terça-feira, 12 de novembro de 2024

Campanha de Vacinação Antirrábica Animal nos dias 23 e 30 de novembro em Maricá

Vacinação começa nos distritos Centro e Ponta Negra no dia 23, seguindo para Inoã e Itaipuaçu no dia 30, com a imunização de cães e gatos saudáveis a partir de três meses


A Secretaria de Saúde, promove nos dias 23 e 30/11 a Campanha de Vacinação Antirrábica Animal de 2024, onde serão imunizados cães e gatos saudáveis que não apresentem estado gestacional, com idade a partir de três meses. A mobilização acontecerá em dois sábados, possibilitando que mais pessoas levem os pets para receber a vacina que oferece proteção à raiva, doença fatal que afeta o sistema nervoso dos animais e que pode ser transmitida para todos os mamíferos, incluindo os humanos.

No primeiro sábado da campanha (23), serão 33 polos de vacinação distribuídos nos distritos Centro e Ponta Negra, que funcionarão das 9 às 17 horas. Na semana seguinte (30), a imunização contra a raiva ocorre em 17 locais dos distritos de Inoã e Itaipuaçu, também das 9 às 17 horas. É importante lembrar que apenas pessoas maiores de 18 anos poderão levar os animais até os polos e nenhum servidor público poderá conter os cães ou gatos.

No dia da vacinação antirrábica é obrigatório que os cães estejam com focinheira e também é recomendado que eles utilizem coleira e guia, garantindo a segurança dos animais e das demais pessoas presentes. Os gatos devem ser levados aos polos de imunização em caixas de transporte para evitar acidentes ou fugas.

A coordenadora da Vigilância em Saúde de Maricá, Micheli Ferreira, ressaltou a importância dos tutores levarem seus pets para a vacinação antirrábica, garantindo proteção a uma doença perigosa.

“A raiva é uma doença grave, que pode afetar tanto os animais quanto os seres humanos, e a prevenção é a melhor forma de evitar a propagação. Por isso, convidamos todos os tutores de cães e gatos a levar seus animais aos postos de vacinação. A vacina é gratuita e a mais eficaz forma de garantir a saúde de nossos pets e proteger a população. Compareça ao local mais próximo a sua residência”, afirmou.

Locais de vacinação antirrábica animal

1º distrito (Centro) e 2º distrito (Ponta Negra)

23/11 (sábado), das 9 às 17 horas

— USF Central: Rua Clímaco Pereira, 241, Centro.

— Secretaria de Proteção Animal: Rua Prefeito Hilário Costa e Silva, nº 100, Parque Eldorado.

— Gerência de Frota: Rua Albatroz, próximo ao Natinho Atacadão, Parque Nanci.

— Praça do Lelei (Caju): R. Luiz Fernando dos Santos Caetano, s/nº.

— USF Bairro da Amizade: Rua 53, Lt 31, Qd 91, Bairro da Amizade.

— Escola Municipal Maurício Antunes Carvalho: Rua 73, lote 1, Saco das Flores.

— Escola Municipalizada Barra de Zacarias: Rua Francisco Ferreira da Silva (Rua dos Pescadores), s/n, Zacarias.

— Associação dos Pescadores de Zacarias: Rua Marilene Rangel da Cruz Vieira, Zacarias.

— Escola Municipal João S. Bezerra: Praça Ana Ferreira, nº 01, Divinéia.

— USF Guaratiba: Est. Beira da Lagoa, s/nº, Guaratiba.

— USF Bambuí: Av. do Contorno, s/nº, Bambuí.

— Escola Municipal Antônio Ruffino: Estr. da Gamboa s/nº, Caju.

— USF Marinelândia: Rua 09, Quadra 15, Cordeirinho.

— USF Ponta Negra: Estrada Um, s/nº, Ponta Negra, próximo a Ponte Senador Paulo Duque.

— Escola Municipal Amanda Pena: Estrada de Ponta Negra, nº118, Bananal.

— USF Espraiado: Rua Gualberto Batista de Macedo, s/nº, Espraiado.

— Sede da Guarda Municipal no bairro do Condado: Alameda Maricá, s/nº, Condado 

— Escola Municipal Alfredo Nicolau: Rua Visconde de Itaúna, Quadra 17, Marquês.

— Colégio Estadual Domício da Gama: Av. Roberto Silveira, nº 1138, Flamengo.

— Arena Flamengo: Rua dos Uirapurús, s/nº, Flamengo.

— Escola Municipal Benvindo Taques Horta: Rua José Fortes da Silva, s/n, Ubatiba.

