Uma delegação do Ministério da Educação de Cuba participou na quarta-feira (07/06) de um intercâmbio com a Prefeitura de Maricá, por meio das secretarias de Educação e de Economia Solidária e também do Instituto de Ciência, Tecnologia e Inovação (ICTIM). O encontro ocorreu em uma das mais elegantes e refinadas casa de festas de Maricá, a Cristal Lounge e contou ainda com a presença de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Na pauta, estava a parceria desses órgãos no programa ‘Sim, Eu Posso’, voltado para a erradicação do analfabetismo na cidade.
Na comitiva cubana estavam duas investigadoras do Instituto Central de Ciências Pedagógicas do país, Juana Nora Isaac Diaz e Liliam Moureu Montes. Todos debateram a campanha massiva de alfabetização realizada desde 1961 na construção hegemônica social, política, econômica e cultural do processo revolucionário cubano, bem como do fortalecimento da solidariedade internacional entre os povos da América Latina, através das jornadas de alfabetização ‘Yo, Sí Puedo!’.
“Fizemos um balanço com técnicos dos vários órgãos envolvidos nesse trabalho que visa a erradicação do analfabetismo na cidade. Hoje temos mais de 1.500 educandos onde apontamos situação real de analfabetismo. Nossas equipes estão nos quatro distritos e estamos conseguindo chegar às pessoas”, lembrou o secretário de Economia Solidária, Adalton Mendonça.
Na terça-feira (06/06), já havia ocorrido uma reunião fechada no ICTIM com a participação do presidente Carlos Senna, das representantes cubanas e do próprio Adalton Mendonça.
Como funciona o projeto?
A Jornada de Alfabetização “Sim, Eu Posso!” foi lançada em janeiro em Maricá e tem o objetivo de erradicar o analfabetismo por meio da busca ativa de pessoas que ainda não saibam ler ou escrever na cidade. O projeto utiliza o método de alfabetização criado pelo Instituto de Pesquisa Latino-americano e Caribenho (IPLAC) que contempla, para seu eficiente desenvolvimento, as condições de vida das pessoas para alcançar o objetivo, que é erradicar o analfabetismo. Reconhecido internacionalmente, o método já alfabetizou quase 11 milhões de pessoas em mais de 30 países. No Brasil, mais de 100 mil pessoas têm sido alfabetizadas com este método, de acordo com acompanhamento do MST.