quinta-feira, 24 de setembro de 2020

COMO ESTÁ A SAÚDE DE MARICÁ? ENTREVISTA COM DRA. SIMONE COSTA


O jornal Barão de Inohan esteve com a secretária de saúde Dra. Simone Costa, na segunda feira 24 de agosto, em seu gabinete, acompanhado da sua assessora de comunicação - Paulinha -, respeitando todos os procedimentos de segurança e distanciamento social devido a Covid-19. Por estar a mais de dois metros de distância, solicitamos a Dra. Simone que respondesse as perguntas sem máscara de proteção.


COMO ESTÁ A SAÚDE DE MARICÁ?

Neste primeiro vídeo, perguntamos a Dra. Simone se a saúde de Maricá ia bem.

Simone disse que está andando, dando passos seguros a cada dia, ampliando a rede de atenção básica, o saúde da família, melhorando a estrutura de postos de saúde e tornando a prefeitura mais participativa no dia a dia da saúde da população, deixando claro que a saúde municipal segue regras impostas pela saúde do estado e a federal.

Falou do novo hospital municipal que é uma referência de atendimento - hoje ainda atendendo apenas pacientes da Covid - mas que em breve estará atendendo casos de média e alta complexidade (provavelmente a partir do final de outubro início de novembro), com vinte leitos de CTI, sendo este o grande diferencial, inclusive com o tomógrafo funcionando em breve, sendo o segundo maior do estado, ampliando a quantidade de diagnósticos e atendimento à população.

Falou da excelência da equipe do MELHOR EM CASA que descentraliza e esvazia a ida de pacientes à UPA, e aos hospitais municipais.

O novo hospital municipal será o âncora destes atendimentos no município, mas o Conde será de grande importância na retaguarda destes atendimentos.

Dra. Simone falou das quatro policlínicas em todos os os distritos, sendo de Cordeirinho o primeiro a ser construído.

Falou também da nova policlínica central que será no antigo prédio da CMM,  onde garantiu que será o quartel general da saúde em Maricá.


E O PACIENTE QUE JÁ TEVE A COVID-19, FICA COM SEQUELAS?

Neste segundo vídeo, perguntamos a Dra. Simone sobre os pacientes curados da Covid, se estão prontos para ter uma vida normal, ou se existem sequelas e como são acompanhados.

Dra. Simone deixou claro que todo o acompanhamento que começa ou no Conde ou no novo hospital de Maricá (onde são transferidos os casos mais severos da doença) e que na saída do paciente do hospital, ele é acompanhado por uma equipe do MELHOR EM CASA que é uma equipe multiprofissional com médico, enfermeiro, fisioterapeuta, assistente social, fonoaudiólogo, dentista, que acompanha este paciente que ficou internado, que estava com quadro mais grave.

O segundo passo é ser atendimento e acompanhado por uma equipe de Reabilitação Domiciliar. Estando bem e sendo liberado pela equipe do Melhor em Casa e pela equipe de Reabilitação Domiciliar, o terceiro passo é inserí-lo na estratégia de saúde da família no bairro onde ele mora. Se por acaso, no bairro onde o paciente mora, não exista um Posto de Saúde da Família, existem as equipes Satélites, que vão às residências prestar o devido atendimento e acompanhamento.

O importante é o paciente não se descuidar das outras patologias provenientes da Covid-19 e é este atendimento e acompanhamento que a saúde de Maricá presta a cada paciente.



A TAXA DE LETALIDADE EM MARICÁ

Neste terceiro vídeo, que como mencionamos acima, foi gravado em 24 de agosto, quando Maricá registrava 97 vítimas da Covid, o jornalista Pery Salgado disse que muito provavelmente naquela semana Maricá chegaria aos lamentáveis 100 mortos pela Covid e então quis saber se estes números não seriam alarmantes para uma cidade como Maricá, quais os números em relação à outras cidades da região, a taxa de letalidade e outras informações. 

Dra. Simone disse que Maricá em 24/8 estava com taxa de letalidade de 3,3, a mais baixa da região metropolitana II e a segunda menor de toda a região metropolitana do estado. O estado do Rio de Janeiro, tem hoje uma taxa de 7,25, ou seja, bem superior da de Maricá.

Porém, continuou a secretária, os óbitos vem aumentando e os pacientes com algum tipo de comorbidade acabam agravando o quadro visto que não cuidam se sua doença base e ao pegarem a Covid (que é sistêmica), o quadro fica extremamente preocupante tendo uma evolução do quadro clínico desfavorável, independente da idade., porém, cerca de 70% dos casos de morte em Maricá, são de pacientes acima dos 60 anos.