— USF Mumbuca: Rua Hipólito de Abreu Rangel, s/nº, Mumbuca.

— Escola Municipal Antônio Lopes da Fontoura: Av. Portinari, s/nº, Itapeba.

— Colégio Estadual Profª Cacilda: R. Ivone dos Santos Cardoso, s/nº, Itapeba.

— USF Retiro: Estrada do Retiro, s/nº, Retiro.

— USF Ponta Grossa: Rua Irineu Ferreira Pinto, s/nº, Ponta Grossa.

— CAIC Elomir Silva: Av. Guarujá, s/nº, km 22, loteamento Marine, São José do Imbassaí

— USF São José II: Estrada da Cachoeira, s/nº, São José do Imbassaí.

— Quadra Esportiva do Manu Manuela: Rua 12 com Rua 25, loteamento Manu Manuela, São José do Imbassaí.

— Posto volante 1: Escola Municipal Dilza Sá – Estrada de Jaconé, s/nº, Jaconé (09 às 12h). Vale da Figueira – Estrada de Ponta Negra, Vale da Figueira, s/n (13h às 17h).

— Posto volante 2: Escola Municipal Alcebíades Afonso Viana – Rua Ernestina Oliveira Viana, s/n, Cachoeiras (09 às 12h). Escola Municipal de Pindobas – Estrada de Pindobas, 69, Pindobas (13 às 17h).

— Posto volante 3: Escola Municipal Brasilina Coutinho – Rua Comandante Celso, s/n, Lagarto (09h às 12h).

— Posto volante 4: sede da Guarda Ambiental – Estrada do Espraiado, s/n (9h às 12h). Escola Municipal João P. Machado – Rua 57 (próximo à Rodovia Amaral Peixoto, Manoel Ribeiro (13h às 17h)

3º distrito (Inoã) e 4º distrito (Itaipuaçu)

30/11 (sábado), das 9 às 17 horas

— Escola Municipalizada de Inoã: Rodovia Amaral Peixoto, km 17, Inoã.

— USF Chácara de Inoã: Rodovia Amaral Peixoto, km 16, Inoã.

— Escola Municipal Aniceto Elias: Rua Leonardo José Antunes, s/nº, Inoã.

— USF Inoã II: Rodovia Amaral Peixoto, km 14, Inoã (próximo ao DPO).

— Escola Municipal Ministro Luis Sparano: Av. Orestes Vereza, n° 55, Spar.

— Escola Municipal Osdewaldo da Matta: Estrada de Cassorotiba, s/nº, Santa Paula.

— Antiga sede da UPAM – Serra da Tiririca: R. França, 65, Itaipuaçu.

— Escola Municipal Rita Cartaxo: Rua Guarani, s/nº, Itaocaia Valley, Itaipuaçu.

— Colégio Pinheiro Giannattasio (CPG): Rua das Acácias, nº 655, quadra 35, lote 02 – Barroco, Itaipuaçu.

— Polo Itaipuaçu do Qualifica Maricá: Avenida Carlos Marighella, nº 160, loteamento Praia de Itaipuaçu, Itaipuaçu.

— USF Recanto: Rua Engenheiro Domingos Barbosa, s/nº, Recanto de Itaipuaçu.

— Associação de Moradores e Amigos do Bosque dos Flamboyants: Rua Cora Coralina, lote 20, Qd. 568, Jardim Atlântico Oeste, Itaipuaçu.

— USF Barroco: Rua Getúlio Vargas (antiga rua 02), lote 13, Quadra 04, Jardim Atlântico Oeste, Itaipuaçu.

— USF Jardim Atlântico: Rua 36, Lt. 01, Qd. 206, Jardim Atlântico Central, Itaipuaçu.

— Escola Municipal Marquês de Maricá: Rua Douglas Marques Rienti, s/n, Jardim Atlântico Leste, Itaipuaçu.

— Posto volante 5: Condomínio Santa Paula 1 (9h às 12h) e Condomínio Santa Paula 2 (13h às 17h) – Estrada de Cassorotiba, s/n, Santa Paula.

— Escola Municipal Professor Osvaldo Rodrigues: Estrada dos Cajueiros, s/n, Itaipuaçu.


ATENÇÃO PARA AS MUDANÇAS NO TRÂNSITO NAS OBRAS DO VIADUTO NA RJ 106 (vídeo)


Mais uma etapa na construção do viaduto que não precisava existir. O retorno no km 30 da RJ 106 (sentido Niterói), em frente ao condomínio Helena Varella II, será fechado definitivamente a partir da quarta feira dia 13 (esse número é cabalístico) de novembro, para conclusão das pistas de acesso (subida) e descida do viaduto.

