sábado, 16 de agosto de 2014

MARINA ACEITA SER CANDIDATA A PRESIDENTE

Com Marina, programa de TV do PSB terá homenagem a Campos e vítimas do acidente


Por enquanto, plano é colocar ex-senadora no horário eleitoral sem confirmação de que ela será a candidata do partido


Preocupados em resolver o conteúdo do primeiro programa eleitoral, a ser exibido na próxima terça-feira (19), a alternativa encontrada pela campanha socialista, após a morte de Eduardo Campos, foi prestar uma homenagem ao ex-governador pernambucano e aos quatro assessores da campanha que morreram com ele no acidente aéreo ocorrido na última quarta-feira (13), em Santos, no litoral paulista.
Parte do material que já havia sido gravado para a estreia do horário eleitoral será editada, para aproveitar o diálogo entre ele e a agora provável candidata ao Palácio do Planalto Marina Silva. Nas imagens, Marina apresenta o socialista ao eleitorado e vice-versa. O programa do PSB terá diariamente dois minutos e três segundos .
Marina poderá ter que gravar, no final de semana, uma rápida fala sobre os dias de campanha ao lado de Campos e sobre a tragédia que interrompeu a corrida da dupla pela Presidência da República.
O novo formato do programa eleitoral foi definido na sexta-feira (15), após a cúpula do partido se reunir para dar início às negociações para a recomposição da chapa. Na ocasião, Marina também autorizou uma consulta formal a instâncias regionais sobre sua candidatura.
A área de marketing estava apreensiva com a indefinição sobre a chapa, aliada ao prazo apertado para o início do horário eleitoral. Até o fim da tarde da quinta-feira (14), o marqueteiro da campanha, Diego Brandy, aguardava ansiosamente uma resposta do comando partidário. “Estou de mãos atadas”, disse Brandy ao iG, na ocasião. Internamente, algumas alas do partido chegaram a sugerir que ela gravasse o programa como candidata e o deixasse na gaveta, para o caso de a decisão ser formalizada antes da estreia na TV.
Mas, de acordo com interlocutores do partido, a homenagem às vítimas na TV foi a solução encontrada para preencher o horário eleitoral, independentemente de uma definição formal sobre a montagem da nova chapa presidencial. Os dirigentes do PSB têm evitado falar publicamente sobre as perspectivas políticas e alegam que só após o enterro dos corpos os rumos políticos serão discutidos.
Com o primeiro programa já definido, o partido ganhou tempo para fazer o anúncio após o enterro das vítimas e antes do segundo programa, que vai ao ar na quinta-feira (21), que poderá trazer Marina já como candidata a presidente.
definição política sobre a nova configuração só começou a ganhar corpo na tarde de sexta-feira com as consultas aos diretórios regionais do PSB sobre a aceitação do nome de Marina como cabeça de chapa e sobre o nome do partido que deverá assumir como vice.