Com dobradinha brasileira no lugar mais alto do pódio chegou ao fim no domingo (14/07) o I Campeonato Sul-Centro Americano de Beach Handball de Maricá. Elogiado por atletas e pelo público devido a sua qualidade e organização o evento, que teve início no dia 11 de julho, movimentou as areias da Praia da Barra, consagrando Maricá como a “Capital Mundial do Beach Handball”. Além das seleções brasileiras participaram da competição as seleções masculinas e femininas da Argentina, Chile, Equador, Paraguai e Uruguai.
Se na arena, estrutura montada especialmente para o campeonato na altura da Rua João Frejat (antiga Rua 13), a alegria ficou por conta da vitória dos nossos atletas, fora dela comerciantes, donos de hotéis e pousadas comemoravam o aumento expressivo no número de clientes, hospedes e faturamento.
“Maricá demarca hoje um campo de afirmação dela do ponto de vista interno tendo os esportes litorâneos como uma virtude da cidade”, afirmou o prefeito Fabiano Horta. “Queremos cultivar para além do handebol de areia outras modalidades como o futevôlei, o vôlei de areia, ou seja, temos um potencial muito grande que estamos evidenciando com esse campeonato. Estamos projetando a cidade para fora e nesse sentido se integrando coletivamente com países da América latina”, avaliou o prefeito.
“Nossa cidade está sendo muito visitada, são centenas de pessoas que vieram participar deste evento e isso gera um movimento em vários setores, além de fazê-la ser conhecida, de pertencer a circuito mais amplo do ponto de vista esportivo. O que vemos aqui é uma grande troca quando alunos da rede municipal e professores dos nossos projetos esportivos, durante mais de 15 dias, participaram de oficinas com os atletas, treinando e aprendendo sobre essa modalidade, da qual, iremos construir, muito brevemente, na cidade um grande centro de treinamento”, anunciou o prefeito.
“Não há duvidas de que o campeonato foi um sucesso”, disse o presidente do Novo Beach Handball Brasil (NBHB), Thiago Gusmão. “Durante 45 dias a prefeitura de Maricá, a Secretaria de Esportes e a NBHB trabalharam intensamente para que nesses quatro dias de campeonato isso fosse possível e acredito que o nosso maior legado para o município é deixar aqui essa semente de uma modalidade que vem crescendo no mundo e que precisa de renovação. Não ficarei surpreso se no futuro tivemos atletas de Maricá jogando na seleção brasileira de Beach Handball”, ressaltou Thiago.
“Viemos para essa competição com o principal objetivo de conseguir a vaga para o mundial na Itália o que conseguimos com a vitória na semifinal, então pudemos jogar a final contra a Argentina com a cabeça muito tranquila. O jogo não foi fácil, mas estudamos muito o adversário e agora estamos muito felizes por ter conquistado mais essa medalha para o Brasil. A torcida foi mais um jogador em campo e estou sem palavras para agradecer a Maricá, a recepção, o acolhimento, o contato que tivemos com os alunos da rede municipal, o local de treinamento, enfim, foi uma experiência única, nunca vivenciei isso”, confessou Ingrid Frazão, goleira da seleção feminina de Beach Handball.
“O sentimento de vitória é sempre maravilhoso. Trabalhamos muito para estar aqui e esse campeonato foi muito bom. Todas as equipes estavam em um nível bem alto, a estrutura da competição estava muito boa, foi muito bom poder vir para Maricá jogar. Para nós que somos do Rio foi muito bom poder contar com a torcida de muitos amigos, familiares, então foi maravilhoso. Nossa equipe sempre foca muito em poder disseminar essa modalidade por onde nós passamos e em Maricá não foi diferente. Esse trabalho é fundamental para termos novos atletas e torço para que novos atletas possam ser formados em Maricá”, falou Pedro Salvador, goleiro da seleção masculina de Beach Handball.
“Um campeonato com esse é um teste para a cidade e ver que o maricaense abraçou a modalidade significa que passamos. O Beach Handball é uma modalidade olímpica e vai de encontro ao que a prefeitura deseja que é tornar Maricá referência no esporte de praia. Temos condições para isso é o município hoje, com esse campeonato, mostra para o mundo a nossa capacidade em realizar com qualidade grande eventos esportivos”, concluiu o secretário de Esporte e Lazer Filipe Bittencourt.
“Desde que começaram as preparações para esse campeonato na cidade que a rotina da minha pousada mudou. O movimento cresceu. Recebi muitos hóspedes, o que para essa época do ano não é comum. São atletas, profissionais que vieram trabalhar no evento, mas a maioria são pessoas que estão em Maricá para ver os jogos, inclusive no momento tenho até uma hóspede australiana”, comemorou Rosangela da Paixão Rodrigues, proprietária há mais de 10 anos de uma pousada no bairro de Araçatiba. “Que mais iniciativas como essa aconteçam. Estou muito grata a Prefeitura pela organização não somente desse evento mas de tantos outros que tem acontecido na cidade ao logo de todo o ano”, agradeceu a empresária.
“Trabalho vendendo meu açaí na orla de Araçatiba, mas quando tem evento aqui na Barra eu não perco um e esse em especifico foi maravilhoso. Vendi açaí até para americano”, revelou Ana Cristina Souza. “O atleta gosta para repor as energias e para mim dá muito lucro, então no final todo mundo fica feliz”, frisou Ana Cristina.
Acompanhado de vários amigos, Rafael Tesser, de Porto Alegre, contou que veio do Rio Grande do Sul, de carro, só para curtir o campeonato e prestigiar os atletas da seleção brasileira. “Estamos surpresos com toda essa estrutura, tudo muito organizado, padrão internacional e uma torcida incrivelmente animada. Temos um time na região de Sapucaia do Sul, por isso estamos sempre envolvidos com o esporte. Decidimos vir de carro mesmo, pois há muito tempo a Seleção Brasileira não jogava em casa e nos vimos na obrigação de vir torcer pelos nossos atletas que são os melhores do mundo na modalidade”, frisou Rafael.