Hoje (continuou a secretaria), o município faz uma grande quantidade de testes, tanto o rápido (SWAB, com uma média de 500 a 600 testes por semana) quanto o PCR, com uma taxa de positividade destes testes em torno de 10 a 15%.

Informou também que Maricá será o primeiro município do estado a fazer o teste de Sorologia, o que dirá no resultado a quantidade e tipos de anticorpos que o paciente tem. Com isso o município poderá fazer o MAPA VIROLÓGICO para saber quem são os pacientes vulneráveis a ter o vírus do COVID-19.

Sobre a quantidade de óbitos (já explicado acima na taxa de letalidade), o município tem um número menor (proporcionalmente) em relação aos municípios vizinhos, embora o número de casos estejam aumentando. Mas o dado bom, é em relação ao número de pacientes curados, que em 24/8, chegou a 89% de todos os casos confirmados. 

O QUE É COMORBIDADE?
Comorbidade patogênica ocorre quando duas ou mais doenças estão etiologicamente relacionadas; comorbidade diagnóstica ocorre quando as manifestações da doença associada forem similares às da doença primária; e comorbidade prognóstica ocorre quando houver doenças que predispõem o paciente a desenvolver outras doenças.


MARICÁ TEM RECEBIDO MUITOS PACIENTES DE OUTROS MUNICÍPIOS

Neste quarto vídeo, perguntamos a Dra. Simone sobre o ocorrido no Hospital Conde Modesto Leal na terça feira 18 de agosto, quando todos os leitos estavam ocupados, as ambulâncias ficaram um bom período do dia sem atender, visto que suas macas estavam com pacientes nos corredores do hospital, e quisemos saber, se realmente boa parte dos atendimentos do Conde tem sido de pacientes de outros municípios.
Simone explicou que como o hospital Conde Modesto Leal está no sistema SUS, temos sim que atender pacientes que venham sim de outros municípios, ou por meios próprios, ou referenciados pelo sistema de regulação que é único.
Simone também informou que muitos informam o endereço de Maricá, mas quando há o cruzamento de dados com o cartão do SUS, é verificado o real endereço do paciente e depois de atendido, o paciente vai para o sistema de atenção básica, que ai sim, só atende os efetivos moradores de Maricá e aqueles que são de outros municípios, são referenciados para o sistema de saúde da sua cidade para a conclusão do tratamento.



DRA. SIMONE CONFIRMA HOSPITAL MATERNO-INFANTIL DR. ALBERTINHO E HOSPITAL VETERINÁRIO COM CENTRO DE ZOONOSE

Neste quinto vídeo, perguntamos a Dra. Simone sobre o hospital da mulher que receberia o nome do querido Dr. Albertinho e que em matéria exclusiva do Barão com a secretária há dois anos, ela informou que seria a grande obra do prefeito Fabiano na área da saúde e que seria entregue ao final do seu mandato, mas o fato não aconteceu.

Dra. Simone informou que o hospital vai acontecer sim, mas será uma obra para os próximos anos, sendo que o projeto está totalmente aprovado e todos o trabalho de viabilidade financeira já executado e aprovado. Será construído de forma tri-partite, ou seja, com recursos da prefeitura, do governo estadual e federal, pois é um hospital materno-infantil de altíssimo custo e será um prédio com seis andares para diversos tipos de atendimentos voltados à mulher.

Outra boa novidade é o hospital veterinário junto com o centro de zoonose.

Dra. Simone aproveitou para falar também da conclusão das obras dos postos de saúde, com enfase no posto do bairro São Bento da Lagoa.



Neste último vídeo, além dos agradecimentos pelo carinho ao nos receber perguntamos a Dra. Simone sobre os trabalhos da vigilância sanitária no período de pandemia.

Simone falou que é uma ação conjunta com outros órgãos (com apoio da secretaria de segurança e ordem pública, Procon e secretaria de postura) e que em primeiro momento é uma ação educativa, mas que vem a seguir uma ação preventiva e se for o caso uma ação corretiva e até punitiva, para aqueles que não entendem, ou não querem entender, não querem ajudar e que poderão sim, ser penalizados, multados e em casos de comércios, até fechados, impedidos de exercer o seu trabalho.



Agradeceu também a mais uma oportunidade dada pelo jornal Barão de Inohan de expor suas ideias e falar para a população dos trabalhos e conquistas da saúde em Maricá e fez uma grande homenagem aos profissionais da saúde de Maricá, em todos os setores, principalmente àqueles que estão na linha de frente do Covid-19, sendo todos, em todos os níveis, os verdadeiros heróis no combate a esta pandemia.