Brasil precisa de 'mais Estado' e 'menos mercado', diz líder do governo
No dia da posse de Barbosa, Guimarães defendeu mais gastos e crédito.
Para ele, Tesouro deveria emprestar mais a estados e deixar dívida crescer.
Um inconsequente! Um louco em pensar em aumentar a dívida interna do Brasil!
No dia da posse de Nelson Barbosa no Ministério da Fazenda, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), defendeu nesta segunda-feira (21) menos "ajuste fiscal", mais crédito para consumo, liberação de empréstimos aos estados e aumento da dívida para "reaquecer a economia".
Ao falar da saída de Levy do comando da política econômica, o petista avaliou ainda que o Brasil precisa de "menos mercado" e "mais Estado".
"Eu defendo que a Fazenda tem que liberar empréstimos para os estados. Vários estados estão precisando. Aumentar um pouquinho [a dívida], não tem problema não. Eles têm margem de endividamento. Se reaquece a economia estadual, reaquece a nacional também. Não pode mais ficar esse casulo de segurar, segurar. Já segurou demais", afirmou.
Na última sexta (18), o governo anunciou a substituição de Joaquim Levy por Nelson Barbosa no comando da Fazenda. A troca marca uma mudança na orientação da política econômica, com a vitória para a ala do PT que defende menos ênfase ao ajuste fiscal e mais incentivo a produção e consumo.
Guimarães elogiou a ida de Barbosa para a Fazenda e disse ele deve evitar "ajuste pelo ajuste".
"O ajuste que eu defendo é virar a página. Ajuste pelo ajuste não mais. Ajuste para retomar o crescimento. E acho que essa é a missão do Nelson Barbosa. Não é do mercado, mas acho que o Brasil precisa nesse momento de mais Estado e menos mercado", defendeu.
Guimarães disse ainda que falava para Levy que ele deveria liberar mais dinheiro para os estados em vez de focar na contenção de despesas. "Eu tive uma relação muito boa com ele. Eu conversava quase todo dia com ministro Levy. Eu dizia: 'você está errado, tem que liberar dinheiro para os estados'", relatou.
O líder do governo defendeu que seja feita uma reforma na Previdência nos próximos anos e disse que, apesar de defender incentivos à produção, manterá como prioridade a aprovação das medidas do ajuste fiscal propostas por Levy e que ainda não foram votadas pelo Congresso.
"Continuam sendo prioridade. Vamos concluir o ajuste, manter o equilíbrio, mas não ficar só aí. Temos que pilotar a retomada do crescimento. Medidas para reaquecer a economia precisam ser tomadas. Apostamos que 2016 pode ser o ano da retomada."