Com o fechamento, todos que usavam o retorno para acessar o bairro do Flamengo (rumo ao centro, cemitério, hospital...) ou retornar para o Condado, Marques ou seguir rumo a Ponta Negra e cidades da região dos lagos, terão obrigatoriamente que ir até Itapeba e fazer o retorno no quilômetro 28 o que aumentará o percurso em cerca de quatro quilômetros.

Os ônibus das linhas E01 (CENTRO X PONTA NEGRA via MANOEL RIBEIRO), E01A (CENTRO X PONTA NEGRA via VALE DA FIGUEIRA), E03 (CENTRO X UBATIBA), E04 (CENTRO X SILVADO), E05 (CENTRO X LAGARTO), E06 (CENTRO X ESPRAIADO), E10 (CENTRO X BAMBUÍ), E10A (CENTRO X BAMBUÍ (VIA AREAL/MANOEL RIBEIRO), E14 (CENTRO X JACONÉ VIA BEIRA MAR), E14A (CENTRO X JACONÉ  VIA SACRISTIA), E17 (CENTRO X CONDADO VIA MARQUÊS) e 100R (MARICÁ X ITABORAÍ), também precisarão ir até o retorno no quilômetro 28, aumentando o tempo de viagem em pelo menos 15 minutos (dependendo do horário).

Os veículos só voltarão a acessar o bairro do Flamengo ou fazer o retorno rumo a Ponta Negra a partir do dia 15 de dezembro (dia previsto para a inauguração do viaduto que não precisava existir), quando passarão a utilizar a rotatória localizada na parte inferior do viaduto, onde torcemos para que funcione plenamente e que não provoque um nó no trânsito como provocava a famigerada rotatória da Mumbuca, tanto comemorada pelo prefeito quando do seu término.

Seguimos ainda na sugestão que todos os veículos que saiam do Flamengo, sigam à direita pela RJ 106 rumo ao retorno no quilômetro 32, e aqueles que queiram acessar a RJ 114, utilizem a pista de acesso à direita do viaduto (sentido Niterói). Os que queiram ir no sentido São José, Inoã, Itaipuaçu, São Gonçalo, Niterói ou Rio, subam o viaduto seguindo pela RJ 106.

Se acharem que não há necessidade e que a rotatória irá funcionar plenamente, que pelo menos os ônibus municipais e intermunicipais, continuem indo até o retorno no km 32, servindo os moradores do Marques de Maricá e Condado, e facilitando também os usuários das linhas do segundo distrito que hoje fazem baldeação com os ônibus das linhas do terceiro e quarto distrito que passam pelo Condado, evitando o deslocamento destes passageiros ao terminal rodoviário do centro de Maricá.

NOVOS HORÁRIOS DA PREFEITURA 

Até a inauguração do viaduto (que não precisava existir), os órgãos públicos segundo a prefeitura, funcionarão das 9 às 16 horas, não ficando claro sobre os horários de escolas e postos de saúde.

QUE DEUS NOS AJUDE E NOS DÊ MUITA PACIÊNCIA!!!




segunda-feira, 11 de novembro de 2024

SIM, ELA PÔDE! D. HERCÍLIA (90) SE ENCANTA NA FLIM

 Aluna mais idosa de Maricá, D. Hercília de 90 anos se encanta pela leitura aos 90 anos


Hercília da Silva Costa foi alfabetizada no programa municipal “Sim, Eu Posso” e este ano comprou livros educativos e de palavras cruzadas na FLIM.

Em 2023, Hercília da Silva Costa realizou o sonho de uma vida inteira: aprender a ler e escrever. A aluna de 90 anos é a mais idosa do programa  “Sim, Eu Posso”, iniciativa da Prefeitura de Maricá para acabar com o analfabetismo, que retornou às salas de aula do projeto este ano.

D. Hercília traz o brilho nos olhos e a vontade sedenta de aprender a cada dia para deixar os anos de escuridão para trás. No sábado (09/11), ela voltou à FLIM - Festa Literária Internacional de Maricá, que este ano foi realizada na orla do Parque Nanci por falta de um parque de exposições e eventos, em busca de livros educativos e de palavras cruzadas para ampliar o conhecimento que foram compradas com as 200 mumbucas literárias, entregues aos alunos da rede de ensino de Maricá.. No ano passado, ela recebeu o diploma de alfabetização na FLIM com outros 1.066 alunos.

