Ministério Público e Polícia Civil afirmam que quadrilha de traficantes foi beneficiada pela gestão municipal. Defesa nega.
Ao chegar preso à Cidade da Polícia, no Jacaré, o prefeito de Japeri, Carlos Moraes, xingou e ameaçou jornalistas que cobriam a Operação Sênones, deflagrada nesta sexta-feira (27).
"Vai pra p*ta que pariu! Vai pra p*ta que pariu! Depois a gente acerta na Baixada!", gritou Moraes.
O repórter Diego Haidar pergunta: "Você está ameaçando a gente?" "Tô! Tô! Tô sim! Eu estou sendo ameaçado!", responde.
Moraes, o vereador Cláudio José da Silva, o Cacau, e a assessora Jenifer Aparecida Kaiser de Matos foram presos nesta sexta-feira acusados de associação para o tráfico. O MP-RJ e a Polícia Civil afirmam que a Prefeitura de Japeri e a Câmara Municipal serviam ao bando de Breno da Silva de Souza, o BR, preso no dia 20.
Flávio Fernandes, advogado de Carlos Moraes, assegurou que o prefeito "jamais se associou a traficantes". "Estou tomando ciência de tudo agora. Mas, em uma análise superficial do que existe na investigação, é de fácil conclusão de que não está nesse tipo penal”, disse, ele sobre a acusação de associação para o tráfico. “Ele vinha atuando para rechaçar o tráfico de drogas", emendou.
No momento da prisão, o filho do prefeito agrediu um cinegrafista com um chute no rosto, após derrubá-lo.