Vamos relatar abaixo, um problema de saúde que literalmente mudou a vida de uma jovem, hoje com 34 anos, e que nos últimos meses, vem inclusive impossibilitando que ela exerça qualquer atividade física e laboral que exija um mínimo de esforço.
Suelen de Paula Garcia (34), nascida em Saquarema, com ensino médio incompleto, é casada há dois anos, e tem três filhas lindas: Victoria Cristina (17), Nicolly Cristina (16) e Eva Letícia (11), fruto dos primeiros casamentos, mas que infelizmente não recebem nenhum tipo de auxílio dos seus pais. Seu atual marido trabalha vendendo frutas, mas o movimento segundo Suelen, está muito fraco fazendo com que o rendimento da família esteja muito baixo.
Mas a vida de Suelen começou a mudar há cerca de 10 anos, quando trabalhava em um restaurante e mexia com panelas muito pesadas, provando comidas muito condimentadas.
Certo dia chegou em casa com uma enterorragia muito forte (enterorragia corresponde à eliminação de sangue vivo, não digerido, pelo ânus, associado ou não à presença de coágulos. Alguns autores consideram que a enterorragia corresponde a um sangramento mais volumoso, que ocorreria independentemente do ato de evacuar).
Nessa época Suelen era casada com outra pessoa que trabalhava no hospital de Bacaxá, em Saquarema e moravam em Araruama: "Prontamente ele veio com a ambulância me pegou e fui internada urgentemente sem saber o que eu tinha. Fiquei 15 dias internada e os médicos cogitavam muitas doenças", explicou Suelen.
Seis meses depois desta primeira internação, conseguiu fazer uma colonoscopia no hospital geral de Ipanema onde o resultado apresentou pólipos e mais nada, o que fez com que ela continuasse com sua vida normal.
Um ano depois, Suelen teve o mesmo problema onde fez uma segunda colonoscopia e o laudo apresentou novamente os pólipos mais uma hemorroida interna e externa. A partir daí, nossa jovem ainda conseguia fazer o tratamento com pomada e remédios, mas com o passar do tempo e os seus trabalhos já como profissional de limpeza em residências, lojas, comércios..., começou a sentir mais incômodos, com perda de sangue.
Suelen ia várias vezes ao médico, usava os remédios prescritos e voltava a ficar tudo bem. Porém em 2021, no mês de fevereiro, teve um grande sangramento durando cerca de 30 dias mesmo tomando todos os remédios indicados.
Em 30 de março, passou por um proctologista particular e ele a explicou que no prazo de dois meses daria para cauterizar ou laquear, resolvendo o problema da hemorroida interna e externa.
No mês de abril continuou tomando os mesmos remédios prescritos pelo proctologista mas nada aliviava e ela vivia indo para o hospital Nossa Senhora de Nazareth em Saquarema e no posto de saúde de Jaconé. Numa dessas idas ao posto de Jaconé, seu quadro se agravou e removeu Suelen para o hospital onde conheceu seu atual proctologista que está cuidando do seu caso até o momento.
Ele a examinou e após, a mandou para casa já com um encaminhamento e a marcação para uma consulta com na quinta feira da mesma semana, onde Suelen passou por um exame extremamente doloroso, mas que foi de grande importância para que finalmente descobrissem o que realmente ela tinha e diagnosticando que sua hemorroida não estava inflamada e sim infeccionada
Prescreveu vários outros remédios de uso continuo e avisou que seu caso era operatório porque já estava em uma estágio muito avançado (estágio 4). Mesmo com todos esses remédios, Suelen sente muitas dores, a ponto de precisar fazer uso de morfina, porque em função da abertura do reto no momento de evacuar a hemorroida interna espreme o reto e com a força que se faz para evacuar, a hemorroida externa acaba saindo.
Suelen faz banhos de acento, usa a pomada para colocar para dentro a hemorroida e introduz o supositório para aliviar as dores e ajudar a diminuição da hemorroida externa; "tenho que ir a UPA por que é uma dor insuportável, às vezes chego a ter que tomar duas doses de morfina" explica.
"Se Deus permitir, dentro de um mês irei operar. Já não trabalho a mais de 4 meses, meu trabalho é braçal, é necessário fazer forca, pois sou cozinheira diarista e faxineira, mas não tenho mais condições de exercer meu trabalho, e estou passando uma série de necessidades, principalmente devido aos altos custo com remédios que tenho que tomar constantemente. Agora mesmo estou fazendo uma vaquinha virtual e postei no face porque já estou ficando sem meus remédios" disse Suelen.
Com o grande sangramento que a obrigada usar absorvente pós parto, Suelen acabou ficando anêmica, passando a ter outros problemas de saúde: "Eu nunca precisei pedir nada as pessoas porque sempre exigi muito de mim sobre os meus trabalhos e sempre tive bons resultados e vivia relativamente bem, mas hoje não vejo outra saída. Não consigo mais fazer meus trabalhos porque tudo exige esforço físico e com todo esse esforço a hemorroida sai e dói muito, infecciona e sangra" explicou Suelen com lágrimas nos olhos.
"Hoje minhas filhas estão com meus pais para ver se consigo dar uma aliviada aqui em casa. Meu auxílio vai para lá porque elas estão com eles", explicou.
Morando alguns dias em Saquarema junto com seus pais e fazendo os tratamentos e aguardando sua cirurgia que acontecerá no Rio de Janeiro, outros dias Suelen passa em Iguaba, junto do seu marido onde tem residência e o mesmo tem seu trabalho, sua vida tem sido uma árdua luta.
Além de todos os medicamentos para aliviar suas dores, Suelen também precisa tomar Alfapoetina e Noripurum injetável para melhorar seu hematócito para que não perca a cirurgia marcada para o dia 08 de setembro no Hospital Geral dos Servidores na cidade do Rio de Janeiro.
Com uma alimentação muito regrada a base de frutas, legumes e verduras, além de frango e peixe e com pouquíssimos temperos, Suelen evita comidas mais sólidas, e como já mencionamos acima, vive com uma bateria de remédios diários:
Deocil 10 mg
Flavonid de 450 mg
Proctyl pomada
Proctyl supositório
Metronidazol de 250 mg
Amoxicilina+clavonato (500+125) mg
Alfapoetina de 4000 injeção
Noripurum 20 mg injeção