quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Editorial: A saúde da República depende de vigilância permanente. Mas quem pode fazer isso por você?

Caro leitor,

Nos últimos anos, vimos as estruturas de poder serem dissecadas pela maior operação anticorrupção já vista no Brasil.

Um ex-presidente da República está recolhido à cadeia, o país assistiu a mais um impeachment, o atual inquilino do Planalto está indiciado pela polícia e dezenas de outros protagonistas da cena nacional viram seu capital político se desmilinguir.

Espera-se que o próximo presidente, beneficiário da onda saneadora trazida pela Lava Jato, consiga cumprir a promessa de extirpar da máquina pública o velho toma lá dá cá que escancara as portas para a roubalheira e deixa bilhões de reais escorrerem pelo ralo da corrupção.

Também é de se esperar que, à diferença de seus antecessores, o novo ocupante da cadeira presidencial veja o jornalismo sério e profissional como ele é: um instrumento necessário à democracia e ao aperfeiçoamento do estado e de suas instituições.

É preciso vigilância permanente.

Pelo futuro do Brasil.

Mas não conte com a grande imprensa nessa tarefa.

Ela não está vigilante como deveria, por uma série de comprometimentos. É nesse momento que á pequena e média mídia, a mídia das pequenas e médias cidades, os blogs verdadeiros, os jornais impressos que não são apadrinhados por governos, é que serão o fiel da balança e estarão sempre ao lado do leitor e do eleitor.