Servidores do RJ fazem fila por cesta básica: 'Não temos 13º, nem salário. Será nossa ceia de natal' (Foto: Reprodução / TV Globo) |
Data do dia 16 de novembro o último depósito do Estado na conta da maioria dos servidores. São 36 dias com a conta zerada. E a situação deve piorar: o Governo diz que não tem dinheiro para pagar as duas primeiras parcelas dos salários de novembro, que seriam quitadas agora no final de dezembro. A situação deixa trabalhadores e pensionistas preocupados, como mostrou o RJTV desta quinta-feira (22).
"Você não vai deixar de comer, de pagar uma luz, uma água, um aluguel. Tem que arrumar dinheiro. Faz o que? Pega empréstimo. Quando vê, faz uma bola de neve", disse uma servidora ao RJTV.
As contas do Estado foram bloqueadas por causa de um calote na União de R$ 128 milhões. Com isso, os valores que seriam depositados na sexta-feira (23) e no dia 30 não têm mais data para sair. O novo calendário deve ser divulgado na próxima segunda-feira (26).
Nesta quinta, uma longa fila se formou na porta do Movimento Unificado dos Servidores Públicos Estaduais do Rio (Muspe). Era mais uma distribuição de cestas básicas e teve gente que chegou com 5 horas de antecedência para garantir.
"Nós não temos 13º, nem salário. Então a cesta doada será nossa ceia de Natal", diz ela.
Educação já recebeu
Principais ativistas dos protestos contra o governo estadual, que chegaram a ocupar a Assembleia Legislativa (Alerj), os servidores da educação estão mais tranquilos. Eles já receberam novembro e têm data para receber o 13º: 28 de novembro. O dinheiro é do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).
O Sindicato dos profissionais da Faetec exige que o dinheiro seja usado também para pagar os salários de quem trabalha nas escolas técnicas.
"A Faetec tem direito a uma parcela de repasse do Fundeb, que é federal. Só que esse repasse não está sendo usado pra pagar os funcionários da Faetec. Então estamos sendo prejudicados diretamente, não recebendo um repasse, que é direito nosso", diz o coordenador do sindicato da Faetec, Marcos Roberto Freitas.
G1