O assassinato de Shani Louk foi informado por sua família nas redes sociais e confirmado pelo governo israelense na segunda-feira, 30/10
O presidente de Israel, Isaac Herzog, afirmou na segunda-feira, 30, que a DJ e tatuadora alemã Shani Louk (foto) foi decapitada pelos terroristas do Hamas. O assassinato dela havia sido informado pela família nas redes sociais e confirmado pelo governo israelense na segunda-feira, 30.
“O crânio dela foi encontrado. Isto significa que esses animais bárbaros e sádicos simplesmente lhe cortaram a cabeça enquanto atacavam, torturavam e matavam israelenses”, disse o presidente israelense em entrevista ao jornal alemão Bild.
“O que vimos na fronteira Gaza-Israel vai muito além de um massacre. Vimos um matadouro”, acrescentou. “Vimos o sangue escorrendo pelas ruas. Vimos as tragédias mais horríveis que se possa imaginar.”
Segundo o jornal alemão, pelo menos 40 corpos ainda precisam ser identificados pelas autoridades israelenses.
O caso de Shani se tornou mais conhecido entre as dezenas de vítimas do Hamas por seu corpo aparecer seminu na traseira de uma caminhonete (foto acima) em que os terroristas desfilaram por Gaza. Sua mãe chegou a anunciar que ela estava viva após as imagens espantarem o mundo, baseando-se em informações dadas pelos terroristas, embora na imagem, Shani parece ter sido alvejada na cabeça.
Quem era Shani
Shani trabalhava como DJ e tatuadora. Seu trabalho tinha como foco desenhos tribais e de animais mandalas e figuras mitológicas.
Ela tinha cidadania israelense e alemã, mas não chegou a morar na Alemanha.
Segundo o Der Spiegel, a mãe de Shani, Ricarda Louk, era católica, mas se converteu ao judaísmo e se mudou da Alemanha para israel. O pai dela é um judeu israelense.
A família mora a 80 quilômetros da Faixa de Gaza.
Mãe reconheceu filha em imagens
Ricarda Louk disse, em entrevista à "CNN", que começou a ligar para a filha assim que leu as primeiras notícias sobre o ataque.
"Ela disse que estava em um festival no sul e estava entrando em pânico. Falou que iria pegar um carro para um lugar seguro e não ouvi mais nada dela"
Depois, a família recebeu o vídeo em que Shani aparece na caminhonete. A mãe reconheceu a filha pelas tatuagens.
Inicialmente, a família acreditava que a jovem estava viva, mas ferida e internada em um hospital na Faixa de Gaza.
Segundo Ricarda, houve várias tentativas de uso do cartão de crédito da jovem após o sequestro.
De acordo com o "The Sun", membros do Hamas usaram o celular do namorado de Shani, Orión Hernández, para enviar ameaças em árabe. Orión também estava na festa e foi sequestrado junto com a jovem.
As mensagens enviadas ao pai de Orión diziam frases como "Maldito seja você" e "Liberte a Palestina".
Em um vídeo divulgado nas redes sociais, Shani aparece sendo levada na caçamba de uma caminhonete do Hamas. Segundo a organização de resgate Zaka, pelo menos 260 corpos foram encontradas no local da festa.
À agência de notícias Reuters, um familiar disse ter sido informado que uma parte de corpo que foi encontrado tinha o DNA da jovem.