domingo, 4 de dezembro de 2016

E O AUMENTO DO SALÁRIO DO PREFEITO E DO ALTO ESCALÃO, SAI OU NÃO SAI?

Presidente da Câmara de Maricá é contra reajuste salarial para vereadores, prefeito e alto escalão devido a crise econômica que atinge o país

Foto: Paulo Celestino

O presidente da Câmara de Vereadores de Maricá, Chiquinho (PP)   está com uma batata quente nas mãos para  resolver amanhã na sessão ordinária marcada para às 16 horas. Ele tem a prerrogativa de colocar em pauta ou não, para segunda e última votação, o pedido de reajuste dos salários do prefeito, vice, secretários municipais, corregedor geral e procurador geral. O projeto de lei é do atual prefeito Washington Quaquá (PT), de férias até o dia 18 deste mês, que encerra seu segundo mandato no próximo dia 31 de dezembro.

Hoje, no seu perfil do faceboock, Chiquinho afirmou que é contra aumento salarial e reproduzimos na íntegra, sem mexer no texto:

“É INADMISSÍVEL, que em plena crise econômica onde os trabalhadores sofrem com o desemprego, tenha a solicitação de aumento de salários. Vemos o discurso de corte de despesas, através da justificativa de crise econômica, então temos que ter a mesma consciência quando o assunto é o salário daqueles que são eleitos com o DEVER de garantir o bem-estar da população”. 

Ontem, o presidente da Câmara Municipal de Maricá afirmou que o salário dos vereadores para o quadriênio 2017-2020 não será reajustado. Atualmente, cada parlamentar ganha bruto  R$ 10.200,00 e líquido R$ 7.762,00.

“O reajuste é uma fixação legal de que a cada quatro anos deve ter seu subsídio alterado para a próxima legislatura, em até 25% do que ganha um deputado estadual,  mas aqui não haverá alterações”, garantiu Chiquinho.

Como presidente da Câmara, Chiquinho tem a prerrogativa de não incluir em pauta este projeto de lei do Executivo, que fixa salários em torno de R$ 25 mil para prefeito e R$ 17 mil para secretários, procurador geral e corregedor geral. O reajuste seria de quase 32%. Atualmente, o presidente da Empresa Pública de Transportes (EPT) tem salário de  R$ 22 mil. Uma pergunta: pode isso Arnaldo?

Chiquinho (PP) e Felipe Auni (PSD) são os únicos vereadores oposicionistas ao governo Quaquá. Já os outros nove vereadores nunca votaram contra as mensagens do prefeito, mesmo que não atendam as necessidades da população maricaense. São eles: Hélter Ferreira e Aldair de Linda, ambos do PT, Adelso Pereira (não reeleito) e Frank Costa, ambos do Solidariedade, Tatai (PTB), Bubute (PV), Bidi, do PR e não reeleito, Robson Dutra (PEN) e Felipe Bittencourt (PMDB). 

No próximo quadriênio serão 17 e não mais 11 vereadores e 6 formarão um bloco partidário de oposição ao prefeito eleito Fabiano Horta (PT). O vereador eleito Fabrício Bittencourt (PTB), ex-secretário municipal de Habitação e de Segurança, será o líder do governo na Câmara, cargo hoje ocupado por Robson Dutra nome forte, juntamente com o de Aldair de Linda, para suceder Chiquinho na presidência.

Caso o reajuste salarial não seja votado até o dia 16 de dezembro, quando começa o recesso parlamentar, o projeto de lei será arquivado.

GILSON BARCELLOS