Seleção brasileira sofre, mas supera a melhor defesa do torneio por 2 x 1 e é campeão mundial
A Seleção Brasileira sub-17 é a campeã do mundo de 2019. Na final deste domingo (17/11) no Estádio Bezerrão, no Gama, o Brasil bateu o México por 2 x 1 e conquistou, com 100% de aproveitamento, sua quarta taça de Copa do Mundo Sub-17. Após sair perdendo já na etapa final, a seleção buscou forças para virar e bater o México por 2 x 1, com gols de Kaio Jorge e Lazaro, o iluminado.
O início da primeira etapa inflou os 13.843 torcedores presentes no Bezerrão. Com muitas chances de abrir o placar, a seleção brasileira pecou na hora de arrematar e deixou o México crescer do meio para o fim do tempo inicial. E foi para o vestiário com 0 x 0 no placar.
A segunda etapa foi marcada por nervosismo das duas partes. Os jovens, de ambas as seleções, de 16 e 17 anos sentiram a pressão de estar na final da primeira Copa do Mundo. Erros de passe e precipitações nas jogadas tomavam conta dos últimos 45 minutos. O jogo estava morno até que o México abriu o placar e segurou o ímpeto brasileiro.
Lance a lance
Aos 12 minutos, o Brasil começou pressionando e João Peglow bateu bem de fora da área. A bola passou a esquerda de Eduardo Garcia, arqueiro mexicano. Um minuto depois, Pedro Lucas faz bom cruzamento, a bola passa por Kaio Jorge e encontra Veron sozinho que, na pequena área, entrou batendo por cima do travessão.
A torcida brasileira se animava ainda mais com a pressão dos donos da casa. Aos 17, Kaio Jorge divide com o lateral mexicano, dribla o zagueiro e rola para fora da área. João Peglow dominou, arriscou um canudo e viu a bola estourar no travessão mexicano. Cinco minutos depois, Veron passou por três adversários e bateu com perigo para fora.
O Brasil levava perigo, mas não conseguia abrir o placar. Aos 24, em cobrança de falta na entrada da área. O México chegou pela primeira vez. Efrain Alvarez bateu bem e a bola raspou o travessão. O México começava a gostar do jogo.
Aos 34, o atacante Santiago Munoz passou por quatro brasileiros e a bola sobrou para Pizutto que bateu fraco para boa defesa de Donelli.
Mas o Brasil respondeu rápido. Veron entrou com velocidade na área, cortou o zagueiro e bateu com desvio, a bola passou raspando o travessão. A canarinha chegava com perigo, mas pecava nas finalizações.
O fim do primeiro tempo mostrava superioridade e nervosismo pelo lado brasileiro. Foram 10 finalizações para os donos da casa contra três dos mexicanos.
O início da segunda etapa não foi diferente. O Brasil começou pressionando, mas faltava tirar a bola das mão de Eduardo Garcia, goleiro mexicano. A torcida diminuiu o ritmo e viu os jogadores brasileiros ficarem nervosos. Aos 10 minutos, Dalla Dea tirou Pedrinho e colocou Matheus Araújo, meio campista que tinha atuado apenas 14 minutos no Mundial.
O Brasil seguia com a posse de bola no campo ofensivo, mas sem levar muito perigo. Até que o lateral esquerdo Patryck arriscou um chute cruzado e exigiu boa defesa de Garcia. João Peglow chamou a responsabilidade. Driblou um marcador, entrou na área e bateu para fora. Brasil dominava a partida, tinha as melhores chances, mas o 0 x 0 persistia.
Mas a máxima do futebol apareceu. “Quem não faz leva”. O México não tinha nenhuma finalização na segunda etapa. Até que o capitão Pizutto recebeu a bola na lateral esquerda e cruzou. O camisa 11 Bryan Gonzalez subiu entre Luan Patrick e Patryck e testou firme. Sem chances para Donelli.
O domínio brasileiro seguiu. Dalla Dea tirou João Peglow e colocou o talismã Lazaro, autor do gol da classificação contra a França na semifinal. E o tempo passava. Brasil tinha 16 finalizações contra seis do México. Faltavam 15 minutos para o apito final e o empate persistia no placar.
Há 10 minutos do fim, Gabriel Veron dominou a bola dentro da área e tocou para Lazaro que bateu em cima da marcação. A bola sobrou quase no círculo central e Daniel Cabral arriscou direto no travessão. Assim que a bola saiu, o árbitro foi chamado pelo VAR. Todo mundo na expectativa sem saber o que seria consulta.
Era uma checagem de pênalti sobre Gabriel Veron. Ele tocou a bola para Lazaro e recebeu um carrinho. O árbitro não demorou para ver e marcar a penalidade máxima para o Brasil. Kaio Jorge pegou ela e colocou na marca da cal. Respirou fundo e colocou no fundo. Brasil empatava faltando 8 minutos.
Já nos acréscimos, quando todo mundo aguardava os pênaltis, Kaio Jorge recebe no meio campo e abre a bola no Yan. Que faz belíssimo cruzamento para Lazaro. O atacante com estrela. Ele chegou bem na bola e finalizou com tranquilidade para virar o jogo e garantir o título para o Brasil.
Caminho do México até a final
Paraguai 0 x 0 México
México 1 x 2 Itália
México 8 x 0 Ilhas Salomão
Japão 0 x 2 México
México 1 x 0 Coreia do Sul
México (4) 1 x 1 (3) Holanda
Brasil 2 x 1 México
*Avançou para a segunda fase em terceiro do Grupo F, com 4 pontos.
Caminho do Brasil até a final
Brasil 4 x 1 Canada
Brasil 3 X 0 Nova Zelândia
Brasil 2 x 0 Angola
Brasil 3 x 2 Chile
Brasil 2 x 0 Itália
Brasil 3 x 2 França
Brasil 2 x 1México
*Avançou para a segunda fase em primeiro do Grupo A
Ficha do jogo:
Ficha técnica
Brasil 2 x 1México
Estádio Bezerrão
Público: 13.843 pagantes
Renda: R$ 189.760,00
Brasil
Matheus Donelli; Yan Couto (Garci), Henri, Luan Patrick e Patryck; Daniel Cabral e Diego; Veron, Peglow (Lázaro) e Pedro Lucas (Matheus Araújo); Kaio Jorge.
Técnico: Guilherme Dalla Déa
Gols: Kaio Jorge e Lazaro.
Cartões amarelos: Daniel Cabral
México
Mendonza; Emilio Lara, Guzman, A. Gomez e R. Martinez; J.Martinez e Pizzuto; Bryan Gomez, Luna (El-Mesmari) e Alvarez (Ávila); Munoz (Gomez).
Técnico: Marco Ruiz
Gol: Bryan Gonzalez