sábado, 8 de setembro de 2018

JOSÉ DIRCEU EM MARICÁ: VISITA, OU MISSÃO ESPECIAL

Ex prefeito de Maricá em Brasilia entregando sua biografia ao padrinho José Dirceu
Há menos de um mês das eleições de 2018, José Dirceu, condenado na Lava Jato há 21 anos de prisão por formação de quadrilha, desvios de verbas e outras condenações, está em Maricá, com uma comitiva de aproximadamente dez pessoas, devidamente instalado no Hotel Casa&Mar em Ponta Negra, distrito do município da região dos lagos fluminense para um "encontro" com a juventude petista de Maricá para falar sobre TORNOZELEIRAS ELETRÔNICAS (que tema!!!!!??????).

O encontro aconteceu na manhã do sábado na sede social do Esporte Clube Maricá, para um pequeno público. Mas será que este foi realmente o motivo da vinda de José Dirceu à maricá, há menos de um mês das eleições?


Segundo informações que chegaram à nossa redação por volta das 13 horas, José Dirceu (bem mais magro e menos abatido), foi visto frequentando a academia de ginástica do mega empreendimento hoteleiro de Maricá, enquanto sua esposa, fazia massagens relaxantes em outra dependência do complexo hoteleiro.

Apesar de estarmos num feriado nacional, dificilmente José Dirceu viria à Maricá apenas para passeio e não há nenhuma grande programação do PT (seu partido, onde ele continua sendo a grande cabeça pensante) que esteja agendada para que ele participe.


O que se cogita, é que ele tenha vindo para articular ações com o grupo político da região que tem seu grande aliado e afilhado, o presidente estadual do partido Washington Siqueira - o Quaquá, que vem como candidato a deputado federal (embora esteja inelegível).

Também é sempre bom lembrar, que Maricá é hoje o município que mais arrecada recurso dos royalties em todo o Brasil e que é o único município do estado do Rio (que tem 92 municípios), que ainda está em mãos petistas. Fica então o questionamento: PASSEIO, OU MISSÃO ESPECIAL???



CONFIRA OS ÚLTIMOS PASSOS DE JOSÉ DIRCEU

STF decide manter em liberdade José Dirceu, condenado à prisão na Lava Jato



Na sessão da terça-feira (21/08), os ministros da Segunda Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) decidiram manter em liberdade o ex-ministro José Dirceu (PT), condenado a 30 anos e 9 meses de prisão em processo da Operação Lava Jato.

A decisão, tomada por maioria de 3 votos a 2, confirmou decisão da Turma que, em junho, decidiu libertar Dirceu da prisão sob o argumento de que havia probabilidade de sucesso nos recursos apresentados pelo ex-ministro aos tribunais superiores contra sua condenação. 

Votaram a favor da liberdade de Dirceu os ministros Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski. Os ministros Edson Fachin e Celso de Mello votaram pela prisão do ex-ministro.

A decisão mantém a liberdade de Dirceu até que o STJ (Superior Tribunal de Justiça) julgue o recurso do ex-ministro contra a condenação da Lava Jato.

Na sessão de junho, a Segunda Turma concedeu liberdade a Dirceu por 3 votos a 1. O ministro Celso de Mello não participou daquela sessão.

Ao analisar os processos de Dirceu e Genu, o STF entendeu que eles poderiam ter a pena reduzida ao indicar aparentes erros na fixação do tempo de prisão pelo TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), tribunal de segunda instância que julga os processos da Lava Jato. 

O advogado de Dirceu, Roberto Podval, afirmou que a decisão da 2ª Turma é "coerente" e que "seria uma injustiça" manter preso um investigado que depois poderia ter a liberdade concedida em recurso aos tribunais superiores. "Vários dos atos ali descritos já estão prescritos", disse Podval. 

O advogado também afirmou que Dirceu é inocente em relação às acusações feitas contra ele no processo.

Dirceu foi condenado pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa em processo no qual ele foi acusado de ter recebido cerca de R$ 15 milhões em propina da empreiteira Engevix. Os pagamentos teriam ligação com contratos da construtora com a Petrobras obtidos via licitações fraudulentas e, segundo a sentença, foram feitos sob a fachada de consultorias supostamente nunca prestadas por Dirceu.

Também na sessão desta terça-feira, em processo semelhante ao de Dirceu, a Segunda Turma decidiu, por 3 votos a 2, manter a liberdade do ex-assessor do PP João Cláudio Genu, condenado a 9 anos e 4 meses de prisão na Lava Jato. 

Genu também teve o cumprimento da pena suspenso em junho pela Segunda Turma, na mesma sessão que decidiu pela libertação de Dirceu.

E COMO FOI A CONCESSÃO DA SOLTURA?

Justiça autoriza que José Dirceu cumpra pena da Operação Lava Jato em Brasília
Decisão da 12ª Vara Federal de Curitiba é desta quinta-feira (7). Ex-ministro foi condenado a 30 anos e 9 meses de prisão.



O juiz Danilo Pereira Júnior da 12ª Vara Federal de Curitiba autorizou nesta quinta-feira (7) que o ex-ministro José Dirceu cumpra a pena a qual foi condenado na Operação Lava Jato em Brasília (DF). O pedido de permanência foi feito pela defesa do ex-ministro.

Dirceu foi condenado por corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro em um processo que investiga irregularidades na diretoria de Serviços da Petrobras. Neste processo, a pena dele é de 30 anos e 9 meses de prisão.

O ex-ministro se entregou à Polícia Federal em 18 de maio, após o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre (RS), negar por unanimidade o último recurso na segunda instância. Ele foi levado para a Penitenciária da Papuda, em Brasília.

Na decisão, o juiz da execução penal disse que a transferência do ex-ministro à Curitiba se justificaria por ser o local do juízo da condenação e por ele responder a outro processo da Lava Jato - que está com os prazos suspensos.

Porém, ele reconheceu que, por ora, não é "suficiente interesse da administração judiciária na remoção do preso ao Complexo Médico-Penal [em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba]". O Ministério Público Federal (MPF) não se opôs à manutenção de Dirceu em Brasília.

No despacho, Pereira Júnior também determinou o desconto de 1 ano e 9 meses da pena, que foram cumpridos pelo ex-ministro entre 3 de agosto de 2015 e 3 de maio de 2017 - até ele conseguir um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF).

Dirceu aguardou o julgamento dos recursos em liberdade, mas com monitoramento por tornozeleira eletrônica.


A pena do ex-ministro é a segunda mais alta dentro da Lava Jato até o momento. A primeira é a que foi aplicada ao ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque: 43 anos de prisão.