quinta-feira, 29 de março de 2018

Jornalistas de Maricá pedem respeito e se reúnem pelo fim das agressões

Nota dos diretores de jornais impressos e online de Maricá


Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas) e a ASSOCIATED PRESS, o Brasil é o quarto país mais perigoso do mundo para que profissionais da imprensa possam exercer sua profissão. Estão à frente do Brasil apenas o Afeganistão, a Síria e a Venezuela, sendo que os dois primeiros estão em guerra há mais de uma década e a Venezuela também há mais de uma década, vive um período ditatorial bolivarianista que oprime sua população e está liquidando financeiramente o país.
Há décadas, vemos diversos profissionais de imprensa sendo oprimidos, reprimidos, agredidos, violentados moral e fisicamente, sendo que vários destes nos deixaram em razão de mortes prematuras, no exercício da nobre profissão de informar, informações essas que a olhos vistos, estão ajudando a mudar a cara do nosso país.
Infelizmente em Maricá não tem sido diferente.  Já tivemos vários casos nos quais jornalistas foram ameaçados no exercício de suas funções, foram “convidados” a se retirar do local onde estavam trabalhando para que sua “integridade fosse mantida”. Carros foram jogados na direção de profissionais de imprensa e até mesmo um rolo compressor veio na direção de um jornalista que relatava os erros de uma obra cheia de vícios feita pelo governo do estado em nossa cidade.
O fato mais recentemente que tivemos em nossa cidade o caso de Romário Barros do LSM (Lei Seca Maricá) sendo agredido e tendo sua roupa rasgada por um funcionário público após uma matéria feita no Hospital Conde Modesto Leal, dentro das instalações do mesmo. Além das ameaças sofridas pelos jornalistas Pery Salgado e Ricardo Cantareli no exercício da profissão, fatos estes registrados na 82 DP.
É preciso dar um BASTA a esta situação, nossa imprensa sempre mostrou a verdade dos acontecimentos. Excessos podem ter acontecido, mas estes foram repudiados pela própria classe, e é justamente essa classe, que se reuniu na noite de segunda feira 19 de março para pedir uma solução para os responsáveis de todos os segmentos da nossa sociedade na questão do livre trabalho desta imprensa que luta e trabalha com enorme dificuldade, que pouco é valorizada, mas que da mesma forma que aponta erros (e estes na maioria das vezes são logo corrigidos, comprovando a veracidade das informações), também mostra acertos, virtudes e, com certeza, faz com que o atual governo do município tenha hoje o índice de aprovação superando os 80%, pois é esta imprensa que está lá, mostrando, apontando, acenando para a população o que é bom ou ruim, o que é certo ou errado, o que faz bem ao nosso município e o que faz mal para nossa sociedade.
Deixamos claro porém à todos, que TAMBÉM REPUDIAMOS e NÃO CONCORDAMOS com abusos e desvios cometidos por profissionais da imprensa do nosso município, no possível exercício de suas funções ou se aproveitando desta condição, em momentos de lazer, porém, deixando claro, que até nos nossos momentos de lazer, estamos a sempre atentos aos fatos e prontos para relatar e registrar fatos que possam ser úteis para nossa sociedade, porém, ratificando, sem cometer abusos e excessos pela condição da nobre arte do jornalismo.
Todas as principais entidades de classe (ABI – Associação Brasileira de Imprensa, ANJ – Associação Nacional dos Jornalistas, FENAJ – Federação Nacional dos Jornalistas, SJPRJ – Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio de Janeiro e ADJORI – Associação dos Jornais do Interior), estão cientes destas agressões e da dificuldade dos profissionais de imprensa de Maricá em exercer livremente seu trabalho  e estão abraçando nossa causa, portanto, esperamos um breve posicionamento de todos os setores da nossa sociedade envolvidos nestes questionamentos.
Estiveram reunidos para pedir uma solução urgente para o livre trabalho e o fim das agressões morais, verbais e físicas a estes profissionais da imprensa os jornalistas Ricardo Cantareli (TV COPACABANA), Vicente Silva (RÁDIO SIDERAL), Pery Salgado (BARÃO DE INOHAN, CULTURARTEEN e MÃO NA RODA), Robson Giorno (O MARICÁ), Romário Barros (LSM – LEI SECA MARICÁ) e Paulo Celestino (GAZETA DO LESTE FLUMINENSE e presidente da AIM – ASSOCIAÇÃO DE IMPRENSA DE MARICÁ).