QUEM É D. HERCÍLIA

A história de dona Hercília se mistura com muitas outras Brasil afora. Ela nasceu em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, em uma família com 13 irmãos. A única oportunidade que teve quando criança de estar numa escola durou 15 dias. De família pobre, precisou abandonar os estudos para trabalhar e ajudar os pais com os irmãos mais novos. Hoje é viúva e possui uma família com muitos integrantes. São 12 filhos, 25 netos, 40 bisnetos e sete tataranetos. Dona Hercília reside há 68 anos em Maricá e atualmente mora no bairro Retiro.

“Meu pai trabalhava na lavoura e tive que ajudar minha mãe com meus irmãos menores”, lembra ela, que disse como conheceu a iniciativa de erradicação do analfabetismo. “Estava em casa quando a educadora Larissa esteve lá e me inscreveu no programa. Foi a maior alegria da minha vida. O ‘Sim, Eu Posso’ realizou meu sonho de estudar e agora quero aprender cada vez mais”, declarou.

A moradora do bairro Retiro destacou os benefícios que o programa trouxe para sua vida. “Agora não dependo mais de ninguém para escrever um bilhete, ver as palavras na televisão ou contar porque não sabia dar o troco certo. Gosto de Matemática, estudar com meus livros, fazer palavras cruzadas e estou lendo a Bíblia”, completou.

Jornada da alfabetização

O “Sim, Eu Posso!” é um método de alfabetização criado pelo Instituto de Pesquisa Latino-americano e Caribenho IPLAC e contempla as condições de vida das pessoas para alcançar o objetivo de acabar com o analfabetismo.

A jornada foi dividida em duas fases. Na primeira, o método associa as letras (desconhecido) aos números (conhecido) e usa recursos audiovisuais em sala de aula (65 vídeo-aulas), para o aprendizado. Na segunda etapa usa-se círculos de debate para o aprimoramento e aperfeiçoamento da leitura e da escrita de pessoas alfabetizadas, mediante o trabalho pedagógico de atividades didáticas sobre temáticas como História, Cultura e Identidade, Trabalho, Educação, Saúde, entre outros.

Reconhecida internacionalmente, a iniciativa já beneficiou quase 11 milhões de pessoas em mais de 30 países. Em 2023, 1.067 moradores de Maricá, com mais de 15 anos, foram alfabetizados e receberam os diplomas na 8ª edição da FLIM - Festa Literária Internacional de Maricá, que aconteceu em Itaipuaçu, por falta de um parque de exposições e eventos.





Começam cirurgias de catarata e pterígio para zerar a fila de oftalmologia em Maricá

 Procedimentos são feitos em pacientes agendados e encaminhados ao Hospital Municipal de São José do Imbassai após triagem em Araçatiba

A FEMAR - Fundação Estatal de Saúde (Femar) e a Secretaria de Saúde, iniciou na segunda-feira (11/11) a segunda etapa do Programa “Fila Zero” de Oftalmologia, que realizará mais de 3 mil cirurgias de catarata e pterígio no Hospital Municipal em São José do Imbassaí. No local, são atendidos somente os pacientes agendados, que passaram por triagem e exames em Araçatiba, sendo encaminhados posteriormente para o procedimento necessário.

As cirurgias oftalmológicas na unidade hospitalar ocorrerão progressivamente durante os meses de novembro e dezembro. Os pacientes agendados serão avisados pelas equipes no telefone informado no momento da triagem. Aqueles que precisam esclarecer dúvidas ou receber orientações específicas podem entrar em contato com a Central “Fila Zero” de Oftalmologia pelo número 21 97184-8956, que atende somente pelo aplicativo WhatsApp.

A secretária de Saúde, Juliana Nogueira, garantiu que o “Fila Zero” de Oftalmologia é um diferencial no bem-estar dos moradores.

“Essa fase do programa promove ainda mais qualidade de vida aos moradores com demandas oftalmológicas. Vamos realizar mais de 3 mil cirurgias para os agendados que passaram pela primeira etapa em Araçatiba, com a melhoria da sua visão após operações de catarata e pterígio. Esse é um compromisso da Saúde de Maricá com o bem-estar da população e vamos avançar cada vez mais”, ressaltou.

O diretor-geral da FEMAR, Marcelo Rosa, pontuou o impacto da iniciativa, que zerou a espera por consultas e agora se encaminha para atender toda a demanda cirúrgica.

“Na etapa inicial do Fila Zero, zeramos toda a demanda existente na Central de Regulação por consultas e exames oftalmológicos desse tipo, e, agora, vamos finalizar também a espera pelas cirurgias de catarata e pterígio. Esse é um marco na cidade e garante um fluxo mais harmonioso de atendimento às questões voltadas à saúde dos olhos em Maricá”, acrescentou.

