sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Diretor da Transparência Internacional defende investigação rápida sobre acidente de Teori


A morte do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavaski repercutiu no Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça. Em entrevista à Globonews, o diretor da Transparência Internacional, Cobus de Swardt, deu condolências à família e defendeu uma investigação rápida do que levou à queda do avião que matou Zavaski e outras quatro pessoas.

— É crítico que haja um movimento rápido para uma investigação completa que tenha reconhecimento internacional para a sua independência e chegar até a origem dos fatos —disse Swardt.

Segundo ele, o fato de Teori ser o relator da operação Lava-Jato — que revelou um esquema de corrupção na Petrobras envolvendo políticos e grandes empresários — torna importante que a investigação seja profunda. Essa é a maneira de manter a credibilidade do Brasil no processo de combate à corrupção:

— Não sou brasileiro, sou sul-africano e, como ativista, eu vi muitos ativistas que fazem coisas boas pela justiça social morrerem em casos suspeitos de acidentes de carros, como na fronteira da Africa do Sul com Moçambique, onde o avião do presidente de Moçambique na época Samora Machel caiu. Até hoje há dúvidas se o antigo regime do Apartheid teve envolvimento nisso. Se houve um crime, é preciso descobrir. É muito importante para a credibilidade do Brasil investigar isso profundamente, abertamente, de forma transparente.