terça-feira, 3 de outubro de 2023

IMPRENSA MARICAENSE DE LUTO: MORRE LENNY DO PORTAL LAGOS


Faleceu na tarde da segunda feira 02/10, depois de longo período de luta contra a Esclerose Lateral Amiotrófica (veja mais sobre a doença, ao final desta matéria) e depois na luta contra 
o câncer no colo do útero, a jornalista e uma das fundadoras do jornal PORTAL LAGOS, LENNY GUIMARÃES.

Em nota, sua irmã, a também jornalista Sheila Guimarães emitiu nota de pesar que comoveu leitores, amigos e colegas de profissão:

"É com muito pesar que informamos o falecimento de Lenny Guimarães, diretora comercial e fundadora do Jornal Portal Lagos, em Maricá. Minha amada irmã, amiga, sócia, parceira e guerreira nos deixou nesta segunda-feira, dia 02 de outubro. Além de comunicar a partida, venho aqui agradecer à todos os amigos e parceiros do Jornal que nos acolheram e estiveram por perto durante a nossa jornada, passando de loja em loja para entregar os jornais, bater aquele papinho camarada, sempre recebendo um sorriso carinhoso.

Durante anos, ela se dedicou ao fortalecimento do Jornal Portal Lagos e manteve sua coluna ‘Eu Amo Bicho’ para os leitores e amantes dos animais de estimação, que tinha participação de vários municípios ao redor, como Saquarema, Araruama, São Pedro da Aldeia.

Quero agradecer especialmente à cidade que nos abraçou, nos acolheu há sete anos, quando saímos do Rio de Janeiro e escolhemos a cidade de Maricá para começar nosso jornal e começamos uma linda história nessa cidade. Lenny, além de distribuir o jornal em várias regiões, sempre acompanhava de perto sua equipe de distribuição e panfletava  de mão em mão em Maricá, cativando moradores e comerciantes com sua simpatia.

O velório será realizado no Cemitério do Caju na Capela 06, no Rio de Janeiro, nesta terça-feira, dia 03 de outubro, das 12h40 as 16h40, quando o corpo seguirá para cremação."


NOTA DA AIM - ASSOCIAÇÃO DE IMPRENSA DE MARICÁ

"É com grande pesar que lamentamos o prematuro falecimento da jornalista Lenny Guimarães, fundadora do jornal PORTAL LAGOS, que há 7 anos vem desempenhando de modo digno o melhor o jornalismo no município de Maricá e cidades vizinhas, trazendo informações relevantes do dia a dia da cidade e da região.

Lenny, sempre comedida e atuando mais nos bastidores do Portal Lagos, tinha seu sorriso impar e simpatia que cativava amigos e parceiros destes anos de jornada.

À sua irmã Sheila e familiares, deixamos aqui, consternados e já saudosos, o abraça fraterno tendo a certeza que ela nos deixa, mas o Céu estará mais bem informado a partir desta data.

José Pery Salgado - diretor de comunicação da AIM
Paulo Celestino - presidente da AIM"

NOTA DA PR PRODUÇÕES

Nós do Barão de Inohan e do Informativo CULTURARTE lamentamos a passagem prematura de Lenny para um novo ciclo de sua existência, porém, tendo a certeza que seu corpo físico já cansado de tão grande sofrimento, terá o descanso merecido e seu espírito (eterno), iluminará sempre nossas vidas.

O QUE É A ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA (ELA)

A esclerose lateral amiotrófica (ELA), cuja causa específica ainda é desconhecida, caracteriza-se pela degeneração progressiva de neurônios motores localizados no cérebro e na medula espinhal.

A esclerose lateral amiotrófica (ELA) é provocada pela degeneração progressiva no primeiro neurônio motor superior no cérebro e no segundo neurônio motor inferior na medula espinhal. Esses neurônios são células nervosas especializadas que, ao perderem a capacidade de transmitir os impulsos nervosos, dão origem à doença.

Não se conhece a causa específica para a esclerose lateral amiotrófica. Parece que a utilização excessiva da musculatura favorece o mecanismo de degeneração da via motora, por isso os atletas representam a população de maior risco.

Outra causa provável é que dieta rica em glutamato seja responsável pelo aparecimento da doença em pessoas predispostas. Isso aconteceu com os chamorros, habitantes da ilha de Guan no Pacífico, onde o número de casos é cem vezes maior do que no resto do mundo. Estudos recentes em ratos indicam que a ausência de uma proteína chamada parvalbumina pode estar relacionada com a falência celular característica da ELA, uma doença relativamente rara (são registrados um ou dois casos em cada cem mil pessoas por ano, no mundo), que acomete mais os homens do que as mulheres, a partir dos 45/50 anos.

Apesar das limitações progressivas impostas pela evolução da doença, o paciente costuma ser uma pessoa dócil, amorosa, alegre, que preserva a capacidade intelectual e cognitiva e raramente fica deprimida.

Sintomas

O principal sintoma é a fraqueza muscular, acompanhada de endurecimento dos músculos (esclerose), inicialmente num dos lados do corpo (lateral) e atrofia muscular (amiotrófica), mas existem outros: câimbras, tremor muscular, reflexos vivos, espasmos e perda da sensibilidade.

Diagnóstico

A doença é de difícil diagnóstico. Em grande parte dos casos, o paciente passa por quatro, cinco médicos num ano, antes de fechar o diagnóstico e iniciar o tratamento.

Tratamento

O tratamento é multidisciplinar sob a supervisão de um médico e requer acompanhamento de fonoaudiólogos, fisioterapeutas e nutricionistas.

A pesquisa com os chamorros serviu de base para o desenvolvimento de uma droga que inibe a ação tóxica do glutamato, mas não impede a evolução da doença. Os experimentos em curso com animais apontam a terapia gênica como forma não só de retardar a evolução, como possibilidade de reverter o quadro.

Recomendações

O diagnóstico e o início precoce do tratamento são dois requisitos fundamentais para retardar a evolução da doença. Não subestime os sintomas, procure assistência médica;

- Embora a ELA seja uma doença degenerativa irreversível, não há como fazer prognósticos. Em alguns casos, a pessoa vive muitos anos e bem;

- A relação do paciente com a equipe médica e familiares é sempre muito rica. Ele está sempre animado e procurando alternativas para enfrentar as dificuldades do dia a dia;

- Pelo menos aparentemente, o portador da doença costuma sofrer menos do que o cuidador, que precisa aprender a maneira correta de tratar do doente, sem demonstrar que teme por sua morte iminente.