Convidado na segunda feira pelo bacharel Robson Giorno para acompanhar a equipe do jornal EXTRA SÃO GONÇALO com o jornalista Wilson Mendes, uma pauta foi traçada pelo jornalista Pery Salgado que de imediato ps levou ao hospital onde estaria acontecendo uma paralisação provisória no atendimento devido ao atraso de pagamento feito pela emprsa ATRIO.
Seguindo a pauta, os jornalistas visitaram escolas (Estrelinhas na praça do Rink onde encontraram uma bela surpresa. indo a seguir para a única escola que o prefeito tenta construir nestes 8 anos do seu governo e terminaram a pauta no Institulo FEderal Fluminense na bairro da Saúde onde viram assim como na escola do Flamengo, obras quase paralisadas e, que pudemos apurar, este atraso é devido a falta de repasse da prefeitura.
Confira na integra a reportagem de Wilson Mendes:
Foto e matéria de Wilson Mendes - EXTRA SÃO GONÇALO |
A volta às aulas sempre guarda surpresas. Em Maricá, neste ano, vai ser o aumento do número de contêineres usados como salas de aula e banheiros: são 77, que se somarão aos 54 contratados para o ano letivo passado. As obras prometidas de ampliação não foram concluídas e os “módulos habitáveis” continuam. A construção de novas unidades para a Educação estão atrasadas, como nos casos de uma escola no Flamengo e da sede do Instituto Federal do Rio de Janeiro.
Os novos 77 módulos — 32 salas de aulas e três banheiros — foram solicitados pela Secretaria municipal de Educação em dezembro. A licitação foi publicada no Diário Oficial do dia 18. Assim que a ordem de instalação for dada, vão para as escolas em 20 dias. Em junho do ano passado, o EXTRA já tinha mostrado que a prefeitura gastava R$ 64.800 por mês com o aluguel dos contêineres, por 120 dias. O ano fechou, oficialmente, com 28 salas em contêineres.
Ainda não se sabe o custo dos novos módulos licitados, mas as especificações são as mesmas dos já utilizados: com isolamento acústico e sistema de refrigeração. Este último provocou problemas no ano passado. A Escola Municipal Mata Atlântica, recordista no número de salas de aula improvisadas no ano passado (dez), ficou de março a junho com módulos parados porque a rede elétrica não suportava aparelhos de ar-condicionado.
— A gente quer uma escola de verdade, já que tem terreno para construir. Ficar pagando por uma coisa que não é patrimônio do povo não dá. Quaquá só tem até dezembro e vai deixar esse custo para o próximo prefeito — argumenta uma moradora de Itaipuaçu que preferiu não se identificar.
Nenhum módulo foi encontrado no ESTRELINHAS na praça do Rink, embora desde abril de 2015 exista uma previsão de dois modulos para esta unidade escolar |
Atrasos sem justificativa
Enquanto contrata contêineres, a Prefeitura de Maricá não conclui as obras de construção de unidades novas. No Flamengo, uma escola de educação básica que deveria ter sido entregue em maio está nos alicerces. A obra foi avaliada em R$ 3,8 milhões.
Obras quase paralisadas na IFF no bairro da Saúde, por falta de repasses da prefeitura |
No campus do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ), em Ubatiba, o contrato com a empresa responsável pela construção foi publicado no Diário Oficial em julho de 2013. Hoje, há só o alicerce de parte do conjunto de prédios, uma obra na qual a prefeitura gastou R$ 9,8 milhões.
Módulos fantasmas
De acordo com documento emitido pela Secretaria municipal de Educação no ano passado, 17 escolas receberam contêineres em 2015. A Creche Estrelinhas do Amanhã, no Centro, teria recebido dois contêineres.
— Esses módulos nunca chegaram — diz uma professora: — Passei o ano aqui e nem fiquei sabendo disso. O que soube é que a prefeitura ia alugar outro imóvel perto para atender a demanda, mas isso também não foi feito.
A Estrelinhas do Amanhã fechou o ano com uma lista de espera de 90 crianças. A mesma quantidade de alunos atendidos na creche, que funciona num imóvel alugado há cerca de dez anos.
Segundo a prefeitura, o uso dos módulos obedece às diretrizes técnicas do Ministério da Educação.O órgão diz ter autorizado a licitação devido à alta demanda por matrículas pelo aumento populacional, como é o caso da escola Mata Atlântica. Sobre a creche Estrelinhas, limitou-se a dizer que não há lista de espera. A prefeitura garante que a obra na unidade do Flamengo será concluída até o fim desse ano. Já para o IFF, não há prazo.
Confira na íntegra a nota da Prefeitura de Maricá
“A utilização dos módulos habitacionais para uso como sala de aula obedece às diretrizes técnicas do Ministério da Educação. A Prefeitura autorizou a licitação de mais módulos devido à alta demanda por matrículas registradas em algumas unidades – em virtude do desenvolvimento da cidade muitas famílias optaram por morarem em Maricá. Isso acarretou um aumento no número de pré-matrículas nas escolas da rede municipal, sendo que parte desse volume referente a alunos oriundos das redes estadual e privada atraídos pelo avanço da educação pública local nos últimos sete anos.
Além do conforto térmico e acústico que essas estruturas oferecem, a solução recebeu excelente aceitação por parte dos pais e dos alunos. No caso da Escola Municipal Mata Atlântica, no Recanto (Itaipuaçu) apesar das salas construídas ainda se faz necessário o uso dos módulos habitacionais devido ao aumento populacional na região. A inauguração dos dois condomínios do programa Minha Casa Minha Vida, para se ter uma noção de grandeza, levou justamente três mil novas famílias para Itaipuaçu e Inoã.
Com relação à Creche Estrelinhas, não há lista de espera, como não há em nenhuma outra unidade. Em Maricá, todas as crianças estão matriculadas na rede municipal. Esse é, justamente, o grande esforço da Secretaria Municipal Adjunta de Educação. Na última contagem, o número passava de 16.500 alunos.
Das 55 unidades que compõem a rede municipal de ensino, o atual governo modernizou (ou seja, fez obras de reforma estruturais completas, o que é quase uma reconstrução) mais de 70%. E, como foi dito, a rede vem atendendo a todas as crianças que são matriculadas. Quanto à obra da Unidade Escolar de Educação Básica do Flamengo, esta se encontra em andamento para conclusão até o fim desse ano.
Com relação à obra da sede definitiva do Instituto Federal Fluminense, esta, como vários outros projetos do governo, teve seu cronograma de execução alterado em função das mudanças orçamentárias ocorridas ao longo de 2015. O projeto será executado, mas não há prazo definido ainda para seu início”.