Um problema extremamente polêmico e que pode acarretar em sérios problemas jurídicos aos vereadores e ao alcaide da cidade, que solicita a criação de uma empresa de economia mista (gerando gastos para o município e tirando da administração pública direta), o controle do FUNDO SOBERANO MUNICIPAL uma espécie de 'caderneta de poupança' da cidade para servir de lastro e reforço em casos emergências e de calamidade.
Na sessão da câmara da quarta feira 25 de junho, o vereador Ricardo Gutierrez (Ricardinho Netuno) alertou sobre o absurdo problema e pediu que aconteça uma AUDIÊNCIA PÚBLICA para que fique claro a questão e para que a população possa referendar ou não a alteração da administração do FUNDO SOBERANO.
Segundo o vereador Netuno, no artigo 17 da lei que criou o Fundo Municipal diz que o FUNDO SOBERANO DE MARICÁ DEVERÁ SER SUBMETIDO AO CRIVO POPULAR POR MEIO DE REFERENDO e explica no texto como deve ser feito, ou seja, qualquer modificação da administração do FUNDO SOBERANO, precisa OBRIGATORIAMENTE PASSAR POR UM REFERENDO POPULAR.
E dando continuidade ao seu raciocínio, o vereador Netuno disse estar preocupado pois quem deve ADMINISTRAR o dinheiro público é a prefeitura, o prefeito e os órgãos competentes, e não uma empresa de economia mista. Com o ato, na verdade o prefeito passa a se eximir de responsabilidade da gestão do fundo e coloca essa responsabilidade ao grupo que até então irá administrar (a GLOBAL INVEST), UMA EMPRESA DE ECONOMIA MISTA, QUE VISA LUCROS PARA SEUS ACIONISTAS, mas que também pode ter prejuízos com suas movimentações financeiras, colocando em risco a POUPANÇA DO POVO MARICAENSE.
O presidente da Comissão de Justiça, Dr. Felipe Auni disse que a decisão é apenas da Câmara e não há OBRIGATORIEDADE de uma AUDIÊNCIA PÚBLICA. A seguir, o vereador Igor Correa tentou falar mas não disse nada.
Logo após, a vereador Adriana Costa disse que o grupo político que atua em Maricá desde 2009 busca sempre a justiça social (sim, concordamos), mas é bom deixar claro E TODOS ESTÃO VENDO E A POPULAÇÃO ESTÁ SENTIDO ISSO NA CARNE, que essa justiça social está se esvaindo por entre os dedos e o povo está sofrendo e o comércio está cada vez mais combalido, bem diferente do período de bonança do governo anterior (deste mesmo grupo político).
A criação da empresa foi aprovada em 1º turno com 15 votos favoráveis (todos da base do governo) e 02 votos contra (dos vereadores de oposição).