Na quarta-feira (13/11), o candidato a prefeito de Maricá pelo PL (Partido Liberal), Fabinho Sapo, tornou-se um dos alvos da operação "Escambo", uma ação conjunta entre o MPRJ - Ministério Público do Rio de Janeiro e a Polícia Civil através do GAECO - Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado. A operação investiga um esquema de desvio de recursos públicos através de programas financiados pela moeda social Mumbuca, utilizada na cidade para estimular o comércio local e apoiar famílias de baixa renda. Na casa de Fabinho, os agentes cumpriram um mandado de busca e apreensão encontrando munições e um carregador.
OPERAÇÃO ESCAMBO
A operação Escambo, conduzida pelo GAECO - Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado, visa comerciantes de Maricá e outras pessoas físicas supostamente envolvidas no esquema. O grupo é investigado por crimes de organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro. As autoridades acreditam que o esquema pode ter causado um prejuízo superior a R$ 64 milhões aos cofres públicos.
De acordo com as investigações, o esquema teria operado através do Banco Mumbuca, com a criação de contas bancárias fraudulentas, algumas vezes em nome de beneficiários que desconheciam a existência das contas. Os fraudadores teriam estabelecido uma rede de contatos com comerciantes locais, oferecendo 10% do valor creditado nas contas fraudulentas para que os mesmos realizassem a conversão da moeda Mumbuca para reais. Em seguida, o dinheiro seria transferido para contas dos membros do grupo criminoso.
BARÃO DE INOHAN DENUNCIOU O PROBLEMA
O jornal Barão de Inohan fez matéria denunciando o problema em 05 de setembro. Com o título "AGIOTAGEM CAMUFLADA EM ADIANTAMENTO SOCIAL. BENEFICIÁRIOS PODEM SER EXCLUÍDOS", a matéria denunciava o problema, mostrava diversos responsáveis pelos adiantamentos sociais e alertava que os beneficiários que trocavam suas Mumbucas por Reais, poderiam ter os benefícios suspensos (https://obaraoj.blogspot.com/2024/09/agiotagem-camuflada-em-adiantamento.html).
VEREADOR RICARDO NETUNO DEU INÍCIO A INVESTIGAÇÃO
Há cerca de um ano, o vereador Ricardo Gutierrez (Ricardinho Netuno) também do PL e que seria o candidato a prefeito de Maricá pelo partido, vem denunciando o problema, enviando informações para o MPRJ, o que motivou as investigações tanto do MP quando do GAECO.
Segundo informações, a lista de envolvidos é grande e pode chegar a 40 (quarenta nomes), com várias figuras bastante conhecidas da sociedade maricaense envolvidas no esquema.
Ricardinho só não imaginava que ao denunciar o problema, e mirando em algumas figuras, acabaria acertando justamente em um colega de partido, que acabaria ocupando o lugar de Netuno na disputa pela prefeitura.
"Há mais de um ano venho denunciando as irregularidades dentro do Banco Mumbuca. Agora, a verdade começa a aparecer e é possível que vejamos agentes públicos sendo responsabilizados. Não vamos 'passar pano' para ninguém! Estamos atentos e vamos continuar fiscalizando cada centavo dos recursos do município" afirmou o vereador Netuno em rede social.
ESQUEMA ALTAMENTE PROFISSIONAL
As investigações apontam que a organização criminosa se dividia em três grupos principais: os prospectores, que buscavam comerciantes dispostos a participar do esquema; os próprios comerciantes, que retinham parte dos valores ao converter a moeda Mumbuca em reais; e as pessoas indicadas para receber os valores já convertidos em reais, repassados pelos comerciantes.
A operação Escambo, autorizada pela 3ª Vara Especializada em Organização Criminosa, cumpriu mandados em diversas cidades, incluindo São Gonçalo, Niterói, Maricá e Tanguá.
Há mais de um ano venho denunciando as irregularidades dentro do Banco Mumbuca. Agora, a verdade começa a aparecer e é possível que vejamos agentes públicos sendo responsabilizados. Não vamos "passar pano" para ninguém! Estamos atentos e vamos continuar fiscalizando cada centavo dos recursos do município.
DEPUTADO FEDERAL E PREFEITO ELEITO WASHINGTON SIQUEIRA (o Quaquá) AFIRMOU EM REDE SOCIAL: "Sapo virando rato? Não toleraremos!"
Assim que teve conhecimento da operação ESCAMBO em Maricá, o prefeito eleito Washington Siqueira que disputou com Fabinho Sapo a vaga de prefeito na cidade disse em rede social:
"Como prefeito eleito, vou fazer tudo ao meu alcance para pegarmos esses CRIMINOSOS que estão roubando dinheiro de quem realmente precisa! Vou inclusive acabar com o PPT e realizar o recadastramento em TODOS nossos programas sociais. Nosso mandato começa já com o objetivo de devolver ao povo o que é dele" informou Quaquá.
ADVOGADA CANDIDATA A VEREADORA PELO PL TAMBÉM SE MANIFESTOU EM REDE SOCIAL
A advogada Ingrid Menendes, candidata a vereadora pelo mesmo PL de Fabinho Sapo, e que entrou na justiça pedindo sua impugnação desabafou em rede social:
"Ficha corrida extensa. Basta qualquer um entrar no processo de registro de candidatura. Fora as ocorrências policiais que não foram judicializadas. Mais sujo do que pau de galinheiro", disse a advogada.
"Receptação, Violência contra mulher... Não adianta agora ninguém dar uma de santo dizendo que não sabia, Pq levei ao conhecimento de todos os dirigentes do partido a nível estadual e municipal Antes de escolherem o nome dele, Antes da renuncia de Netuno. TODOS SABIAM. Quem apoiou... tirou foto e defendeu fez sabendo!!! Desse mal não morro", concluiu a advogada.
Os próximos capítulos serão emocionantes!!!
