sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

MARICÁ PODE TER QUEDA DE MAIS DE 80% NOS ROYALTIES

Petrobras reduz investimentos e desacelera ritmo de projetos

'Vamos reduzir o investimento e evitar contratar novas dívidas', disse Graça.
Obras em refinarias estão em ritmo mais lento e ativos serão vendidos.


Petrobras afirmou nesta quinta-feira (29) que irá reduzir os investimentos e desacelerar o ritmo de alguns projetos em razão da atual situação financeira da companhia e das perdas relacionadas ao esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato.
Segundo a presidente da estatal, Graça Foster, a carteira de exploração da Petrobras vai se restringir ao "mínimo necessário".
O investimento previsto no plano de negócios foi revisto para US$ 42 bilhões por ano, redução de 25%. No fim de 2015 haverá desinvestimentos (venda de ativos) de US$ 3 bilhões, perto do que foi registrado em 2014 de US$ 3,5 bilhões.
"A essência do plano é a revisão do crescimento da Petrobras em 2016. Vamos reduzir o investimento, e evitar contratar novas dívidas. A área de produção que era prioritária, hoje toma maior dimensão", disse Graça.
A Petrobras estimou que encerrará 2015 com caixa entre US$ 8 bilhões e US$ 12 bilhões, o que permitirá à companhia evitar captações de novos recursos ao longo do ano.
Impacto nas operações

O ritmo das obras está desacelerando tanto no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) como na Refinaria Abreu e Lima (Rnest), disse o diretor de Abastecimento, José Carlos Cosenza. Não há previsão para a entrada em operação do  segundo trem da Rnest por conta das investigações das empresas citadas na Operação Lava Jato, situação que também afeta o Comperj.

O ritmo lento nas obras da refinaria também é um recurso para que a empresa consiga reduzir o investimento em 2015. Assim como a paralisação nas obras da unidade de fertilizantes do Mato Grosso do Sul devido ao rompimento do contrato com os construtores no fim de 2014 e a venda e ativos programada para o fim de 2015 no valor de R$ 3 bilhões.
"Financiabilidade em 2015 é o nosso norte", afirmou o diretor de Exploração e Produção da Petrobras, José Formigli. "A empresa vai ter uma seletividade imensa para participar de um futuro leilão de petróleo. A gente vai avaliar muito bem se  vale a pena participar", completou.
A presidente da Petrobras, Graça Foster, disse que somente em junho a companhia poderá ter certeza de variáveis como câmbio, preço do Brent, Operação Lava Jato para poder elaborar seu Plano de Gestão e Negócios (PGN).
"Seria prematuro apresentar um plano de gestão e negócios com a robustez que ele precisa ter", disse ela em resposta a perguntas de acionistas.
A produção de petróleo, segundo Formigli, deverá ser de 2.125 mil barris por dia, em média, em 2015, uma aumento de 4,5% em relação a 2014. Mas será menor que a média de dezembro de 2014, de 2.200 mil barris ao dia. Isso porque, segundo Formigli, a empresa precisa melhorar a eficiência das plataformas e as paradas programadas serão maiores do que as ocorridas em 2014.
Cálculo de perdas

Com dois meses de atraso, a Petrobras divulgou na madrugada da quarta feira 28 de janeiro, o balanço do terceiro trimestre de 2014, mas sem as baixas por corrupção. A estatal informou que teve lucro líquido de R$ 3,087 bilhões, uma queda de 38% em relação ao trimestre anterior.

Segundo a presidente da Petrobras, as contas auditadas da companhia serão divulgadas no menor prazo possível, mas não deu previsão de quando será isso. Ela disse ainda que as perdas com corrupção podem ser ainda maiores do que os cálculos preliminares, dependendo do andamento das investigações.
"Novas informações oriundas das investigações em curso podem resultar em novos ajustes", destacou Graça. "O caixa da Petrobras não é afetado por ajustes decorrentes da corrupção, nem a geração operacional tem qualquer tipo de influência dos ajustes decorrentes da corrupção", disse a executiva.
Esta semana, a Petrobras deu uma sinalização do tamanho das baixas contábeis que poderá ter que registrar, ao declarar que a avaliação de 52 empreendimentos em construção ou em operação citados na Lava Jato estão com valor contábil mais de R$ 60 bilhões acima de seu valor justo. No entanto, o Conselho optou por não ratificar a abordagem do valor justo para os ativos, por entender que todas as variáveis responsáveis pela baixa ainda não são conhecidas.
"Decidimos não usar a metodologia do valor justo para ajustar os ativos imobilizados devido à corrupção, pois o ajuste seria composto de elementos que não teriam relação direta com pagamentos indevidos", explicou Graça Foster.

Preços dos combustíveis

Graça Foster admitiu que os preços dos combustíveis no Brasil estão acima dos praticados no exterior, mas disse que isso deve ser mantido.

