último sábado (29), a um canal de ter TV por assinatura, que perdeu a eleição presidencial para uma “organização criminosa".
"Na verdade, eu não perdi a eleição para um partido político. Eu perdi a eleição para uma organização criminosa que se instalou no seio de algumas empresas brasileiras patrocinadas por esse grupo político que aí está", acusou o senador.
Na interpelação apresentada hoje (3), o PT pede que seja confirmada a declaração do tucano, e o esclarecimento sobre a qual partido se referiu. O PT entende que a confirmação ofenderia "todo o sistema representativo e a própria democracia", não apenas o partido. A petição será avaliada pelo ministro Gilmar Mendes.
"Todos sabem da verdadeira história do Partido dos Trabalhadores, da verdadeira história da agremiação de pessoas, cidadãos e cidadãs que se uniram para alcançar enormes avanços sociais e aprimorar mecanismos de combate à corrupção", diz o documento.
O pedido sustenta que “a lei que define organização criminosa e cria mecanismos para o seu combate foi resultado do esforço comum dos partidos políticos PT, PSDB e demais partidos políticos, o que evidencia a importância das agremiações políticas, que não podem ser acusadas e ofendidas de forma gratuita”.
De acordo com o pedido, confirmada a declaração, estaria confirmado o crime de difamação e que a declaração não é compatível com a conduta de um senador no exercício da atividade parlamentar, "mas, sim, de um irado perdedor".