Mais qualidade de vida

Na segunda-feira (11), primeiro dia de cirurgias do Programa “Fila Zero” de Oftalmologia, dezenas de pessoas agendadas foram atendidas no Hospital Municipal de São José de Imbassai. Entre elas, estava a aposentada Maria Inês Rocha, de 68 anos, que mora na Mumbuca. Ela afirmou que a operação de catarata será crucial para o seu bem-estar, ajudando a desempenhar várias atividades do dia a dia.

“Estou muito feliz por poder realizar a cirurgia de catarata no meu olho esquerdo. Minha expectativa é passar um Natal diferenciado, podendo enxergar melhor, o que é um presente que vou receber neste fim de ano. Depois da operação, vou poder voltar a assistir minhas séries, fazer artesanato e praticar mais atividades ao ar livre”, disse.

Denise Miranda, de 62 anos, mora no Flamengo e afirmou que o “Fila Zero” possibilitou o diagnóstico precoce da catarata em seus olhos.

“Eu estava aguardando por um exame de vista e, com o programa “Fila Zero”, fui chamada para a triagem em Araçatiba, onde constataram que tinha catarata. Tudo foi descoberto no inicio e a cirurgia vai trazer uma grande mudança para a minha vida, podendo enxergar melhor, principalmente ao dirigir”, concluiu.

Fluxo de atendimento oftalmológico

A primeira etapa da iniciativa, realizada em Araçatiba, zerou, em apenas 10 dias, a demanda reprimida identificada pela Central de Regulação para consultas e exames oftalmológicos. Entre os dias 29/10 e 07/11, foram registrados mais de 10 mil atendimentos e cerca de 40 mil exames diversos realizados no espaço montado em Araçatiba.

As pessoas marcadas para cirurgias de catarata e pterígio também contam com todo o suporte pós-operatório necessário, e realizarão duas revisões médicas, sendo acompanhadas pela equipe multiprofissional que atua na iniciativa.

As pessoas com demandas oftalmológicas que ainda não estão sendo acompanhadas na rede municipal devem procurar a Unidade de Saúde da Família (USF) de referência, que atende a região de moradia. Para saber qual USF é responsável pela sua área de residência, acesse o link bit.ly/onde-ser-atendido-USF.

Na USF, o quadro do paciente será avaliado e, caso necessário, o usuário será inserido no sistema da Central de Regulação para atendimentos e exames especializados de oftalmologia.

Fotos: Bernardo Gomes





VANESSA DA MATA, FÉ, SAÚDE E POLÍTICA NO PAPO FLIM


 Vanessa da Mata canta e encanta na Flim. 
Cantora participou do talk show sob o comando de Maurício Pacheco e encerrou a penúltima noite da Festa Literária de Maricá. Logo depois, o "Papo FLIM" recebeu Stepan Nercessian (presidente do Retiro dos Artistas e mediador do debate), Jandira Feghali, Alexandre Cabral, Bruno Paes Manso e Felipe Eugênio, falando sobre Fé, Saúde e Política

Pela terceira vez, o talk show ‘Conversas e Canções’ levou um grande público à tenda ‘Papo Flim’ no sábado (09/11), desta vez para assistir à cantora Vanessa da Mata. Sob a mediação do músico e produtor Maurício Pacheco (que integra sua banda), a artista mato-grossense falou sobre sua carreira e suas inspirações para compor seus sucessos, além de cantar alguns deles para a plateia. No primeiro final de semana, o projeto criado por Maurício já havia levado à 9ª edição da Festa Literária Internacional de Maricá (Flim) os cantores e compositores Lenine e Paulinho Moska.

Antes de chamar a cantora ao palco, Maurício Pacheco falou sobre o poder que a música brasileira tem para tratar males da alma das pessoas através de letras e melodias. “Para mim, a MPB deveria ser prescrita nas farmácias, tamanho poder até curativo que tem”, afirmou o músico, que em seguida recebeu Vanessa para iniciar a conversa.

“Concordo plenamente com o Maurício, pois para mim a canção sempre foi um alucinógeno barato, que me fazia sair da realidade mais dura. Venho de uma família multirracial de Alto Garças, em Mato Grosso, cidade que hoje cresce com o agronegócio, mas onde eu cresci vendo e ouvindo caminhões passando e trazendo música de todas as partes do país. Ouvia também os cantos das lavadeiras dos rios próximos, acompanhando minha avó que ia para lá”, contou a cantora e compositora, ao revelar que compôs “A Força que Nunca Seca” em homenagem à avó.

