sábado, 3 de agosto de 2019

TRAGÉDIA ANUNCIADA EM CONDOMÍNIO DE ITAIPUAÇU!: PITBULLS DESTROÇAM CADELA


Circula em rede social o grito de dor e de alerta da proprietária da cadela Paçoca, uma bulldogue inglesa, extremamente dócil e "estabanada" como defini sua dona. Em seu comovente relato, postando na sexta feira 02 de agosto, fica um desabafo, uma denúncia e um sinal de alerta para as autoridades. Após o desabafo da proprietária da "Paçoca", informações relevantes do coordenador da antiga escola de socialização de cães e atual SocializaCÃO, que é o projeto de socialização de cães que acontece na AMASJI.


"Nossa cadela Paçoca foi assassinada por 2 pitbulls.
Sabe aquelas tragédias que você assiste em jornais, vê se anunciando bem ao lado da sua casa sem poder fazer nada e quando menos espera acontecem com você?
Ed Rocha e Dani Rocha são criadores desta raça para venda, porem a residência em que eles fazem esse comercio, vizinha a nossa, não havia nenhuma estrutura para tal. Mesmo tendo sido avisados pelas veterinárias que a cadela estava tendo desvio comportamental, nada foi feito.

Na ultima quinta-feira, os cães fugiram, invadiram a casa e foram direto atacar Paçoca, deitada em seu cantinho de sempre. Os ferimentos foram tantos e tão profundos ao ponto de arrancar seus caninos e estraçalhar toda sua boca e corpo. Ela não resistiu e veio a óbito em 28/07, três dias depois do ataque, após muita luta pela vida.

Tudo que aconteceu com Paçoca foi um massacre. Pessoas que não sabem cuidar de Pitbulls, não poderiam ter Pitbulls pra entrarem na casa do vizinho e acabarem com a vida de um ser tão iluminado e indefeso. Poderia ser uma criança, um idoso, um homem, uma mulher... mas nossa Paçoca não era menos importante e sofreu, como não merecia ter sofrido.

Paçoca virou mártir, porque talvez evitou a morte de outro alguém que estivesse na casa e que seria tão estraçalhado como ela foi. Agora ficam no ar algumas perguntas: Quem irá parar essas “pessoas”, que criam esses cães, que na primeira oportunidade, entram na casa do outro e fazem o que fizeram? Desculpas serão suficientes e trarão nossa Paçoca de volta? Quem trará de novo nas nossas festas uma estabanada que saía esbarrando e empurrando tudo, achando que era pequena, quando na verdade era imensa?"


FABIANO NOVAES, COORDENADOR DO PROJETO "SOCIALIZACÃO", DÁ INFORMAÇÕES EXTREMAMENTE IMPORTANTES SOBRE ESTE ASSUNTO

"Vendo a matéria assim que foi publicada, entrei em contato com o jornalista Pery Salgado, parabenizando pela denúncia e pela matéria deste triste fato e passando informações que creio, serem relevantes e importantes para o momento.

Existem criadores que visam apenas o lucro e não dão a mínima para a criação e seleção da raça. Este criador deve ser denunciado na delegacia por crime de maus tratos e ameaça aos demais moradores.

Estes cães, pelo que li na matéria, apresentam desvio comportamental, pois no período social deveria ter feito a socialização adequada destes animais com outros cães e com todas as situações de convívio social no qual eles devem passar por toda vida.

Acontece que a falta de conhecimento e a incapacidade de buscar o conhecimento, fazem com que sejam criados estes desvios de conduta. A culpa não é da raça e muito menos dos cães, mas das pessoas que cuidam.

Outra coisa, estes cães podem trazer problemas maiores, pois o que motivou a briga inicialmente é o espírito de caça, que é comum nos animais. A falta de socialização, provoca uma agressividade com outros animais, que podem não acontecer com humanos, mas se tratando de um comportamento motivado por estímulos de caça, estes animais, podem confundir os movimentos de uma criança, com os movimentos de uma lebre por exemplo, que pula e corre em fuga e daí sim acontecer um acidente mais grave".

Fabiano Novaes, é coordenador do projeto SocializaCÃO, que acontece na AMASJI - Associação de Moradores de São José de Imbassai. Fabiano um profissional na parte de comportamento animal.
Atualmente existe uma turma em andamento, o trabalho é de fundo social e acontece aos sábados. O foco é orientar as pessoas para evitar estes tipos de fatos.