O CONEN Maricá, com apenas dois meses de existência. vem atraindo atenção e carinho de todas as autarquias, secretarias e organizações do município, devido a sua integração e interação com todos, na busca de benefícios e na luta a favor das minorias e das comunidades negras de Maricá.
Depois de participar de diversas atividades comemorativas dos 209 anos de Maricá na sexta feira 26 de maio, culminando com a presença na sessão solene da Câmara de Maricá, onde o presidente da União de Maricá - Tadeu Freitas (que completou oito anos de existência https://obaraoj.blogspot.com/2023/05/marica-209-anos-oito-anos-de-muita-uniao.html) recebeu o certificado de Honra ao Mérito pelos relevantes serviços à frente a agremiação, dado pelo vereador Hadesh, onde Denise Oliveira (que já foi a primeira dama da escola até o prematuro falecimento do seu companheiro Mauro Alemão, presidente fundador da escola) Diretora do Departamento Feminino é sempre presença ativa e muito marcante, realizou no domingo 28, na sede provisória do CONEN Maricá em São José do Imbassaí, a reunião do mês de maio, da entidade.
Denise abriu a reunião convidando a diretoria para compor a mesa diretora e informou que está procurando participar de todos os eventos e encontros das comunidades negra em Maricá, para poder trazer conhecimentos, solicitar demandas e principalmente agregar novos grupos e entidades à causa das minorias e da comunidade negra no município.
Porém, na reunião foi informado que a direção do CONEN procurou o conselho de Entidades Negras de Maricá, onde foi marcado um horário para o encontro que não aconteceu, mas que informou que estaria presente à reunião do CONEN, fato que também não ocorreu.
Também foi informado que não conseguiram falar com ninguém da secretaria de educação para discutir a aplicação efetiva da lei federal 10.639 na grade curricular das escolas do município, e que farão ofício solicitando encontro formal.
Em contato com a secretaria de saúde, foram informados que não existe ainda nenhuma política pública voltada diretamente à população negra, mas que estudos já estão sendo feitos, lembrando que à nível federal, já existe o programa de saúde voltado à população negra.
Juca Ribeiro, informou que o CONEN Maricá será o berço do curso de Letramento Racial que acontecerá no segundo semestre, trazendo a participação da professora da UFRJ Cristiane Lourenço e do professor Marcelo da PUC-RJ dentre outros, que será ministrado em quatro módulos:
- Educação e relações Raciais
- Políticas Sociais e Economia
- Sistema Nacional de Igualdade Racial
O curso onde Maricá será o piloto, posteriormente será levado para Niterói, Rio de Janeiro, Campos e Baixada Fluminense.
Denise informou também que o CONEN Maricá já se movimenta para o "Encontro dos Terreiros" que terá como eventos o "Som do Axé", concurso de atabaques e reunião das casas de axé no município para a facilitação da legalização das mesmas.
O jornalista Pery Salgado, em consulta à historiadora Renata Gama, presidente do IHGAM - Instituto Histórico, Geográfico e Ambiental de Maricá, informou e sugeriu aos presentes que o CONEN Maricá, passe a realizar a Roda de Capoeira em 15 de maio em frente à igreja de Nossa Senhora do Amparo. Em 1888, na mesma data (dois dias após a libertação dos escravos pela Lei Aurea), aconteceu uma roda de capoeira em frente a igreja matriz, após missa celebrando a libertação dos escravos em Maricá, um dos maiores celeiros de escravos da então província do Rio de Janeiro, capital do Império. A roda só aconteceu em 1888 pois, após a proclamação da república, a capoeira foi proibida no Brasil e seria um grande momento de relembrar e perpetuar a festividade.
Ainda na reunião, o CONEN Maricá, abraçou a 15ª Campanha do Agasalho da PR Produções, sendo um dos pontos de recolhimento de doações no município.
MAIS PARTICIPAÇÕES
A presidente do CONEN Maricá - Denise Oliveira, começou a última semana de maio, participando na manhã da segunda feira (28/5) de uma reunião do ICTIM (Instituto de Ciência, Tecnologia e Inovação de Maricá) sobre atividades em benefício da população negra.
Suely que é presidente da Comissão de Igualdade Racial (CIR) da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) da Barra da Tijuca (RJ) compartilhou sua experiência sobre defesa contra o racismo, um crime que deve ser combatido de forma contínua por toda a sociedade. De acordo com a Constituição Federal, o racismo é considerado um crime inafiançável e imprescritível. Denise recebeu um certificado de participação do Núcleo de Orientação Jurídica (NOJUR) da OAB-RJ.