Vanessa falou também sobre o feminismo, quando Maurício lembrou que o álbum “Vem Doce’ foi lançado por ela no ano passado, no dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher. “Geralmente nos dão rosas neste dia, talvez para trazer beleza a um dia que, na verdade, é tão duro para nós. Mas o dia não é sobre isso, é sobre trabalhadoras oprimidas num protesto em 1917, ou seja, é um dia de luta”, lembrou ela.

Entre uma fala e outra, a artista cantou hits dela como “As Palavras” e “Ainda Bem”, além de recitar letras de Roberto Carlos e Chico Buarque. No final, ela exaltou a postura do governo municipal de investir em cultura e educação ao realizar um evento como a Flim.

 “Se na minha cidade tivesse a verba voltada para a educação, como existe aqui, e que é dificílimo encontrar em outras cidades, teríamos outro país. É preciso exigir cultura, e peço que vocês continuem exigindo, para que as crianças daqui queiram ser alguém”, finalizou ela, que depois tirou fotos com parte do público.

À noite, Vanessa da Mata subiu ao palco principal para um show com os grandes sucessos de sua carreira. O público cantou e dançou com hits como “Não Me Deixe Só”, “Boa Sorte”, “Amado” e “Ai Ai Ai”, entre outros. 

Ela ainda fez uma homenagem a Gal Costa, lembrando os dois anos de sua morte, ao cantar o refrão de “Força Estranha”, uma das marcas da cantora baiana. 

FLIM traz discussão sobre fé, saúde e política

Com mediação de Stepan Nercessian (presidente do Retiro dos Artistas), Jandira Feghali, Alexandre Cabral, Bruno Paes Manso e Felipe Eugênio debateram o tema no sábado (09/11)

O penúltimo dia da 9ª FLIM - Festa Literária Internacional de Maricá, realizada na orla do Parque Nanci, reuniu convidados para uma roda de conversa sobre fé, saúde e política no sábado (09/11), na tenda Papo Flim. Com mediação do ator Stepan Nercessian, a mesa reuniu os escritores Alexandre Cabral e Bruno Paes Manso, a médica e deputada Jandira Feghali e o representante da Fiocruz Felipe Eugênio.

Na abertura, o mediador destacou a importância da discussão do tema em Maricá porque a cidade, afirma Nercessian, “tem sido uma referência em políticas públicas, mostrando que é possível fazer ações para mudar a vida das pessoas”. Bruno Paes Manso pontuou que os principais desafios políticos a serem mediados nos centros urbanos têm relação com as violências policiais, de milícias e das facções criminosas. Autor de “A guerra: a ascensão do PCC”, ele também é jornalista e pesquisador do Núcleo de Estudos da Violência da USP e veio para o Rio de Janeiro para entender como funciona a milícia.

“A diferença dos crimes entre Rio e São Paulo é uma histórica ligação do crime de contravenção com a polícia, de pessoas envolvidas com jogo do bicho. Em São Paulo, a venda de drogas não depende do domínio territorial”, afirma o pesquisador.

Jandira ressaltou o tema central da roda de conversa, onde a política é transversal e precisa ser discutida coletivamente pelo direito de todos.

“Fé tem uma relação direta com a democracia que é liberdade de culto. A saúde precisa ter acesso universal e a política é colocada pelo bem comum com direito à vida, de pensar, criticar, organizar e se manifestar. A desigualdade também se estabelece no recorte de classe, raça e gênero. Tudo isso é um debate que nos coloca na seguinte reflexão, todos nós temos direitos iguais perante a lei que está escrito na Constituição, ou não? Na minha opinião, não. Isso é um direito formal, ele está escrito, mas ele não está realizado”, destacou.

A deputada também citou a importância de eventos como a FLIM com livros que tragam conteúdo para desmitificar a desigualdade que, segundo ela, o capitalismo trouxe para a humanidade.

“É preciso que a criança e a juventude entendam que a igualdade de raça se forma sem preconceito, discriminação, violência e ódio, com uma cultura democrática de paz e isso a gente não faz sem a educação, sem o livro. A cultura é poder e é hoje o movimento mais transformador e emancipador da política pública brasileira. Tenho certeza que feiras como essa vão contribuir para que pessoas entendem o poder da palavra”, enfatizou a parlamentar, que também citou a guerra de Israel contra a Palestina que tem vitimado muitos civis desarmados. A organização da Flim também estendeu uma bandeira da Palestina no palco em apoio à população do país.

Felipe Eugênio, coordenador da Periferia Brasileira de Letras, iniciativa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), afirmou que o órgão federal tem o compromisso da saúde com a democracia, onde trabalham com literatura nas periferias.

