Ficando bem acima da taxa de 0,4% registrada em maio, a inflação fechou junho em 1,26%. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado hoje pelo IBGE, é o maior desde janeiro de 2016, quando foi registrada alta de 1,27%, e o maior para um mês de junho desde 1995 (2,26%).
Com índice de 2,03%, o grupo alimentação e bebidas foi o que mais influenciou o resultado, sendo responsável por 0,50 ponto percentual da composição da taxa no mês. As principais altas ficaram com o leite longa vida (de 2,65% em maio para 15,63% em junho) e o frango inteiro (de -0,99% em maio para 8,02% em junho).
Com inflação de 2,48%, o grupo habitação foi responsável pelo segundo maior impacto do mês, influenciado principalmente pela energia elétrica, que apresentou variação de 7,93%, contra 3,53% registrada em maio. O aumento foi determinado pela vigência de nova bandeira tarifária que adicionou, em todo o país, cobrança de R$0,05 a cada quilowatt consumido e por reajustes de preços em Curitiba, Brasília, Porto Alegre e Belo Horizonte.
Já no grupo transportes, as quedas de 5,66% no óleo diesel e de 2,05% nas passagens aéreas não conseguiram conter a inflação, que ficou em 1,58%, pressionada em grande parte pelos aumentos de 5,00% na gasolina e 4,22% no etanol.
Dos nove grupos investigados pela pesquisa, apenas vestuário, com índice de -0,16%, obteve deflação em junho, enquanto comunicação manteve estabilidade (0%). Com o resultado, a inflação geral acumulou 2,60% em 2018 e 4,39% nos últimos doze meses.
Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 30 de maio a 27 de junho de 2018 (referência) com os preços vigentes no período de 28 de abril a 29 de maio de 2018 (base).
Repórter: João Neto
Imagem: Eduardo Peret/Agência IBGE Notícias
Arte: Marcelo Barroso
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Arte: Marcelo Barroso