"Vou trabalhar, como tenho trabalhado intensamente, para que a gente mantenha esses preços. É importante  para o caixa da companhia, mesmo com perda de parte do market share [participação de mercado] porque outra companhias vão entrar no mercado", disse a executiva. "Mas é importante essa diferença a favor do caixa da Petrobras em 2015 e 2016". (G1)

MARICÁ PODERÁ TER REDUÇÃO DE MAIS DE 80% NOS ROYALTIES EM POUCOS MESES




Maricá será um dos municípios mais afetados com o corte de produção. Além de todos os problemas que o PT produziu na Petrobrás, o preço do petróleo despencou no mercado internacional e não há tendência de alta nos próximos 6 meses, pois os Emirados Árabes e os Estados Unidos jogaram o preço do barril para o ralo. Em outubro do ano passado o barril custava US$ 100 dólares e agora está na faixa dos US$ 45. Acontece que para a Petrobrás retirar petróleo de águas profundas o custo já é bem maior que nos poços rasos dos existentes nos Estados Unidos e Emirados e aumenta substancialmente se for retirado do pré-sal. O custo de produção do barril no pré-sal fica na faixa de US$ 47 dólares, ou seja, hoje é mais negócio deixar esse petróleo guardado (numa espécie de poupança), do que pagar caro para vende-lo com prejuízo. E não tendo produção, não tem pagamento de royalties. Hoje, 80% do que Maricá recebe de royalties vem da produção do pré-sal e o restante da proximidade com poços de águas profundas fora do pré-sal. Com isso, a arrecadação de royalties pode voltar a níveis do último ano do governo de Ricardo Queiroz, o que irá LITERALMENTE QUEBRAR AS FINANÇAS DA PREFEITURA DE MARICÁ que irá demitir centenas e até mesmo acabar com o CARTÃO MUMBUCA, já que o prefeito afirmou que este está sendo pago com dinheiro dos royalties (o que é proibido por lei federal votada em 2014, que destina esses recursos para saúde e educação).  (Barão de Inohan)
Cartão Mumbuca pode naufragar

Petrobras admite possibilidade de não pagar dividendos a acionistas

Contas auditadas sairão no menor prazo possível, afirma presidente.
Presidente diz que trabalha para manter combustíveis mais caros.


A Petrobras admitiu nesta quinta-feira (29) a possibilidade de não pagar dividendos a acionistas, dependendo da avaliação da situação financeira da companhia. Dividendos correspondem a parcela dos lucros da companhia que são distribuídos entre os acionistas.
“Há a possibilidade, ainda não colocada no momento, mas que poderá ser considerada. Se julgada por qualquer companhia que há uma situação de estresse financeiro, há possibilidade não haver dividendos. É uma alternativa que poderá ser considerada, a depender da avaliação financeira da companhia”, disse o diretor financeiro da estatal, Almir Barbassa, em teleconferência com analistas e investidores.
O diretor admitiu até mesmo a possibilidade de não pagamento de dividendos, mesmo na hipótese de confirmação de lucro na consolidação dos resultados de 2014, e a constituição de uma reserva especial. Ele explicou, porém, que qualquer decisão sobre o pagamento ou não de dividendos dependerá da aprovação do conselho fiscal e de administração da companhia.

'Pode durar 1, 2 ou 3 anos'

Segundo ela, no entanto, a baixa contábil dos valores atribuídos a corrupção poderá levar alguns anos para ser totalmente ajustada e incorporada nos balanços da companhia.

"Existe a investigação da Operação Lava Jato do MP do Paraná, que não tenho menor ideia de quanto tempo levará. Dentro da Petrobras, tenho uma investigação interna em que a prioridade é a alta administração da companhia, diretoria, gerentes executivos. Os advogados que nos atendem dizem uma investigação dessas numa empresa do porte da Petrobras, em geral, pode durar um, dois ou três anos. Se houver impactos no resultado, serão baixados do resultado; se tiver impacto nos quadros, essas pessoas também serão afetadas", disse a presidente da Petrobras.

Fluxo de caixa

A maior empresa nacional está naufragando
A Petrobras estimou que encerrará 2015 com caixa de entre US$ 8 bilhões e US$ 12 bilhões, o que permitirá à companhia evitar captações de novos recursos ao longo do ano.

O investimento previsto no plano de negócios da Petrobras foi revisto para US$ 42 bilhões por ano, redução de 25% .
A companhia prevê ainda levantar US$ 3 bilhões com desinvestimentos (venda de ativos) no ano.
Segundo Graça, a essência do plano de negócios é a revisão do crescimento da empresa. "É reduzir investimentos, rever e e evitar contratar novas dívidas para atender a toda a demanda dos investimentos que tínhamos. A área de produção que era prioritária, hoje toma maior dimensão", afirmou.

Impacto das investigações nas operações

O diretor de Abastecimento da Petrobras, José Carlos Cosenza, disse que não há previsão para a entrada em operação do segundo trem da Refinaria Abreu e Lima (Renest) por conta das investigações das empresas citadas na Operação Lava Jato.

Segundo ele, o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) também passou a ter operação mais lenta por conta das investigações.
Graça Foster afirmou que o custo aproximado da investigação interna sobre as denúncias da Operação Lava Jato chegarão a R$ 150 milhões em 2015. "Esse valor se refere a toda esta investigação, todo um trabalho de tecnologia de informação, todo o apoio juridico", disse.
As ações da petroleira seguiam em queda nesta quinta-feira, após tombo de mais de 11% na véspera. Tanto os papéis preferenciais quanto os ordinários tinham queda de mais de 4% por volta das 16h. No mesmo horário, o Ibovespa recuava 0,38%. (G1)