“Identificamos que inúmeros coletivos literários, como saraus poéticos, bibliotecas comunitárias, rodas de leitura e teatro de rua, nos territórios da favela, têm sido as experiências mais interessantes de mobilização social e de formação crítica”, disse Felipe.

Alexandre Cabral ressaltou que o poder macropolítico na comunidade que é exercido pela Igreja Universal produz o racismo religioso, o discurso homofóbico e a culpabilização da pobreza. Para o filósofo, não tem como pensar em processo de libertação se não tiver um diálogo com os protestantismos históricos e os movimentos evangélicos contemporâneos, com as culturas de terreiros, mas, sobretudo, com o que chamou de “o racismo religioso cristão em terras brasileiras”.

“Somente a Constituição de 1988 leva a sério a livre consciência religiosas dos cidadãos e cidadãs do país. Até então, o cristianismo católico era a religião oficial da construção desse país. Se nós queremos brasilidade com voz a quem nunca teve lugar, se não questionarmos qual é a cruz que está em todas as instituições públicas do Brasil, nós continuaremos a ver preto com Bíblia de baixo do braço fechando terreiro em nome da bandeira de Israel que não tem nada a ver com Israel na Bíblia”, enfatizou.

A Festa Literária Internacional de Maricá iniciada no dia 01/11 na orla do Parque Nanci, terminou no domingo (10/11) com sucesso absoluto de vendas, de visitação e de satisfação. Agora, imaginem tudo isso em um parque de exposições e local para eventos? Seria ainda melhor!!!

Maricá, os maricaenses e os visitantes merecem isso!!!



ALERJ aprova PL que declara Maricá como a Capital da Aquicultura

 Produção de camarões e tilápias no CIAMAR é citada na justificativa do PL


Durante as décadas de 1950 a 1970, Maricá foi o maior produtor de camarões do estado do Rio de Janeiro.  Em 2023, a cidade voltou a ser protagonista da produção do alimento com a inauguração do CIAMAR - Centro de Inovação em Aquicultura de Maricá (Ciamar), na Fazenda Pública Joaquín Piñero, no Espraiado. Com essa justificativa, foi aprovado pela ALERJ - Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, na quarta-feira (23/10), um projeto de lei que declara o município de Maricá como a Capital da Aquicultura.

O projeto de lei nº 1180/2023 tem autoria do Deputado Estadual Renato Machado e cita o cultivo no CIAMAR. O centro tem 10 tanques de 400 mil litros de água cada, com capacidade para produzir até 60 toneladas anuais de camarão e tilápias.

Para o coordenador do CIAMAR, Khauê Vieira, o local possibilita a produção de camarões e peixes de maneira sustentável, oferecendo pescado e proteína de qualidade para a mesa dos maricaenses e da população do estado do Rio de Janeiro e do Brasil.

“É muito importante iniciativas como essa para valorizar a aquicultura e todas as ações que estão sendo feitas aqui no CIAMAR e no Projeto Lagoa Viva, com produções sustentáveis. Estamos muito felizes de fazer parte desse marco  importante para a cidade de Maricá”, disse Khauê.  

Outras iniciativas

Além dos tanques de produção, o complexo inclui uma Fábrica de Rações. O local produz rações para alimentar os camarões e tilápias cultivados pelo centro.

Na Fazenda Nossa Senhora do Amparo, no Caju, 32 grandes tanques estão sendo construídos para abrigar criação de tilápias no CIAMAR TILÁPIAS. O local terá capacidade para produzir 24 toneladas por mês. A previsão de conclusão das obras é em novembro. Após essa fase, pescadores serão treinados para criar tilápias confinadas, replicando o modelo em unidades familiares.

O CIAMAR é um projeto da CODEMAR - Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar) em parceria com a UFF Universidade Federal Fluminense.



domingo, 10 de novembro de 2024

Sebo criado na garagem de uma casa e café literário atraem leitores da cidade

 Maricá tem locais que estimulam a leitura o ano todo


Além do grande sucesso de mais uma edição da FLIM - Feira Literária Internacional de Maricá, a cidade oferece outros locais para pessoas interessadas em livros ao longo de todo ano. Quatro desses pontos se destacam embora a cidade tenha mais espaços que PRECISAM ser mais divulgados e apoiados pela secretaria de cultura, que pouco faz para tal.

No Parque Nanci, bairro-sede deste ano, uma cafeteria dá a oportunidade ao cliente de degustar aromas e letras, enquanto no vizinho São José de Imbassaí a garagem de uma casa foi ocupada por mais de 2 mil obras com os mais diferentes assuntos.

