OPINIÃO: Quem conhece a mim e ao jornalista Pery Salgado sabe do respeito e da estima que temos um pelo outro. Pery é uma pessoa inteligente, dedicada e sempre compromissada com a construção de um ambiente de diálogo e progresso. Reconheço nele um profissional que acredita — como eu — que é pela união e pelo trabalho bem conduzido que conseguimos alcançar melhorias, seja no setor da comunicação, seja em qualquer outro campo da vida social.
É por isso que lamento profundamente o desperdício de energias que, infelizmente, temos testemunhado entre alguns integrantes da AIM. A reunião realizada na sede da revista MaricáJá, que se apresenta como sede provisória da entidade, foi marcada por tensão desnecessária e, ao que tudo indica, intolerância diante da divergência de opiniões.
Segundo relato do próprio Pery Salgado — que pode ser consultado no Jornal Barão de Inohan (https://obaraoj.blogspot.com/2025/06/e-esta-associacao-que-queremos-cuidando.html) e cujo espaço permanece aberto a todas as partes envolvidas —, a reunião mal completava quinze minutos quando, ao apresentar suas colocações, foi interrompido pela presidente da AIM com a afirmação de que “daquele jeito, a reunião não poderia continuar”. Ao questionar, em pé, que tipo de “diálogo para pensarmos juntos formas de fortalecer o setor” seria aquele em que ele não podia expor suas opiniões, a presidente reagiu apontando para a porta e exigindo que ele se retirasse.
Fica evidente que algo precisa mudar. O setor da imprensa, para ser digno de sua função essencial — a de ser a voz e o olhar do povo —, precisa cultivar três pilares: união, força e clareza de propósito. E esses pilares só se sustentam num ambiente de respeito mútuo, escuta atenta e convivência democrática.
Por isso, ainda que com pesar, faço aqui este apelo fraterno: que a AIM repense seus caminhos, que reencontre o espírito colaborativo que a motivou em sua origem e que se firme como uma entidade plural, acolhedora e verdadeiramente comprometida com o fortalecimento da imprensa local.
Desculpem a minha manifestação. Ela vem do coração de quem deseja, acima de tudo, paz, boa vontade e amizade com todos. Continuo acreditando no diálogo como única via para o entendimento e reafirmo meu compromisso com a liberdade de expressão e o jornalismo responsável...
Amaro Siqueira Barros, jornalista e radialista
