terça-feira, 16 de abril de 2013

CADASTRAMENTO PARA FAMÍLIAS DE ÁREAS DE RISCO



Com o apoio logístico da Defesa Civil Municipal, o programa “Minha Casa, Minha Vida de Maricá” iniciou na última sexta-feira (12/04) o cadastro de moradores em áreas de risco dos bairros centrais de Maricá, que estão entre os grupos que terão prioridade para receber as moradias populares em construção na cidade.

O cadastramento começou pelo bairro Pedreiras, mais exatamente na Rua Beira-Rio, local de concentração de moradias com risco de desabamento e inundação. A Defesa Civil mapeou as áreas e entregou notificações aos moradores das casas situadas em locais considerados de risco. O programa Minha Casa, Minha Vida entrou com trabalho conjunto, fazendo o cadastramento volante numa van, para agilizar o processo de cadastro dos candidatos a novas moradias. As visitas foram acompanhadas pelo coordenador de campo do “Minha Casa, Minha Vida”, Leonardo Spalla, e pelo superintendente da Defesa Civil, Fábio Sérgio.

Em Maricá, cerca de três mil unidades habitacionais estão sendo erguidas e cerca de 600 delas devem ser entregues em dezembro deste ano.

Prioridade

As pessoas que vivem em áreas de risco estão entre os grupos prioritários de atendimento do programa “Minha Casa Minha Vida” em Maricá. Outro aspecto que será levado em conta no cadastro dos candidatos é a presença de pessoas com deficiência nas famílias. Quem já é cadastrado no CADÚNICO (que dá acesso aos programas Bolsa Família, Renda Melhor e outros benefícios), se cadastra no “Minha Casa, Minha Vida” com os documentos de praxe: Carteira de Identidade (RG), CPF, Certidão de Casamento ou Nascimento, Comprovante de Residência e de Renda. É preciso comprovar renda familiar de no máximo R$ 1,6 mil.

O prefeito Washington Quaquá reforça que a cidade passa por um momento histórico no setor habitacional, já que a construção das três mil unidades habitacionais será responsável por zerar o déficit de moradias na cidade. “Somos o primeiro município do Estado a zerar esse déficit e isso é motivo de orgulho para a nossa administração”, declarou o prefeito, que ressalta ainda a parceria da prefeitura com o Governo Federal.

A moradora Giane Batista do Valle, 47 anos, mora há 11 na localidade de Pedreiras e reside com o filho, que tem distúrbio mental. Aposentada por invalidez, Giane espera com ansiedade uma casa num local adequado. “Tomara que saia mesmo até o fim do ano. Quando tem enchente, a gente fica com medo. Já vi até cobra se arrastar por aqui”, declara.

Priscilla Mendes da Rosa, 27, mora há 13 na localidade. Com cinco filhos, em idades variando de um a dez anos, tem Bolsa Família, mas diz que a vida está cada vez mais difícil. “Será bom uma casa melhor e com mais espaço para meus filhos brincarem”, adianta.

Elza Nascimento Silva, 73 anos, é a mais antiga moradora da Rua Beira-Rio. Mora há 32 anos no local. Lá, teve a única filha, Maria das Dores Pacheco, 48, que tem três filhos e uma neta. Todos vivem em quatro casas no mesmo terreno. “Esperamos uma oportunidade”, declara Maria das Dores.

Cleber Conceição Santos, 36, tem três filhos em idade escolar e se recorda da enchente de abril de 2010, quando o rio subiu e alcançou um metro dentro de sua casa. Quero um lugar mais seguro para meus filhos", disse.
Fotos: Fernando Silva