Já em Araçatiba, uma das mais antigas bibliotecas comunitárias de Maricá, com 30 anos de existência está localizada no GAM - Grupo de Artista de Maricá, às margens da lagoa de Araçatiba (cartão postal da cidade).

E o outro espaço, sempre aberto ao público de segunda à sexta, é a biblioteca municipal, no complexo cultural do Cine Henfil.

Maricá Literária

O espaço foi criado há cerca de um ano por Isabella Nunes (22), que já vendia os livros por meio de uma página no Instagram (onde há um catálogo disponível) e passou a disponibilizar os volumes no novo local, na Alameda Gravatá, que tem ainda um pequeno brechó de roupas e discos de vinil. Ela conta que a ideia surgiu depois de visitar outros sebos e entender o seu real propósito.

“Quando eu era só leitora tinha muito ciúmes dos meus livros, até que tive contato com os sebos e vi que era preciso fazê-los circular. Então foi nascendo em mim essa paixão por ver os livros passando de mão em mão, e não ficarem parados. Por isso, busco sempre oferecer um valor mais acessível para cada um”, explicou Isabella, ao lembrar que seu acervo dispõe de romance, poesia, sociologia, política, história e outros assuntos, com edições em português, inglês e espanhol.

No Sebo da Garagem, com o espaço vem sendo chamado, também está disponível a leitura gratuita no local, onde ainda acontecem periodicamente atividades culturais como pintura, yoga e rodas de conversa. Para quem não tem acesso às redes sociais, Isabella também leva seus livros ao público utilizando uma bicicleta que circula pelo bairro e expõe nas feiras agroecológicas da Secretaria de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento de Maricá. 

“Sou de um tempo em que só existia a feira de sebos na praça central da cidade. Eu era estudante ainda naquela época e adorava aquilo. Atualmente, observo que sempre na época da FLIM tem mais gente na rua com livros nas mãos. Acho que é essa a principal importância desse evento, a de estimular a leitura para todo mundo, a cidade passa a respirar leitura”, aponta a livreira, que tem em seu acervo o livro ‘O Paraíso São Os Outros’, obra de um dos convidados desta edição, o português Valter Hugo Mãe.

De mercadinho a café literário 

A poucos metros do local onde vai acontecer a Flim 2024, a cafeteria Empório Parque Nanci descobriu uma vocação natural para a literatura e se transmutou a partir de um mercadinho criado há quase três anos. A proprietária Carina Albuquerque Maia (41), revela que o espaço – na esquina da Estrada Velha de Maricá com a Rua Canarinhos – vendia de tudo e ainda funcionava como padaria. Porém, a grande procura por café despertou a ideia de criar um espaço dedicado especialmente à bebida. Segundo ela, aos poucos o público que frequenta o estabelecimento também foi mudando e as prateleiras esvaziadas foram ocupadas por aproximadamente 200 livros que ela e o então marido tinham em casa, que passaram a ficar à disposição da clientela.

“Começou a vir gente que queria um tempo para estudar com tranquilidade e, mais tarde, também para trabalhar à distância. Tinha ainda muito espaço vazio, então trouxemos os livros para cá e, desde então, quem quiser pode pegar para ler aqui ou em casa, tendo 30 dias para devolver. Achamos que seria interessante aliar essa pausa que as pessoas se dão quando entram aqui ao prazer da leitura e ao café, que tem benefícios diretos na concentração das pessoas”, explica Carina, contando que criou uma campanha pelas redes sociais do estabelecimento para doação de livros.

Depois que assumiu o negócio – que funciona de terça à sexta das 8h às 19h, e aos domingos das 8h às 13h –, ela prepara um espaço voltado à literatura infantil, próximo à entrada. Carina conta também que já fidelizou um público que vai ao local tanto para estudo e leitura como para reuniões de trabalho.

“Conseguimos criar aqui um ambiente bem tranquilo, que abraça, propício para quem procura relaxar e ler ou mesmo conversar com tranquilidade, que vai além do propósito comercial, um refúgio mesmo. Se a pessoa quiser também trazer livros para troca, também é possível”, lembra a empresária, que também vê na Flim um momento de estímulo para que mais pessoas desenvolvam o prazer de ler.

“Acho que temos um lugar que combina muito com este evento, que esteve a duas esquinas de nós. Nós acreditamos que a leitura e o conhecimento podem libertar”, frisou Carina, ao revelar que mora em Maricá há cerca de nove anos, mas frequenta o Parque Nanci desde que nasceu.

Fotos: Bernardo Gomes e Jornal Barão de Inohan